28/02/2022 - Sessão de Esclarecimentos "A Almirante Reis vai mudar" - intervenções de moradores.

35 Intervenções. Omitimos os nomes, à exceção dos que se identificaram como militantes de partidos politicos e/ou representantes eleitos ou movimentos públicos.
1 - Aposentado usa diariamente a bicicleta nos seu passeios. A ciclovia melhorou a sua qualidade de vida.
2 - Usa a ciclovia para o trabalho. Vê com bons olhos soluções que envolvam uma ciclovia e melhorem a mobilidade.
3- Nuno Borges (PAN). ciclista, vive e trabalha na cidade. Existe uma necessidade de mudar em função das alterações climáticas, pelo que o automóvel tem que perder espaço.
4 - Patrícia Mariano (PAN). A ciclovia corre mal porque houve um aumento brutal do número de carros desde que entramos em pandemia. Apoia a intervenção anterior .
5 - Empresária. Não é contra a ciclovia, mas tem que ser repensada. Trânsito insuportável. A Avenida está totalmente abandonada: falta de iluminação, estacionamento (quem tem carro, não consegue voltar a estacionar), esplanadas que dificultam a passagem pois são feitas de (...)
(...) qualquer forma. Não há planificação da avenida.
6 - Questiona a falta de divulgação desta e de outras sessões, pois a junta nem a CML utilizam os meios disponíveis. Pede um alargamento da discussão a Lisboa, pois a Av. Almirante Reis é de todos. Falou de outros assuntos fora do âmbito da discussão.
7 - @LisboaPossivel intervenção com quiz para a audiência: 1300 ciclistas passam pela Almirante Reis. 70% dos Carros nunca param na Almirante Reis. As ambulâncias ganharam 2 minutos.
8 - @LisboaPossivel Depois do quiz, apelou ao foco da discussão da Avenida para as pessoas, sendo a avenida uma catalisadora para o resto da Lisboa.
9 - Moradora há 30 anos. Despromover a Almirante reis a uma discussão da ciclovia, é não conhecer a história da cidade. Reclama a ausência de árvores. Almirante reis deve ser tratada como um todo - afinal, é uma avenida.
10 - vive há 4 anos em Lisboa. Reclama a má comunicação da junta. sugere um verdadeiro processo participativo para permitir a maior adesão da população. Sugere também que o planeamento urbano seja centrado nas pessoas, por ordem de vulnerabilidade. (...)
(...) Disponibiliza-se a realizar um passeio na Almirante reis com os representantes da junta e CML, a pé e de bicicleta como uma experiência inicial, antes de recomeçar o processo participativo.
11 - Questiona se o plano olha para o passado ou futuro - futuro com o plano ZER e focado na emergência climática.
12 - 42 anos a viver na Avenida. Identifica-se como trabalhadora na "área da Saúde". As esplanadas são deselegantes, trotrinetes e bicicletas no passeio são muito perigosas - passam os semáforos vermelhos. Falou de temas especulativos, como "atropelamentos e mortes omitidos".
13 - Questiona o modo como foi proposta a discussão. Ficou desconfortável com a afirmação do presidente da CML de que a ciclovia era para retirar. Anda de bicicleta, carro e mota. Elogia as melhorias feitas pelo executivo anterior na melhoria da mobilidade da cidade. (...)
(..) Se querem perceber o que as pessoas que não andam de carro sentem, desafia o executivo a ir andar de bicicleta ou trotinete.
14 - morador há 26 anos.Foi deputado do PS do mandato anterior.Defende que não há outro traçado possível. A bicicleta hoje não é utilizada apenas para lazer - não querer ver essa evidência não é correto. A ciclovia quando foi criada, preconizava também a implementação da ZER (..)
(...) ,deixando a Av. de ser local de passagem para a baixa. Critica o atual executivo e pede a priorização da situação da população sem abrigo.
15 - Esta reunião demonstra que há um problema na Almirante reis, e não na ciclovia da Almirante Reis. A ciclovia só é um problema porque foi uma bandeira política nas eleições.
16 - Apresentou gravação e dados sobre o ruído na Av. AR, que excede os níveis aceitáveis, especialmente após o fim do teletrabalho obrigatório. (dados da plataforma Lisboa Aberta). Sugere uma via descendente convertida para elétrico + mobilidade suave.
17 - reforça a questão do ruído, apela à retirada de carros da cidade, melhoria de transportes públicos. Critica a má divulgação da junta de freguesia, pois tentou inscrever-se em vários locais. A Almirante reis não é só de uma freguesia.
18 - chama a atenção para os estudos do IST e dados abertos da EMEL. Av. AR estava pensada com a ZER, pelo que seria interessante voltar a olhar para o plano inicial. Critica a falta de mobilidade da cidade, especialmente para a população com mobilidade reduzida. (...)
(...) Tem a opinião de que não se deve incentivar a velocidade na avenida. Ter duas faixas de cada lado é não respeitar as alterações climáticas nem a rede pedonal. O modelo de tráfego atual é pensado no automóvel.
19 - notas histórias sobre a Av. AR, para lembrar que se trata de um processo histórico em constante discussão.É importante definir o problema e identificar variáveis, olhando para todos os intervenientes. Chama a atenção para o mau uso do termo "problemática da ciclovia"
20 - Ciclista, que usa a ciclovia para lazer e para mobilidade. Chama a atenção para o uso de linguagem que demonstra uma tendência ideológica, como "problemática da ciclovia". (....)
(....) Questiona se existe um projeto de ciclovia que permita a circulação inclusiva e em segurança. deve ser para todos, não apenas para o serviço dos carros.
21 - Critica a má divulgação e a má mensagem. Questiona também a má integração da avenida na rede ciclável. A Av. Almirante Reis, se tiver 2 faixas (como teve) passa para os 80 ou 90 km/h, com uma são 50 km/hora - é mais segura. Pede também para os dados serem abertos.
22 - "É difícil propor soluções quando não sabemos que soluções para o quê, quando não nos é dada a visão. " Questiona se equidade e custos sociais estão a ser tidos em conta na análise custo-benefício.
23 - Morador há 51 anos. a Av. AR nunca teve 2 faixas reais - havia sempre uma faixa estacionamento abusivo em segunda fila. Observa que os carros andam em menor velocidade, menor número de viaturas a circular, menos ruído, menos acidentes rodoviários, menos poluição. (...)
(...) como ideia futura, gostava de ver uma zona de trânsito local só para residentes e transportes públicos, pelo menos em parte da avenida.
24 - ciclista, já andou por várias cidades. Antes da ciclovia não passava na Almirante reis. Vê agora todo o tipo de gente a usar a ciclovia, incluindo familias. "A ciclovia é importante para as pessoas."
25 - A Avenida é das mais bem servidas de transporte públicos, e tem uma elevada densidade populacional. Os transportes correspondem a 23% das emissões de carbono. Como se pensa em chegar a neutralidade carbónica para daqui 8 anos? Vai pegar no projecto da ZER na Baixa? (...)
(...) Falar na requalificação da Avenida sem o projeto ZER, não faz sentido. Apelo ao planeamento futuro se planeje a cidade que queremos para o futuro não a que temos agora.
26 - Quer perceber se as ruas paralelas estão incluídas na remodelação da avenida, tal como a rua de Arroios.
27 - Médico, direito de resposta e defesa da honra (resposta à intervenção 12ª ) - contesta o que foi dito, pois os dados dizem que houve zero mortes na Avenida, pelo que o que a senhora que se identifica como profissional de saúde não reflete os médicos. (...)
(...) Sobre a Avenida: a segurança agora é superior. "o direito de circular depressa não se pode sobrepor ao direito circular em segurança ". Sugestões: para redução do ruído, os semáforos podiam ser inteligentes; as paragens de autocarro podiam não ser na própria estrada.
28 - Reclama que não envolveram nenhuma força política neste debate. Pede que a marcação em cima do dia seja evitada para se consiga reflectir no que contribuir. Pede que as próximas reuniões sejam transmitidas ou que existam atas (públicas). (...)
(...)Sobre a Avenida deixa a nota que a ciclovia veio a resolver problemas . Não é uma "problemática".
29 - Relembra que esta era suposto ser uma sessão de esclarecimento. Pede que, numa próxima reunião, o que foi falado hoje seja reflectido na próxima sessão - caso contrário, isto não passará de um simulacro. (...)
Defende que é mais lógico começar por intervir na Baixa. O que causa o excesso de fluidez é a causa de excesso de transporte individual (carros). É importante priorizar a Baixa e depois a avenida.
30 - Refere o que o Arquiteto Paisagista da CML referiu no início da sessão "temos tirar a todos por igual". É a favor que se deve tirar a quem mais prejudica - o transporte individual (carro). O vilão não é o ciclista, mas sim o condutor que estaciona em todo o lado, (...)
(...) comete infracções, provoca ruído e poluição. O branqueamento do uso abusivo do automóvel é algo que quer ver discutido. Relembra que na Morais Soares os autocarros têm dificuldade em circular.
31 - Compreende que os comerciantes se queixem que não dá para entregar as suas encomendas e que se deve apoiar os acessos as cargas e descargas. Relativamente à ciclovia, precisa de mais ligações à rede ciclável. A rede ciclável agora está muito aquem da sua capacidade. (...)
(...) Quer viver numa cidade em que os pais não sirvam de chauffeur constante dos filhos. Apela à possibilidade de uma vida mais saudável, para serem adultos saudáveis. "A única coisa boa que a Avenida nos últimos anos foi a ciclovia."
32 - Não vive na freguesia, trabalha fora mas passa utilizada a avenida. Durante muitos anos, utilizou a avenida por baixo, pelo metro. Desde que existem bicicletas Gira e por causa da ciclovia passou a viver a avenida - usufrui das pastelarias, esplanadas, (...)
(...) das ruas. Tem medo de ser atropelado, mas todas as ações feitas até agora reduziram essa possibilidade.
33 - Residente há poucos meses. Veio morar para cá por causa do jardim Caracol da Telha e por causa da ciclovia. É sua percepção de que maioria não respeita o tempo de atravessar as estradas na passadeira. Pede estacionamento coberto para ajudar a adoção do uso da bicicleta.(...)
(..) "É uma rendição estar a ceder ao carro, temos ser um exemplo para toda a cidade, para todo o país." Temos conseguir, tal como já acontece em outros países, que as crianças vão de bicicleta e transportes para a escola.
34 - Pergunta se existe algum plano para as arvores. Refere o excesso de poda, mas que não cuidam das árvores - em vez tratar dos fungos, cortam. Pede para voltarem a plantar árvores no largo do Intendente. Sobre a iluminação, pede para ser reforçada. (...)
(...) Relembra as intervenções feitas no Martim Moniz nesse âmbito. Pede para a iluminação ser substituida por iluminação quente. Em relação ao piso, manifesta-se a favor da calçada portuguesa, pois pode ser reciclada.
35 - Ana, eleita pela CDU. Agradece a todos que ficaram, incluindo aos funcionários. Chama a atenção que todos que foram eleitos deviam estar cá representados. Não há informação na nossa freguesia e os editais estão todos vazios. (....)
(...) Relembra que o presidente eleito disse em campanha que ia destruir a ciclovia. Refere que o arquitecto da CML monopolizou o tempo. Relembra que o presidente quer privatizar os transportes públicos, o que deixa alguma desconfiança. (...)
Relembra que, com o fecho do metro de Arroios notou-se uma forte diminuição do mercado.
"Ouvimos a opinião do Senhor arquitecto agora queremos ouvir o que a Junta tem a dizer, pois só ouvimos do arquiteto e a Sra. presidente da junta não se manifestou nesta reunião."
▶️Nota: Esta foi a nossa interpretação livre da intervenções. Relembro que foram 4 horas de discussão, pelo que não foi possível detalhar tudo. No entanto, ficou evidente que, a vasta maioria das intervenções são a favor da #ciclovia - não houve nenhuma contra.
#Lisboa #Arroios

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Feb 28
Arquiteto CML: "O corredor de emergência da Almirante Reis nunca foi tão bom."
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