A inflação não para de nos dar sustos. Na semana passada tivemos a divulgação do IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – de março. Os preços aumentaram em média 1,62% no mês. Esse é o maior valor para março desde 1994, quando ainda estávamos em hiperinflação!
O IPCA é o principal índice de inflação do Brasil. Ele capta a variação dos preços de uma cesta de consumo representativa de famílias com renda entre um e 40 salários mínimos, vivendo nas regiões metropolitanas do país.
O índice guia as ações de política monetária do Banco Central no sistema de metas de inflação.
Dois itens pesaram mais no aumento verificado em março: combustíveis e alimentos. Entretanto, apesar da preponderância desses produtos, notamos variações positivas de preço espalhadas no índice como um todo. A grande maioria das coisas está encarecendo!
No acumulado de 12 meses, a inflação já chegou a 11,3%. Só nos primeiros meses do ano, ela está em 3,2%. Com isso fica evidente a dificuldade do Banco Central em cumprir a meta, que para 2022 é de 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima e para baixo
As medidas de expectativa de inflação para o fim de 2022 estão em elevação e se aproximam dos 7%, bem acima do limite superior do intervalo da meta (5%).
O próprio Banco Central já reconhece que muito provavelmente não cumprirá a meta – pelo segundo ano seguido. E ainda estamos no início de 2022.
Há outro índice de inflação importante, calculado com os mesmos dados de preços do IPCA, mas que foca em famílias mais pobres, com renda de um a cinco salários mínimos: o INPC – Índice Nacional de Preços ao Consumidor. Ele é utilizado para definir o reajuste do salário mínimo.
Em março, o INPC veio ainda mais elevado que o IPCA: 1,71%.
Isso indica que o crescimento do custo de vida deve incidir mais fortemente sobre a população mais pobre. Trata-se de um reflexo do aumento nos preços dos alimentos, que pesam mais no orçamento dessas famílias. #economia#inflação#ipca@MRodrigues_76
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