EDITORIAL: Indícios de desvios são abundantes. Se houve crime ou não, cabe à Justiça decidir, mas o fato é que Bolsonaro cultiva condições propícias ao florescimento da corrupção bit.ly/3Es2Fv9
"O presidente se jacta de não haver corrupção em seu governo. Mas, se não houve, ainda, condenação na Justiça, os indícios são abundantes. Como apontou Marcos Fernandes Gonçalves da Silva, a Lei Anticorrupção e o aumento do controle sobre empresas dificultaram megaescândalos."
"Hoje, 'o que resta em termos de negociação para um governo fraco é a corrupção do varejo', afirmou o economista. A cultura do segredo está disseminada. O gabinete secreto do MEC espelha um outro, revelado na CPI da Pandemia: o do Ministério da Saúde."
"Em maio, #Estadao revelou que Bolsonaro e o Centrão maquinaram um orçamento secreto de bilhões em emendas distribuídos a parlamentares da base do governo. Bolsonaro subverteu a lógica da administração pública: a transparência, que deveria ser a regra, transformou-se na exceção."
"O governo tentou ampliar a discricionariedade de servidores para classificar documentos como sigilosos e instrui seus ministros a negar pedidos via Lei de Acesso à Informação. Há indícios de aparelhamento nos principais órgãos de controle: da PF à Abin, Receita, DRCI ou Coaf."
"Mas, além da corrupção em seu sentido estrito, como tipo penal, o estilo Bolsonaro de governar propicia a corrupção em seu sentido amplo de corrosão, erosão, desintegração. Para ele, 'governar' é 'mandar' e sua política é do 'filé para os filhos'."
"Além da transparência, não há um só dos demais princípios da administração pública (impessoalidade, eficiência, moralidade e legalidade) que não tenha sido degradado. O mesmo vale para as tentativas de corroer os alicerces do Estado democrático."
"Bolsonaro ainda disse que as indicações para o STF em 2023 importam mais que as eleições. O motivo é indisfarçável: blindar amigos e garantir vista grossa à intimidação de inimigos."
"Reza a sabedoria popular que quem não deve não teme. Então, por que tanto afinco em institucionalizar uma cultura do segredo e interferir em órgãos de controle?" Leia em bit.ly/3Es2Fv9
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EDITORIAL: A continuar na atual toada, Bolsonaro vai deixar para o próximo governo despesas sem receita suficiente e vantagens tributárias permanentes baseadas em fatores temporários bit.ly/3jWHI1X
"A avidez com que o presidente Jair Bolsonaro busca apoio e votos para reeleger-se custará caro para quem ocupar a Presidência da República em 2023 - mesmo que seja ele mesmo, embora as pesquisas indiquem que, no momento, essa não é a hipótese mais provável."
"De vantagens tributárias para setores econômicos e segmentos sociais que Bolsonaro considera parte de sua base política a promessas de benefícios para grupos mais amplos, vai se formando um conjunto de bondades que imporão aumento de gastos ou quebra de arrecadação."
EDITORIAL: Contas esburacadas, dívida em alta e atividade medíocre compõem os cenários oficiais dos próximos três anos, conforme se lê no projeto da LDO de 2023 bit.ly/3K2momA
"Baixo crescimento, baixo consumo, contas esburacadas e dívida crescente compõem a herança prometida ao próximo governo pelo presidente Jair Bolsonaro, embora seu ministro da Economia, Paulo Guedes, tente enfeitar o legado sinistro."
"Nos próximos dois anos o poder central fechará seu balanço com gastos maiores que a arrecadação, sem contar o custo da dívida pública. Com isso serão completados dez anos de contas primárias em vermelho. A gestão bolsonarista continua emulando a fase final do petismo."
EDITORIAL: Envolvido nas suspeitas de corrupção no MEC, Ciro Nogueira já deveria ter sido exonerado. Se continua na Casa Civil, é sinal de que sua conduta tem a aprovação de Bolsonaro bit.ly/36fi8C6
"É constrangedor que, depois de tudo o que veio à tona, Ciro Nogueira continue no governo. Deveria ter sido imediatamente demitido. Não cabe permanecer numa função de tamanha relevância alguém envolto em suspeitas tão graves de mau uso de recursos públicos da Educação."
"A permanência do ministro do Progressistas expõe, de maneira contundente, a verdadeira natureza do governo Bolsonaro. Não foi por espontânea vontade, mas, quando as circunstâncias políticas o exigiram, o presidente exonerou ministros da chamada ala ideológica do governo."
EDITORIAL: Há quem faça da baixeza uma marca na busca de votos; se isso já elegeu até um presidente da República, não admira que muitos se esforcem para parecer ainda mais infames bit.ly/3uCIXcR
"O crescimento no número de denúncias por quebra de decoro parlamentar pode dar a falsa impressão de que está em curso um resgate da moralidade no Congresso e em várias instâncias do Legislativo."
"Reportagem do #Estadao mostra que representações contra parlamentares no Conselho de Ética da Câmara subiram 200% entre 2012 e 2021 e no Senado, 1.200%. Longe de representar um apelo por decência, esse avanço é um sintoma da inversão de valores que ameaça a política brasileira."
EDITORIAL: Bolsonaro diz que distribuição de verbas serve para ‘acalmar o Congresso’, mas quem passou a dormir tranquilo enquanto o dinheiro público era loteado foi o presidente bit.ly/3JCduvJ
"O País já se acostumou com o fato de que a estabilidade política do governo Bolsonaro é dependente da distribuição farta de verbas a aliados oportunistas. Mas, quando o próprio presidente admite essa desfaçatez, significa que o País atingiu um novo nível de degradação moral."
"A um podcast, Bolsonaro disse que o pagamento de emendas bilionárias a parlamentares por meio do orçamento secreto, esquema de compra de apoio parlamentar revelado pelo #Estadao, ajuda a 'acalmar' o Congresso. Trata-se de um governo com DNA do baixo clero."
EDITORIAL: Bem distante da imagem moderada que pretendia vender ao eleitorado, Lula, o verdadeiro, aposta no rancor e na divisão da sociedade, exatamente como faz Bolsonaro bit.ly/3v2OzfF
"As recentes declarações de Luiz Inácio Lula da Silva expõem falhas do discurso de moderação que o petista pretendia emplacar nas eleições. Lula se apresenta como único em condições de liderar uma frente ampla e, portanto, seria a única opção contra o autoritarismo de Bolsonaro."
"O convite ao ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin para ser vice em sua chapa seria a prova de sua definitiva conversão ao centro democrático. Mas o Lula 'moderado' desaparece quando ele está em ambientes petistas, onde não precisa enganar ninguém."