Desde 2017, dezenas de comunicadores indígenas das áreas urbanas e comunidades da região trabalham em rede, a Rede Wayuri. 🎙️💚 Conheça no fio:
📸Juliana Radler/ISA
Nascida em 2017, a Rede Wayuri veio para fortalecer a autonomia dos povos do Rio Negro e combater a circulação de fake news. Direto dos territórios, comunicadores enviam notícias, entrevistam lideranças e registram eventos a partir de suas próprias vozes e narrativas.
Política, saúde, cultura, educação, juventude: se faz diferença para a vida dos indígenas do Rio Negro, é assunto da Rede Wayuri! Os comunicadores compartilham informações, tiram fotos, fazem vídeos e criam boletins de áudio e programas de rádio.
📸Juliana Radler/ISA
A Rede Wayuri também participa de reuniões e mobilizações nacionais, como o Acampamento Terra Livre. No #ATL2022, três comunicadores estiveram em Brasília, registrando e dando visibilidade às discussões e lutas dos povos do Rio Negro.
Já são + de 100 podcasts produzidos, uma reportagem exibida no Profissão Repórter, da @tvglobo, um documentário em produção e o reconhecimento de ‘heróis da informação global’ pelo trabalho na pandemia de Covid-19, dado pelo Repórteres Sem Fronteiras.
📸Paulo Desana/Rede Wayuri
A Rede Wayuri é um sucesso do jornalismo local e comunitário e faz a diferença na vida dos indígenas do Rio Negro!
Desde 2022, povos Tukano, Kotiria (Wanano), Desano, Tariano, Piratapuia e outros têm convivido com drones voando em cima das comunidades, das áreas de pesca e da floresta.
O objetivo: impedir a abertura de roças com fogo – prática milenar para a subsistência das comunidades.
Quatro associações indígenas brasileiras dos rios Uaupés e Papuri relataram ao Instituto Socioambiental (ISA) a insegurança que estão enfrentando desde que os “parentes colombianos” fecharam acordo de créditos de carbono na fronteira na região da Cabeça do Cachorro, no Amazonas.
Nota técnica “Queimadas em Terras Indígenas”, lançada pelo ISA, mostra que as rodovias impulsionam desmatamento e aumento das queimadas na Amazônia.
🧵 Saiba mais no fio:
Estudo analisa a incidência de queimadas em Terras Indígenas de janeiro a setembro deste ano. No período, foram identificados quase 60 mil focos de calor ao redor de rodovias federais, com mais de 30% desse total apenas nas BRs 163, 230 e 319.
⚠️ Até setembro de 2024, foram registrados mais de 8 mil focos na BR-163, um aumento de 180% em relação a 2023. No total, já foram devastados 1 milhão de hectares no entorno da via.
Pavimentação da rodovia que liga Manaus e Porto Velho divide o governo, apesar da iminente ameaça à preservação da Amazônia e às comunidades impactadas pela obra.
A pressão pelo asfaltamento do “trecho do meio”, uma faixa de 405 km de rodovia, tem aumentado por parte do Executivo e dos ministérios do Transporte e Agricultura. O trecho corta uma das áreas mais sensíveis de toda a Amazônia.
📸 Alberto César Araújo/Amazônia Real
Por outro lado, ambientalistas defendem a proteção dos arredores da BR-319. Em julho, a Justiça suspendeu a licença prévia que permitia a reconstrução e asfaltamento do “trecho do meio”, emitida durante a gestão Bolsonaro.
🚨 Organizações indígenas deixam câmara de “conciliação” do STF!
Ontem (28/8), a @ApibOficial anunciou que não participará mais das audiências para discutir a Lei do Marco Temporal para demarcações de Terras Indígenas.
@ApibOficial Em carta, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (@ApibOficial) comunicou que a decisão se deu pelas “condições inaceitáveis, e até humilhantes, impostas aos povos indígenas” durante as audiências na câmara de “conciliação” – formato criado pelo ministro Gilmar Mendes.
@ApibOficial Na carta, a entidade sinaliza os motivos que levaram à saída da mesa de conciliação: não há garantias de proteção suficiente, são muitos retrocessos e há falta de respeito com a vontade dos povos indígenas.
#DitaduraNuncaMais! Amanhã (2/4), os pedidos de anistia política do povo Guarani Kaiowá, em Mato Grosso do Sul, e do povo Krenak, em Minas Gerais, vão a julgamento na Comissão de Anistia.
🧶 Entenda no fio.
#MarcoTemporalNão
A Comissão Nacional da Verdade, que investigou os crimes da Ditadura Militar, estima que 8.350 indígenas foram mortos por ação do Estado ou por sua omissão. Mas esse número pode ser ainda maior.
📸 Guarda Rural Indígena: treinados para realizar repressão nas aldeias | Funai
Foram vitimados pelo menos 1.180 Tapayuna, 118 Parakanã, 72 Araweté, mais de 14 Arara, 176 Panará, 2.650 Waimiri Atroari, 3.500 Cinta Larga, 192 Xetá, mais de 354 Yanomami, 85 Xavante de Marãiwatsédé.
Os maracás dos xamãs Yanomami inspiraram o @Salgueirooficial!
🧵 Vem de fio! O enredo “Hutukara” homenageou a beleza e a luta dos Yanomami.
Imagens: Thomas Mendel e Felipe Hutter/Hutukara/ISA
Edição: Cama Leão
“A luta é para proteger a alma da floresta amazônica, junto com o povo negro e indígena. Isso é muito importante para o Brasil e para o mundo, para continuarmos vivendo em paz”, disse o xamã e liderança Davi Kopenawa, grande homenageado da noite.
📸 Lucas Landau/Hutukara/ISA
🏹 Os cantos e a “yãkõana” embalaram a preparação das 13 lideranças da Terra Indígena Yanomami, que se pintaram com urucum e jenipapo e se enfeitaram com adereços feitos de sementes, penas e lascas de flechas.