Thread by @k4lder4sh

Quer conhecer mais sobre quem são Designers de Jogos do Brasil? Acabou se sair um artigo meu, em parceria com minha orientadora, e tem muita coisa interessante para quem curte game design. Segue o fio 🧶🧶🧶

Perfil preliminar de designers de jogos do Brasil, é o nome do artigo. Ele saiu hoje no periódico científico ANTARES. Participaram da pesquisa 99 respondentes de todas as regiões do Brasil, é uma amostra não-probabilística, então o que vou escrever aqui vale para esse universo.

A maior pare das pessoas que participaram são homens brancos, esse é o perfil padrãozinho de designers de jogos no mundo, mesmo sendo as pessoas com uma menor proporção de idade e tempo de formação.

Uma coisa interessante é que as vidências corroboradas por outras autorias apontam que esse padrãozinho de designers de jogos tem afetado a variedade temática, a falta de diversidade social tem afetado o quão variados e inovadores as temáticas de jogos podem ser.

Uma outra coisa interessante é que designers de jogos do Brasil tem MUITO tempo de estudos. A maioria das pessoas tem graduação, especialização e mestrados completos, mas o que acontece? Apenas, 25% das pessoas tem alguma formação em design de jogos.

A escolha profissional, portanto, pode vir da sua relação com os jogos, da história de vida e formação que, combinados, influenciam a escolha profissional. Essa é uma boa hipótese para se testar em pesquisas futuras #FIKDIK

Agora vamos falar de grana! 64,65% das pessoas que participaram da pesquisa afirmam que o design de jogos não gera renda para elas, são pessoas que criam jogos como hobby ou ainda não conseguiram um emprego para desenvolver jogos.

Das 35,35% que dizem ter renda vinda do desenvolvimento de jogos, nós notamos muita discrepância, tipo, pessoas negras e pardas que desenvolvem jogos produzem 50% mais para ganhar a mesma coisa que pessoas brancas.

Claro, isso vai variar de acordo com o quanto a pessoa depende do game design para tirar seu sustento, o que observamos é que o design de jogos, para muitas pessoas é um subemprego precarizado que tá na moda no Brasil do %$#¨%¨%#¨%#¨

Mas bem, eu acho que o principal achado é esse: quanto mais dependente respondentes são da renda produzida pelo design de jogos, maior a discrepância étnico-racial em relação a essa renda.

No artigo tem todos os dados, por região, com as variáveis para vocês explorarem. Esse foi um trabalho bem bacana e quero agradecer demais a todas as pessoas que participaram. Se você quer ler na integra, segue o LINK

ANTUNES, Jeferson; PORTO, Bernadete de Souza. Perfil preliminar de designers de jogos do Brasil. Antares, v. 14, n. 32, p. 272-306, jan-abr, 2022. Disponível em: ucs.br/etc/revistas/i… DOI: dx.doi.org/10.18226/19844…

Agora eu vou atualizar o Lattes e já volto já para marcar unas pessoas que eu quero muito que leiam.

@abragames

@HolodeckDesign

@FabricaDeJogos

@Adrenaline

@nautiluslink

@TheEnemyBR

@Fazendo_Nerdice
estou marcando vocês, acho que esse artigo é uma pauta relevante para o cenário de desenvolvimento de jogos no Brasil. Espero que curtam

@enchochagas @toymak3r @italofurtado @dmdesign @NinaBichara @EiBigg @lmcamargos @fabneme @proflucianojj @diegoazevedo93 @gihbreve @ManjubaNewOrder @Labjogos acho que vão gostar desse artigo 😘😘😘