O julgamento em curso no STJ sobre a taxatividade do rol da ANS afeta a todos os brasileiros. Afeta quem tem plano de saúde e pode ficar sem terapias, exames e medicamentos vitais. Afeta os usuários do SUS, que ficará mais sobrecarregado caso a decisão seja pelo rol taxativo. +
👉POR QUE VOU ME ACORRENTAR EM FRENTE AO STJ NA QUARTA:
Na quarta, dia 23/2, o STJ vai decidir sobre um caso que afeta TODOS os usuários de planos de saúde do Brasil. Se é o seu caso, leia com atenção pra entender a gravidade do assunto:
O STJ vai decidir se o rol de procedimentos/terapias da ANS é taxativo ou exemplificativo. Atualmente, se vc tem câncer e o médico indica imunoterapia, por ex, ela NÃO está no rol da ANS, que encontra-se arcaico e desatualizado. Mas, se vc judicializar, o plano cobre. +
Se o STJ decidir que esse rol arcaico é taxativo, acabou. Os planos não serão obrigados a cobrir NADA que está fora da lista. E, pra pessoas com deficiências, doenças graves ou raras, isso tem um impacto brutal. É a mamata dos planos de saúde sendo institucionalizada! +
Ontem, aconteceu + um evento daqueles que mostram a falta de letramento científico. A Revista Crescer publicou matéria sobre um artigo que saiu na Jama com o título “Associação entre tempo de exposição a telas de crianças no 1o ano de idade e diagnóstico de autismo aos 3 anos” +
O título da matéria: “meninos que passam 2 hrs por dia em frente às telas têm mais chance de desenvolver autismo, aponta estudo”. Desenvolver autismo. Sabe, tipo “desenvolver miopia”? Pois é. Eu, mães e profissionais que entendem um pouco de ciência fomos ler o artigo. +
Resumindo bem resumido: a metodologia e os dados do estudo não dão subsídios para chegar à conclusão de que as telas influenciaram no diagnóstico de autismo. O que já sabemos: que autistas, de fato, costumam se interessar mais por telas, por mil motivos: busca por padrões, +
Eu estava meio intrigada com essa hashtag aparecendo com frequência no Bot Sentinel e fui dar um Google pra ver quem diabos é Cameron Herrin. Afinal, estão subindo bots pedindo justiça pra ele. Fiquei meio chocada com o que descobri. 👇🏻
Cameron Herrin tinha 18 anos quando, em 2018, na Flórida, fez um racha (de carros) com um amigo. A 160km por hora, atropelou uma mãe de 24 anos e sua filha de 2, que foram mortas instantaneamente. No tribunal do júri, este ano, foi condenado a 24 anos de prisão. +
Após a condenação, fotos, tuítes e vídeos do moço começaram a viralizar. De acordo com o site Tampabay, no final de julho havia mais de 100.00 tweets sobre Herrin, e os vídeos relacionados a ele no TikTok atingiram 1,7 bilhões de visualizações. +
Print de uma conversa que tive agora à tarde com uma repórter.
Na verdade, eu tenho dificuldades é pra indicar uma mãe de autista que NÃO teve dificuldades pra matricular o filho ou filha na escola regular.
A primeira vez que meu filho foi recusado ele tinha só 2 anos. +
A simples menção da palavra “autismo” fez um monte de condições surgirem no nada. Ele teria que ir lá, ser analisado, teriam que rever a vaga, porque provavelmente não poderiam oferecer o que ele necessitava. Ele era só um bebê. Aos 8 anos de idade, mais duas recusas. +
Uma escola que perguntou se ele falava e, quando descobriu que não, já foi falando que “não poderia oferecer o que ele necessitava”. A outra que disse que “já tinha um autista dessa idade na classe, então, não poderiam recebê-lo”. Hj, Theo está na escola pública. +