De volta aos noticiários, a AlfaCon é uma velha conhecida da Ponte. Desde 2019 denunciamos a atuação da escola que ensina técnicas de tortura e assassinatos a futuros policiais, métodos semelhantes ao usados por agentes da PRF no assassinato de Genivaldo de Jesus. Siga o fio 🧵
Atenção: esta thread contém vídeos com descrição de violência sexual e tortura. 👇🏿
Em 2020, a Ponte contou que a AlfaCon é uma escola voltada às pessoas que prestam concursos da PM, tem sede no Paraná e uma unidade em São Paulo. 👇🏿ponte.org/alfacon-conhec…
Evandro Bitencourt Guedes, fundador e atual presidente da Alfacon, é ex-agente penitenciário federal e ex-policial da @PMERJ. Nas aulas, ele ensina formas de torturar presos e faz declarações transfóbicas para explicar erroneamente o feminicídio. 👇🏿
Foi nesta mesma escola que, em julho de 2018, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) afirmou que, para fechar o STF, bastariam "um cabo e um soldado". Vídeo: @Poder360 👇🏿
Outro docente do curso era Norberto Florindo Júnior, ex-capitão da @PMESP, advogado e conhecido como “professor caveira”, que aparece em uma série de vídeo-aulas exaltando a tortura: ‘vai socorrer?! Com esta mão você tampa o nariz e com esta, a boca’.
Em outra aula transmitida, Noberto comemora a letalidade policial: “falo para o pessoal: não sou o melhor professor de Direito da AlfaCon, mas sou o que tem mais homicídio nessa porra aqui. São 28 assinados, um embaixo do outro, mais uns 30 que não assinei [risos]".
Em outubro de 2019, a Ponte apurou que o ex-PM foi expulso da corporação em 2009 após um processo interno por uso de cocaína no alojamento da Diretoria de Ensino da PM, quando dava aulas de Direito. ponte.org/aulas-para-con…
Na época, a AlfaCon alegou ‘violação de direitos autorais’ nos vídeos reproduzidos pela Ponte e tentou censurá-los. ponte.org/youtube-censur…
Após as denúncias da Ponte, tanto a Corregedoria da PM quanto o Ministério Público abriram uma investigação sobre Norberto pelos assassinatos e chacinas que revelou ter cometido. ponte.org/corregedoria-d…
Parlamentares do PSOL também acionaram a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão para apurar “apologia à tortura, incitação ao ódio e misoginia” nas aulas. ponte.org/apos-denuncias…
No entanto, mesmo com as denúncias, a escola seguiu apoiada pelos grandes empresários e divulgou aulas que continham discursos racistas de Evandro. 👇🏿ponte.org/escola-do-grup…
Mesmo prorrogadas, as investigações pedidas pelo Ministério Público às Polícias Civis de São Paulo e Paraná não chegaram a ser concluídas. 👇🏿ponte.org/um-ano-depois-…
O assunto só voltou à tona quando um vídeo de 2018 do presidente Jair Bolsonaro (PL), promovendo o curso da AlfaCon, voltou a circular nas redes após ser republicado por Evandro Guedes em 2020. A Ponte e o @CanalReload explicaram o episódio na época:
Agora em maio, uma aula da AlfaCon viralizou na mesma semana em que Genivaldo de Jesus Santos, homem negro de 38 anos diagnosticado com esquizofrenia, foi morto por policiais que transformaram uma viatura em uma câmera de gás. 👇🏿
Em um trecho da aula da AlfaCon, o professor e policial rodoviário federal Ronaldo Braga Bandeira Junior recomenda usar spray de pimenta contra uma possível pessoa rendida. 👇🏿
O advogado Ariel de Castro Alves, presidente do Grupo Tortura Nunca Mais, diz que se trata de “uma aula criminosa”. À reportagem, Ronaldo Bandeira, que atualmente está na PRF de Santa Catarina, disse que a situação foi “fictícia” e “tirada de contexto”. ponte.org/professor-ensi…
A escola e a conduta dos professores Evandro e Norberto agora são alvos de um novo inquérito do Ministério Público do Paraná.
FOLHA NA DITADURA 🪖| Uma série de reportagens da Ponte revelou detalhes de como o Grupo Folha, que publica o jornal Folha de S.Paulo (@folha), atuou com auxílio material e editorial na ditadura militar no Brasil.
Vem entender no fio essa ligação investigada pelo MP-SP.🧶
O Grupo Folha é alvo de um inquérito do Ministério Público de São Paulo (@mpsp_oficial) que se baseia em um relatório feito por pesquisadores de diferentes universidades reunindo depoimentos de vítimas e algozes, além de arquivos de memória sobre o golpe de 1964.👇🏿
A pesquisa, coordenada pela professora da Escola de Comunicação da UFRJ, Ana Paula Goulart, tem como alvo a participação de empresas e foi financiada com dinheiro da Volkswagen, que assinou um acordo de reparação de danos por cumplicidade e violações durante o período.👇🏿
AGORA EM SP | Movimentos de mulheres dão início à @marchamulheres em frente ao MASP, na Av. Paulista, no centro da capital, neste #DiaInternacionalDaMulher. Este ano, a marcha tem como mote a defesa da vida de mulheres, no Brasil e na Palestina. #8M #8M2024
🎥: @DanArroyoFoto
A Marcha Mundial das Mulheres cobra a legalização do aborto no Brasil e luta contra a violência de gênero, de raça, o machismo. O ato também pede por uma Palestina livre ao cobrar por paz, justiça, liberdade e igualdade. A @PMESP acompanha o protesto. 👇🏿 📷:@DanArroyoFoto
Rose Santos, 39, militante e professora, fala da importância da manifestação de hoje: "a gente vem de um governo progressista mas é importante essa participação ativa e independente das mulheres. As mulheres estarem nas reuas e não só confiando em governos". 📷:@DanArroyoFoto
[AGORA] Protesto reúne sindicatos e movimentos sociais contra privatização do sistema prisional pelo governo @LulaOficial. Ato acontece diante da B3, centro de São Paulo, logo após leilão p/ construir presídio privado em Erechim (RS). Foto: @DanArroyoFoto
"Não à privatização" é o grito de guerra, relata a repórter @mendoncjeniffer
@mendoncjeniffer "Muito triste ao ver que se alastra o desejo de torturar seres humanos", afirma Vera Lúcia, da coordenação nacional da @carceraria
Há 59 anos, o Brasil adentrava uma das eras mais sombrias de sua história. O golpe civil-militar de 1964 deixou sequelas na construção do país e nas centenas de vítimas que foram perseguidas pelo regime. Apesar disso, a @PMESP exalta o golpe no brasão da corporação desde 1981. 🧶
O símbolo composto por 18 estrelas prateadas representa “marcos históricos” da Polícia Militar de São Paulo e traz a figura de um bandeirante e um soldado. Inicialmente, quando foi criado em 1958 pelo ex-governador Jânio Quadros, o brasão tinha 16 estrelas.👇🏿
Passados 23 anos, um decreto do então governador do estado Paulo Maluf incluiu outras duas estrelas em homenagem à 2ª Guerra Mundial e à “revolução de março” de 1964, termo usado pelos simpatizantes da ditadura para se referir ao golpe. 👇🏿
AGORA EM SP: Começa em instantes a reunião da Congregação da Faculdade de Direito da USP (@de_usp) que analisará o pedido para a renomeação da sala Amâncio de Carvalho. Alunos e organizações se mobilizam no Largo de São Francisco em memória e justiça à Jacinta.👇🏿🎥:@gilluizmendes
Amâncio de Carvalho foi professor de medicina legal na USP e autor de um experimento racista que embalsamou e violou o corpo de Jacinta Maria de Santana durante 30 anos. A Ponte contou a história de Jacinta descoberta pela historiadora @jardim_suzane. 👇🏿 ponte.org/principal-facu…
Após a repercussão da reportagem da Ponte, coletivos de estudantes e organizações da sociedade civil se mobilizaram para cobrar que as homenagens ao professor Amâncio de Carvalho fossem retiradas da Faculdade de Direito. 👇🏿
AGORA EM SP: Um ato em memória e justiça por Jacinta Maria de Santana acontece na Faculdade de Direito da USP, no Largo de São Francisco, região central da capital paulista. O encontro é organizado pelo Centro Acadêmico XI de Agosto e o Coletivo Angela Davis.👇🏿
📷: @DanArroyoFoto
Alunos, organizações e movimentos sociais se reúnem para pedir a mudança do nome de uma sala que leva o nome do médico Amâncio de Carvalho, professor que foi responsável por uma experiência racista que violou o corpo de Jacinta. 👇🏿
A Ponte contou a história de Jacinta em 2021. Ela teve o corpo embalsamado, exposto como
curiosidade científica e utilizado em trotes estudantis no Largo São Francisco. Uma reportagem especial destrinchou a pesquisa da historiadora Suzane Jardim.👇🏿 ponte.org/principal-facu…