EDITORIAL: A ‘gratidão’ com dinheiro alheio. Nem parece que a lei exige distribuição equânime das emendas entre parlamentares, pois, afinal, todos foram eleitos de forma legítima – os amigos do presidente do Senado e os que não são bit.ly/3ywf6U2
"O senador Marcos do Val (Podemos-ES) reconheceu ao #Estadao o que todos já estão cansados de saber: que os controladores do orçamento secreto no Congresso usam essa cornucópia de dinheiro público para comprar apoio de colegas parlamentares."
"O que causa estupefação é a naturalidade com que Do Val admitiu a distribuição de verbas, como se estivesse falando de tomates na feira, a partir de critérios arbitrários, à margem da lei, em atendimento a interesses estritamente particulares."
"O senador do Podemos disse que achou os R$ 50 milhões um valor excessivo para o Espírito Santo. Foi indagar Davi Alcolumbre, então presidente do Senado, sobre o critério de distribuição, quando teria descoberto o motivo: 'gratidão' por seu apoio a Rodrigo Pacheco (PSD-MG)."
"Sem nenhum rubor, um senador admite que o presidente do Senado usou dinheiro público para 'agradece' o apoio recebido na campanha. Nem parece que é verba pública, oriunda do bolso do contribuinte. Nem parece que os recursos são escassos e as necessidades do País, imensas."
"O caso é escandaloso por si só. Mas há uma agravante: tudo isso ocorreu em plena pandemia, com famílias sem emprego e com milhões passando fome. Essa absurda e disfuncional distribuição de recursos públicos é parte do esquema do 'orçamento secreto', revelado pelo #Estadao."
"As presidências da República e das Casas Legislativas transformaram o Orçamento em butim a ser repartido entre aqueles que são da patota ou que, mesmo oficialmente não sendo, fazem vista grossa e aproveitam para tirar sua lasquinha."
"Sem oposição decente, não admira que gente como Marcos do Val se sinta tão à vontade." Leia o texto completo em bit.ly/3ywf6U2
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EDITORIAL: Perigo de uma ruptura da ordem constitucional por Jair Bolsonaro não está apenas no futuro. O problema situa-se no presente – e está sendo construído com ajuda da oposição bit.ly/3bWqRM1
"Há uma crescente e mais que compreensível preocupação com a possibilidade de ruptura da ordem constitucional. De forma insistente, o presidente vem ameaçando o sistema eleitoral e o Poder Judiciário. É um cenário inédito desde 1988, o que desperta naturalmente grande apreensão."
"Agora mesmo, não se sabe se Bolsonaro cumprirá suas ameaças de golpe, se o bolsonarismo vai tumultuar as eleições, se haverá uma escalada de violência contras as instituições e tantas outras questões importantes sobre o que ocorrerá com o País até o fim do ano."
EDITORIAL: ONU recoloca Brasil no vergonhoso ‘mapa da fome’, do qual só sairemos quando a sociedade considerar inaceitáveis a obscena desigualdade social e o desenvolvimento econômico medíocre bit.ly/3RitQyu
"O Brasil voltou de vez ao mapa da fome e nada indica que se livrará dessa vergonhosa marca tão cedo."
"Dados do relatório O Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo 2022, divulgado por cinco agências da ONU, apontam que 15,4 milhões de pessoas estavam sob insegurança alimentar grave no País entre 2019 e 2021, um contingente que representa hoje 7,3% de toda a população."
A renúncia de Boris Johnson como primeiro-ministro do Reino Unido é o ápice de uma série de crises que marcaram seu governo nos últimos anos. Vem conhecer elas nesse fio⬇️ bit.ly/3IkuPKs
Partygate: Enquanto os britânicos foram obrigados a ficar em casa devido à covid-19, Johnson promoveu várias festas. A polícia britânica investigou e impôs 126 multas, incluindo uma ao primeiro-ministro, o primeiro chefe de governo em exercício a ser multado por violar a lei.
Conflito de interesses: O deputado Owen Paterson foi acusado de fazer lobby junto ao governo em nome de duas empresas que o pagaram. Johnson tentou mudar as regras para evitar ser suspenso do Parlamento, ganhando uma avalanche de críticas que o obrigou a recuar.
EDITORIAL: Bolsonaro parece cada vez mais envolvido no escândalo do MEC, seja no caso em si, seja na aparente interferência na condução da investigação pela PF, e deve ser investigado bit.ly/3u8u6Gy
"Desde a deflagração da Operação Acesso Pago, que investiga indícios de crimes no MEC e levou à prisão do ex-ministro e pastor Milton Ribeiro - suspensa depois por decisão de um desembargador -, os desdobramentos envolveram ainda mais o presidente da República no escândalo."
"Jair Bolsonaro tem muito a explicar sobre o caso em si - pastores negociando verbas da Educação sob as bênçãos do Palácio do Planalto - e também sobre a independência da Polícia Federal (PF). São graves as suspeitas de interferência do presidente na corporação."
Crescem resgates de trabalho escravo doméstico no Brasil; mulheres negras são principais vítimas bit.ly/3HVcrb0
Quatro elementos podem definir escravidão contemporânea: trabalho forçado (com cerceamento do direito de ir e vir), servidão por dívida, condições degradantes ou jornada exaustiva. Desde os anos 1940, o Código Penal prevê prisão de 2 a 8 anos para o crime bit.ly/3HVcrb0
Em 2021, foram registrados 31 casos, o maior número desde 2017, quando o MPT passou a separar a contagem do trabalho doméstico análogo à escravidão das outras duas modalidades (rural e urbana). Neste ano, já são 5 casos contabilizados pelas autoridades bit.ly/3HVcrb0