EDITORIAL: É inconstitucional a pretensão da Defesa de fiscalizar eleições. Na Presidência, Bolsonaro causa mais danos às Forças Armadas do que quando ameaçava colocar bombas em quartéis bit.ly/3P6NkF1
"Não bastasse difundir desinformação contra as urnas eletrônicas, o presidente Jair Bolsonaro tem envolvido, de forma cada vez mais intensa, o Ministério da Defesa em suas tramoias inconstitucionais contra o sistema eleitoral brasileiro e a Justiça Eleitoral."
"Segundo revelou o #Estadao, a pasta está preparando um plano de fiscalização paralela para as eleições. Foi montada uma equipe de oficiais das Forças Armadas com a missão específica de elaborar o roteiro para uma atuação ampliada dos militares nas eleições."
"A configuração do Estado Democrático de Direito está desenhada para que as Forças Armadas estejam submetidas ao poder civil. No entanto, o presidente está usando o poder civil para tentar desvirtuar o bom funcionamento das Forças Armadas. Eis a loucura bolsonarista."
"Em vez de ser elemento de tranquilidade institucional, assegurando e confirmando o funcionamento constitucional das Forças Armadas, o Ministério da Defesa do governo Bolsonaro tem sido a fonte de tensões e embates com a Justiça Eleitoral."
"Ao imiscuir-se no processo eleitoral, o Ministério da Defesa erra de duas formas graves. Não é papel do Poder Executivo questionar a legislação eleitoral, revisar as eleições e, menos ainda, rivalizar com a Justiça Eleitoral. O segundo erro é ainda mais grave."
"Ao envolver-se em tema eleitoral, o Ministério da Defesa transmite a ideia de que as Forças Armadas têm a pretensão de interferir nas eleições. Essa mensagem é perigosíssima e desperta preocupação em todos. Esse tipo de interferência não tem lugar em um regime democrático."
Leia 'O ataque do Ministério da Defesa às eleições' completo em bit.ly/3P6NkF1
• • •
Missing some Tweet in this thread? You can try to
force a refresh
EDITORIAL: Em vez de pedir paz e tolerância, presidente aproveitou crime de Foz do Iguaçu para escalar a provocação com a esquerda. É o vale-tudo do bolsonarismo para manter o País sob tensão bit.ly/3P1xLyl
"Aos gritos de 'aqui é Bolsonaro!', um agente penitenciário federal invadiu, na noite de sábado, a festa de aniversário de Marcelo Arruda, um guarda municipal filiado ao PT e que concorreu a vice-prefeito de Foz do Iguaçu em 2020, e matou o aniversariante a tiros."
"Diante do ataque criminoso realizado pelo apoiador do bolsonarismo, o presidente Jair Bolsonaro tinha o dever cívico de solidarizar-se com a família da vítima e, muito especialmente, de condenar e desautorizar toda e qualquer forma de violência contra opositores políticos."
EDITORIAL: É dever de Bolsonaro condenar a violência. Atentados recentes a atos políticos preocupam em um ano de eleições altamente polarizadas. Mas, antes que serenar os ânimos, o presidente os acirra bit.ly/3IudtLo
"O ataque de um bolsonarista que matou um petista no Paraná é um tenebroso lembrete do que a polarização política é capaz de fazer. Quando vidas são perdidas, é dever das autoridades, a começar do presidente da República, condenar a violência e serenar os ânimos."
"Mas Bolsonaro faz justamente o contrário - incentiva a hostilidade aos opositores, considerados inimigos. A omissão do presidente é especialmente grave por quatro motivos. Primeiro, porque, como chefe de Estado, tem o dever de zelar pela serenidade do processo democrático."
EDITORIAL: Perigo de uma ruptura da ordem constitucional por Jair Bolsonaro não está apenas no futuro. O problema situa-se no presente – e está sendo construído com ajuda da oposição bit.ly/3bWqRM1
"Há uma crescente e mais que compreensível preocupação com a possibilidade de ruptura da ordem constitucional. De forma insistente, o presidente vem ameaçando o sistema eleitoral e o Poder Judiciário. É um cenário inédito desde 1988, o que desperta naturalmente grande apreensão."
"Agora mesmo, não se sabe se Bolsonaro cumprirá suas ameaças de golpe, se o bolsonarismo vai tumultuar as eleições, se haverá uma escalada de violência contras as instituições e tantas outras questões importantes sobre o que ocorrerá com o País até o fim do ano."
EDITORIAL: A ‘gratidão’ com dinheiro alheio. Nem parece que a lei exige distribuição equânime das emendas entre parlamentares, pois, afinal, todos foram eleitos de forma legítima – os amigos do presidente do Senado e os que não são bit.ly/3ywf6U2
"O senador Marcos do Val (Podemos-ES) reconheceu ao #Estadao o que todos já estão cansados de saber: que os controladores do orçamento secreto no Congresso usam essa cornucópia de dinheiro público para comprar apoio de colegas parlamentares."
"O que causa estupefação é a naturalidade com que Do Val admitiu a distribuição de verbas, como se estivesse falando de tomates na feira, a partir de critérios arbitrários, à margem da lei, em atendimento a interesses estritamente particulares."
EDITORIAL: ONU recoloca Brasil no vergonhoso ‘mapa da fome’, do qual só sairemos quando a sociedade considerar inaceitáveis a obscena desigualdade social e o desenvolvimento econômico medíocre bit.ly/3RitQyu
"O Brasil voltou de vez ao mapa da fome e nada indica que se livrará dessa vergonhosa marca tão cedo."
"Dados do relatório O Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo 2022, divulgado por cinco agências da ONU, apontam que 15,4 milhões de pessoas estavam sob insegurança alimentar grave no País entre 2019 e 2021, um contingente que representa hoje 7,3% de toda a população."