Quero puxar uma conversa que não é sobre quadrinhos, mas é sobre trabalhar com redes sociais e depender dos algoritmos (aliás, vamos ver se eles vão entregar esse fio aqui ou me deixar no vácuo, rs).
A newsletter do @youpix de hoje traz uma reflexão bem boa sobre redes sociais e algoritmos e não consigo falar sobre outra coisa:
"As redes sociais deram voz pra muita gente que não era ouvida. E #TerVozÉexistir é nosso lema. Porém, é duro ter voz quando o algoritmo te sacaneia, te restringe o alcance, governa a vida da gente na rede."
(IMPORTANTE: eu discordo dessa coisa de "dar voz", porque todo mundo tem voz, ninguém dá voz a ninguém. A gente - ou as redes sociais - pode contribuir a partir do espaço de poder que ocupamos para amplificar ou silenciar vozes - papo pra outro tuíte)
Seguindo 👇
"Isso faz a gente virar dependentes algorítmicos: vivemos pra isso tanto no mkt quanto como creators."
"Entre produzir coisa boa, atender o público e ficar constantemente estudando um algoritmo que muda a toda hora, o trabalho em redes sociais se torna muito mais difícil do que precisava ser."
"Quem precisa de Instagram e TikTok pra mostrar seu negócio tem burnout não é à toa."
Essa conversa não é sobre quadrinhos em si, mas é sobre a nossa sobrevivência trabalhando com quadrinhos nos dias de hoje, né? Quantas pessoas você tem visto com ansiedade, síndrome da impostora, burnout? Não tá fácil, não.
Eu, por exemplo, adoro fazer curadoria, pesquisa e produzir conteúdo sobre HQs. Mas tenho me sentido bem perdida e desestimulada nessa dependência que desenvolvemos das redes sociais para ter algum resultado e alcançar as pessoas.
Por isso fico inventando outras coisas, outros formatos. E faço newsletter, revista impressa, clube de leitura, site etc etc etc. Mas aí é TANTO trabalho. E independente (muita coisa sozinha). Como dar conta? Como estamos dando conta? ESTAMOS?
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