Ainda me lembro da vez que pus uma fantasia nele, que ele odiou. Assim que pus ele começou a chorar e falar aiai. Está fazendo manha, alguém me disse. Ignore que ele para, alguém me disse. Ignorei e fiz ele usar a roupa o dia inteiro, mesmo odiando. (1/9)
Só no fim da tarde fui perceber que ele estava com o pescoço vermelho e cheio de marcas porque o zíper da roupa estava machucando. Não era “manha”, era um pedido de ajuda. Ele estava com dor e eu o ignorei :(
Certo dia, toda vez que botava o tênis, ele dizia (2/9)
aiai e tentava tirar. Está fazendo manha pra por o tênis, alguém me disse, só ignorar e pôr o tênis. Lembrei do dia da fantasia e não consegui ignorar. Nesse dia deixei ele descalço mesmo. Qualquer menção ao tênis ele falava aiai e apontava o pequeno pé. Só fui (3/9)
descobrir à noite, na hora do banho, um pequeno corte na lateral do seu dedo do pé. Ele estava realmente com dor para usar qualquer calçado.
São histórias assim que me levaram a odiar a palavra manha. É muito fácil chamar de manha quando a sensação de frustração, (4/9)
dor ou desconforto não é sua. Entendo que muitas vezes os motivos dos bebês podem ser esquisitos: não gosto desse tênis, hoje quero sair de bota. Também entendo que ainda somos os adultos da relação e temos o poder de forçar que eles usem esse ou aquele calçado (5/9)
ou roupa, parem de ver TV, tomem banho, sentem na cadeirinha do carro etc.
Hoje quando ele “faz manha” observo atentamente se ele não está com algum desconforto. E quando não encontro nada estranho, entendo que é apenas ele me comunicando algo como sono, fome, (6/9)
frustrações, vontades e desejos. Entendam que devemos acolher e permitir que eles expressem suas sensações, mesmo que a gente não goste e esteja sem saco muitas vezes.
Nós adultos também temos dias em que estamos sem vontade de comer legumes, ou com preguiça (7/9)
de tomar banho, ou muito animados com um programa de TV e não queremos desligar. E claro, dias em que preferimos usar um calçado e uma roupa específicos, de preferência que não machuquem. (8/9)
Estava vendo fotos da minha casa antes de ter criança e…caramba! Não tinha uma pilha de fraldas no canto do sofá, ou uma montanha de brinquedos no chão da sala. Nem tinha um quarto (1/9)
de bebê e muito menos tanta roupinha no varal. Não tinha uma mini vassoura do lado da vassoura, nem um termômetro de testa e um pato de borracha na cômoda ao lado da minha cama.
O bebê vem como um pequeno furacão e junto com ele chegam muitos objetos. Já parou (2/9)
pra pensar? Às vezes fico olhando e pensando que é muita coisa. Três tipos de sugador de nariz até achar o ideal. Disso não me arrependo, o redondo faz o trabalho lindamente (já fiz até um post ensinando). E os diversos pacotes de fralda de todas as marcas e tamanhos (3/9)
Existe o chulé e existe o mini chulé. E não falo de mini chulé me referindo ao mini pé. Falo do cheiro desse mini pé mesmo. Uiuiui, ninguém me avisou que bebês podem ter chulé. A (1/7)
verdade é que descobri que assim que passam a usar meias e tênis, bebês por ter sim um mini chulé. E que chulé! Misericórdia! Sai de perto!
Meu bebê andou com 11 meses e usa tênis quase todo dia desde então. E é por isso que eu virei especialista em mini chulé. (2/7)
As meias do nico têm realmente um cheirinho azedo. Socorro! Acaba que eu troco de meia nele pelo menos uma ou duas vezes por dia, porque vivem suadas. Mas também, para o tanto que esse menino brinca o dia todo lá fora…