No Dia Internacional dos #PovosIndígenas, a Agência Pública relembra algumas investigações que contam histórias de resistência, luta e retrocessos enfrentados por diversas etnias no Brasil. 🧶
Desde 2015, não havia tantos registros de violência contra indivíduos e territórios indígenas em um único ano, como em 2020. Tudo isso agravado por um pico de assassinatos, com pelo menos 182 vítimas conhecidas, número recorde em 25 anos. agen.pub/cimipandemia
As mortes vieram acompanhadas de aumento de grilagens, de invasões para extração ilegal de recursos naturais e de danos ao patrimônio indígena. Segundo o CIMI, em 2020 os conflitos territoriais atingiram 145 povos espalhados em mais de 200 terras indígenas.
Para a deputada federal @JoeniaWapichana, a mineração deve ser mantida longe das terras indígenas, e propostas como o PL 191/2020, de autoria do Executivo sob o governo Bolsonaro, nem deveriam estar em discussão. agen.pub/joeniawapichana
Enquanto Bolsonaro se esforça para aprovar o PL 191, os Moxihatëtëma, únicos indígenas em isolamento voluntário confirmados no território Yanomami pela Funai, estão em risco por contato forçado do garimpo ilegal. agen.pub/isoladosyanoma…
Além do incentivo ao garimpo, o governo Bolsonaro também certificou, em cerca de dois anos, 239 mil hectares de fazendas dentro de territórios indígenas — o equivalente a duas vezes o município do Rio de Janeiro. agen.pub/fazendasemtis
Os indígenas da região de São Gabriel (AM), além das outras violações citadas, precisam enfrentar as mudanças climáticas, que colocam em risco alimentação e os modos de vida dos povos que mantêm cultivos seguindo o Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro.agen.pub/rionegro
Já as lideranças do Vale do Javari, região que concentra o maior número de registros de povos indígenas isolados do mundo e que detém a segunda maior TI em extensão do país, afirmam que defensores do território estão ameaçados, “com um alvo nas costas”. agen.pub/comitivajavari
Apesar das violências e retrocessos, o xamã Yanomami Davi Kopenawa afirma que “hoje em dia, nós, indígenas, não estamos sozinhos, o mundo está de olho. Então, ele [Bolsonaro] não pode acabar com a gente. Isso é crime”. agen.pub/kopenawa2
Um exemplo de resistência indígena foi o Acampamento Terra Livre, que reuniu cerca de 7 mil indígenas de 200 povos em defesa da demarcação das terras indígenas e a oposição ao PL 191/2020, que libera a mineração em TIs; e o PL 490/07, do Marco Temporal. agen.pub/atl2022
No Acampamento Terra Livre, também foram oficializadas pelo menos 30 candidaturas indígenas às câmaras estaduais e nacional, das quais 17 são mulheres, para acabar com a falta de representatividade dos povos originários no Congresso. agen.pub/candidaturasin…
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A medida como desastres ambientais afetam as cidades segue uma lógica conhecida: os que mais sofrem com isso são pessoas negras, de baixa renda e de regiões periféricas, em especial mães chefes de família, como mostra relatório do @institutopolis. agen.pub/racismoambient…
O estudo “Injustiça socioambiental e racismo ambiental” observou três capitais brasileiras — Belém, Recife e São Paulo — e encontrou padrões que se repetem no resto do país.
A partir dos dados, é possível enxergar como o racismo ambiental, que entende que as consequências das degradações ambientais se concentram em periferias, regiões com maior presença de pessoas negras, indígenas e quilombolas e menos acesso a recursos, acontece na prática.
🚨+ DE 51 MIL CAMPOS DE FUTEBOL é quanto o agronegócio desmatou no cerrado baiano. O dado está em relatório inédito obtido com exclusividade pela Pública que aponta que grandes fazendas cometeram crimes ambientais entre 2015 e 2021 com respaldo do Inema. agen.pub/inema
No Oeste da Bahia, entre as bacias dos rios Grande e Corrente, a vida de uma população tradicional estimada em mais de 600 mil pessoas, distribuídas em 31 municípios do Matopiba, foi afetada pelo desaparecimento de 50.723,99 hectares de vegetação nativa de cerrado.
A denúncia é resultado de um projeto inédito intitulado “Desvendando as A.S.V do Cerrado Baiano”, com o cruzamento de dados oficiais e análise sobre milhares de portarias expedidas pelo órgão oficial ambiental estadual (Inema) autorizando o desmatamento.
Análise da Pública revela que empresários ligados a políticos, agronegociantes e até órgãos governamentais estão na lista de infratores em unidades de conservação do Cerrado. Em 13 anos, foram mais de 3.800 multas que totalizam cerca de R$ 235 milhões. 🔗agen.pub/ucscerrado
Desmatamento, incêndio florestal, descumprimento de embargo, lançamento de resíduos sólidos em desacordo com a legislação, irregularidades ou ausência de licença ambiental. Esses são alguns dos exemplos de infrações aplicadas entre 2009 e 2021 pelo ICMBio no Cerrado.
A reportagem selecionou 48 UCs federais, de proteção integral ou de uso sustentável, que contêm parcela significativa de cerrado em sua área (acima de 40%). A seleção se baseou nos dados do site Unidades de Conservação do Brasil, mantido pelo @socioambiental.
📆 Amanhã (03), começa o 17º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo da @abraji e a equipe da Pública irá marcar presença no evento! 🧶
Neste ano, a Pública revelou como agências de publicidade a serviço do iFood criaram perfis falsos nas redes sociais e infiltraram um agente em manifestação para desmobilizar o movimento dos entregadores. A repórter @clalevy_ irá falar sobre a apuração do caso.
Como jornalistas investigam o mercado de armas no Brasil? O editor @obrunofonseca e a repórter @Alice_Maciel compartilharão, junto a outros profissionais, suas experiências cobrindo o lobby de armas no país.
🚨Está começando agora a sessão da CPI dos Aplicativos, na Câmara Municipal de São Paulo, focada em ouvir as agências de publicidade que fizeram campanhas para o iFood com o objetivo de desmobilizar o movimento de entregadores.
Estão presentes Lula Guimarães, representante da Benjamim Comunicação, que teve contrato direto com a plataforma de delivery, e Daniel Braga, para representar a Social Qi (SQi).
Investigação da Pública motivou a convocação, onde foi apurado que a Benjamim e SQi criaram páginas fakes, veicularam anúncios e infiltraram agente em manifestação para influenciar movimento dos entregadores. Na época acontecia o primeiro Breque dos Apps. agen.pub/ifood
Indígenas do Vale do Javari se reuniram ontem (23) na frente da coordenação regional da Funai de Atalaia do Norte (AM) com faixas e cartazes para pedir proteção à região e Justiça para os assassinatos de Bruno Pereira, Dom Phillips e Maxciel Pereira. 🔗agen.pub/protestofunai
O ato reuniu cerca de 200 indígenas, que também criticaram o governo federal e o presidente do órgão em Brasília, Marcelo Xavier. Cartazes pediram “fora Xavier”.
O cacique kanamari Eduardo Dyanim falou ao microfone: “Aqui na região do Itaquaí, no [rio] Curuçá, queremos a presença do Estado, da Polícia Federal, do Exército, do Ibama pra fazer a proteção do nosso território. Porque se um indígena morrer, a gente vai reagir também”.