Cenário estável e replicando o que já vimos na IPEC e na FSB, se nas quinzenais e mensais o cenário já era assim, nas semanais isso fica ainda mais evidente, porém, pode ser que na próxima semana tenham "novidades".
A avaliação do governo está em tendência de queda, embora variando na margem de erro, as pesquisas anteriores mostram isso.
Me parece uma "estabilização", a série histórica começa com a avaliação negativa em 43% e positiva em 26%.
Agora elas estão, respectivamente, em 41% e 29%
No eleitorado feminino também há uma ligeira percepção de melhora na avaliação do governo. E que também pode ser fruto do pacote de compra de votos do governo.
Reparem como não há uma movimentação significativa no eleitorado masculino.
A avaliação no nordeste negativa no nordeste caiu, melhorou? Não Passou para regular, o que significa? É volátil.
Sudeste está estável, uma leve tendência de recuperação muito tímida que também é muito sensível e que não produz frutos no ritmo que a campanha bolsonarista precisa
Importante lembrar que estamos de avaliação do governo!
Aqui o governo conseguiu também amenizar (melhorar não seria a palavra) a avaliação negativa, efeitos dos auxílios e combustíveis? Muito provavelmente.
Vejam como a percepção sobre a atuação do Bolsonaro segue intacta!
Isso aqui pode mostrar um movimento muito curioso de que as pessoas não relacionam os "êxitos" do governo ao presidente.
Algo que me espanta pelos seguintes motivos:
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A sociedade brasileira sempre foi muito personalista, principalmente com política, pesquisas e mais pesquisas mostram que o brasileiro tente a colocar tudo na "conta do presidente". Sejam coisas boas ou ruins.
É da natureza da sociedade brasileira.
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Um exemplo disso? Vejam como maioria das pessoas creditam ao presidente a irrisória redução do preço dos combustíveis nos últimos tempos.
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A mesma coisa quando perguntados sobre quem seria o responsável pelo aumento do Auxílio Brasil.
Isso não está se convertendo em avaliação positiva para Bolsonaro ou intenção de votos.
Diversos cientistas sociais e políticos (como @albertocalmeida e afins) apontam isso.
Mas o que estaria acontecendo com Bolsonaro?
Esse é um mistério.
Basta ver a rejeição do Bolsonaro. Segue alta e se analisarmos pela série histórica, ela aumentou!
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Talvez isso seja explicado pelo fato de maioria dos eleitores enxergarem as medidas como eleitoreiras, vejam como os que acham que Bolsonaro quer ajudar são quase metade dos que acham o contrário.
Aliás, é interessante ver como as medidas eleitoreiras não fazem Bolsonaro "roubar" votos de outros candidatos. Aliás, entre a turma de 3ª via, isso até reduz a intenção de voto!
3ª via: todo mundo que não é Lula e Bolsonaro.
No cenário geral a coisa fica no "empate".
Aliás vejam como a recepção do reajuste do AB é amena, quando separamos por renda a coisa fica ainda mais gritante.
É o que eu já falo há meses: não adianta jogar dinheiro de helicóptero se as condições econômicas são ruins, é capaz de ainda você atrair mais rejeição.
O Bolsa Família não fez sucesso só pq dava dinheiro para as pessoas, o programa nasceu num contexto de melhora do cenário econômico, aumento do poder de compra, renda e acesso ao consumo. É o extremo oposto do que ocorre no Brasil de hoje.
Se analisarmos a série histórica, a capacidade de pagar as contas dos brasileiros segue estável.
Agora, se olharmos por grupos, veremos como o auxílio brasil pode ter movimentado esses indicadores.
Não vejo outra explicação para uma queda de 6% em 14 dias.
Digo movimentado e não melhorado pq o indicador que aumentou aqui foi apenas o indicador de que a situação se manteve a mesma.
As quedas no indicador negativo não se converteram diretamente em aumento do indicador positivo.
No grupo acima de 5SM o indicador ruim cresceu 1%.
Agora, se olharmos a série histórica, a percepção de que a economia vem piorou vem caindo.
Entre os eleitores de menor renda essa percepção de piora vem caindo, porém a de melhora não sobe no mesmo ritmo.
Quem sobe é o sentimento de que nada mudou.
Para o eleitor a questão econômica segue sendo o principal problema, acompanhada de questões sociais.
Voltamos para a rejeição para comentar um dado complicado para Ciro Gomes.
Um grau de conhecimento alto, um grau de desconhecimento relativamente baixo, uma intenção de voto baixa e uma rejeição terrivelmente alta.
Isso praticamente inviabiliza sua candidatura.
A rejeição do Bolsonaro segue sem mudanças, embora a avaliação do governo tenha uma sutil melhora.
Lula também segue com a rejeição intacta, o teto do Bolsonaro seria algo na casa dos 40% e não 35%? Possível.
As pessoas também acham que Lula merece voltar para a presidência mais do que Bolsonaro merece ser reeleito.
Esses indicadores são os que me dão a certeza de que essa será uma eleição com "emoção" nas ultimas semanas do 1º turno.
Bolsonaro conseguiu avançar entre os jovens e os eleitores que ganham entre 2 e 5 SM.
Entre os eleitores até 2SM Lula e Bolsonaro cresceram enquanto os outros e indecisos caíram.
Esse dado pode fazer a campanha do Bolsoanro entrar em crise:
A intenção de voto em Lula entre os beneficiários do AB cresceu 5% enquanto Bolsonaro perdeu 3%
Vejam como o medo de retorno do Lula e do Bolsonaro estão próximo, os "nem-nems" são apenas 6%.
Porém, há uma clara maioria para Lula quando os eleitores são perguntados sobre quem preferem que vença as eleições.
Pode ser o voto util.
Como a thread ficou um grande, vou deixar esse link aqui com o compilado completo, assim vocês podem enviar no WhatsApp e outros lugares.
Como ontem foi uma chuva de informações e hoje já tivemos outra, imagino que seja dificil para vcs acompanharem ttudo que ocorreu.
Por isso vou publicar aqui as matérias que escrevi para o @ocafezinho com base nos documentos da PF.
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Não foram só os policiais da inteligência da PC que alertaram sobre a nomeação de Rivaldo Barbosa, suposto mentor do assassinato de Marielle Franco, promotores também fizeram o alerta chegar no gabinete da intervenção.
THREAD COMPLETA SOBRE O CASO ENVOLVENDO DUDA SALABERT E O TENENTE-BRIGADEIRO JOSELI PARENTE
Declarações desencontradas, reuniões sem pauta clara, mudanças repentinas e muito mistério sobre a retirada de requerimento da deputada.
VEM ENTENDER TUDO AQUI!
Na tarde da última quarta-feira (23) o presidente do STM, o tenente-brigadeiro Joseli Parente, procurou a deputada Duda Salabert e pediu para que ela retirasse um requerimento feito à CPMI do 8 de janeiro.
Depois de um dia "infernal" com batida de cabeças da base do do governo, crise entre assessores, acusações e "trocas de tiros" públicas entre ministros, o presidente Lula finalmente se pronunciou.
Para os menos habituados com o dia-a-dia em Brasília o discurso do presidente pode ser visto apenas como uma fala positivista mas acontece que ganhou quem tinha que ganhar. Vamos por partes.
Quando Lula faz a defesa da política ele pede, principalmente, para que ninguém decida se revoltar com o centrão e principalmente com Lira e Pacheco.
Segundo uma fonte do Planalto e outra na Defesa, o ministro José Múcio estaria exonerando servidores civis para realocar servidores do GSI exonerados durante a intervenção do secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli.
O Ministério da Defesa, através da sua assessoria de comunicação, entrou em contato com a coluna e negou que servidores civis estejam sendo exonerados para que militares oriundos do GSI sejam designados para a defesa.
A pasta também nega que militares exonerados pelo secretário Cappelli estejam lotados na defesa.
Porém, cabe ressaltar que, como noticiado acima, os militares mencionados foram, em sua maioria, incomodados para o Estado-Maior, um órgão da defesa.
Segundo fontes próximas, o deputado se sente frustrado já que nunca pediu qualquer cargo ou indicação em Ministério e viu o governo federal romper um acordo previamente acertado.
Na avaliação de pessoas próximas ao deputado, o governo federal vem sendo mais "cordial" com parlamentares da oposição do que com ele que integra a base. Um deles, inclusive citou como exemplo o fato do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) ser titular da Comissão de Direitos Humanos
O episódio seria apenas mais um entre tantas outras "bolas" nas costas que o deputado levou do governo federal mas que não teriam relação direta com o fato do governo federal que abandonar as articulações para a indicação o seu nome para a CPMI sobre o dia 8 de janeiro.