DEU MERDA!
Pesquisadores da @unicampoficial descobrem como rastrear e tratar o câncer de intestino!
E já que Setembro é o mês de prevenção do câncer de intestino, segue o🧶que eu te conto mais sobre essa pesquisa!
2/ Existe uma proteína no nosso corpo, a LMWPTP, que ajuda as células a funcionarem. Um desbalanço na função da LMWPTP pode até mesmo matar as células!
3/ Em 2012, o grupo comandado pela Profa. Ferreira-Halder, identificou que a LMWPTP estava em maior quantidade em células de câncer que conseguiram sobreviver (escapar) ao tratamento com quimioterápicos. Mas quando os pesquisadores bloquearam a LMWPTP, as células morriam
4/ Em um trabalho em parceria com a Holanda, foi visto que a LMWPTP está presente em maior quantidade em pacientes com câncer de intestino e no fígado de pacientes que tinham metástase. E ficou a dúvida: a LMWPTP ajuda o câncer de intestino a crescer? Ou espalhar?
5/ Quando um câncer começa a se espalhar, as células desse câncer viajam no corpo pela circulação sanguínea. Um dos meios de transporte utilizado pelas células de câncer de intestino para fazerem este trajeto é pegando carona com as plaquetas
6/ No câncer, as plaquetas são vilãs porque ajudam essas células tumorais a sobreviver no sangue e invadir outros órgãos. E adivinhem quem encontramos em grande quantidade nas plaquetas de pacientes também? A LMWPTP! Isso mostra que a LMWPTP é facilitadora do progresso do câncer
8/ Mas como combater essa LMWPTP no câncer, se ela está dentro das células? O grupo da Profa. Ferreira-Halder tem trabalhado nisso. Nós vimos que fármacos utilizados na clínica (vemurafenibe), em fase de testes (3-bromopiruvato) e outros compostos normalizam essa situação
9/ AÍ VEM O PLOT TWIST DA CIÊNCIA BRASILEIRA: lembram do pigmento da bactéria da Amazônia que ajuda a matar câncer? SIM! A violaceína pode ajudar nessa neutralização da LMWPTP!
10/ A violaceína encaixa na estrutura da LMWPTP e bloqueia sua atividade! Esse ataque da violaceína a LMWPTP altera e recupera a função mitocondrial nas células de câncer de intestino pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/35853296/
11/ Nós já sabíamos que a violaceína era potente e tinha capacidade de matar células tumorais… Mas a surpresa foi descobrir que a mesma proteína que conseguimos rastrear no câncer (LMWPTP) também é alvo da violaceína!
12/ Importante lembrar que essa pesquisa tem uma história de quase 20 anos, e só foi possível dedicar tanto tempo para entender a LMWPTP devido aos investimentos das agências de fomento CNPq, CAPES e @AgenciaFAPESP
13/ E durante esse tempo, mais de 30 pesquisadores, graduandos, mestrandos, doutorandos e pós-doutorandos foram envolvidos nessa pesquisa. Apoiem a ciência brasileira #SOSCiencia
14/ Além dos grupos brasileiro e holandês, pesquisadores japoneses também começaram a investigar a LMWPTP em pacientes com câncer de próstata, que mostra como essa proteína é importante em vários tipos de câncer
1/ Sextou com a pergunta: que uma bactéria do Rio Amazonas tem a ver com tratamento de câncer?
Segue o 🧶 que eu te conto!
Na última segunda-feira, grupo da @unicampoficial publicou um artigo sobre as ações antitumorais da violaceina em câncer colorretal... Mas o que é isso?
2/ Em 2004, o grupo de pesquisa da Profa. Ferreira-Halder em parceria com o Prof. Duran e Prof. Peppelenbosch mostraram que um pigmento roxo produzido pela Chromobacterium violaceum, chamado então violaceina, tinha ação antitumoral em células de leucemia
3/ Desde então, os grupos de pesquisa vem colaborando e descobrindo que de fato a violaceina tem super poderes! Células de câncer colorretal morriam por apoptose quando tratadas com a violaceina
Informação importante: aprovada a entrada de vacinados com Coronavac/Sinovac na Europa, mas lembrando que ainda existe recomendação de autorização de entrada (links abaixo)
Com a lastimável morte do ator Chadwick Boseman, achei importante compartilhar informações sobre o Câncer Colorretal, tema da minha tese de doutorado. Segue o fio:
A incidência de Câncer Colorretal vem aumentando em adultos jovens (20-49 anos). As causas ainda precisam ser investigadas, mas é importante estar atento: não é só idosos que são acometidos pela doença.