Thread by @crol_key

Porque para minha pessoa, Cássio é o terceiro maior ídolo da história do Corinthians?

Por causa de dois nomes:

Cláudio Christovan Pinho
Manuel Nunes

Siga o fio de la pelota, explicarei o porque.

Cláudio, mais conhecido como Gerente, é acima de tudo, o maior artilheiro da história do Corinthians, com 305 gols.

Cláudio também passou 12 anos como jogador do Corinthians, e mais 1 ano no comando técnico do time.

Cláudio é o maior artilheiro da história do Dérbi.

Ele era carrasco do Palmeiras mesmo, tem 21 gols.
Também foi o maior artilheiro do Pacaembu até hoje, com 186 gols em 322 jogos.

O Palmeiras tem o Heitor como maior artilheiro: 14 gols.

Cláudio era conhecido por seus cruzamentos e cobranças de falta.
Ele é o líder de assistências da história do Corinthians, com 191.
Tem 550 jogos ao todo pelo clube.
gazetaesportiva.com/times/corinthi…

Antes de falar dos títulos, citarei um acontecimento histórico.

Liminha, ex Palmeiras, na Portuguesa, em um jogo agrediu Cláudio e sua camisa ficou coberta de sangue.

Na volta do segundo tempo, Cláudio retornou com a mesma camisa ensanguentada, o que fez a torcida enlouquecer.

Títulos? Ele não tem poucos.

Pelo Corinthians Cláudio tem 3 campeonatos Paulistas, 3 Rio-SP, Pequena Taça do Mundo em 1953, Torneio Charlles Muller em cima de Benfica, Peñarol, Palmeiras e Flamengo de 1955, etc.

Cláudio fazia parte do time das duas "Taça dos Invictos" do Corinthians (56 e 57), do time da Fita Azul do Futebol Brasileiro (52), do time Campeão Internacional dos Invictos (54), do Campeonato IV Centenário (Paulista de 54), do time Campeão Honorário do Brasil (50)...

Essa partida contra a Finlândia foi uma das partidas da série invicta internacional que deu a honraria da Fita Azul pro Corinthians.

O Campeão Internacional dos Invictos ficou 32 partidas sem derrota Internacional.

E de mais alguns títulos e marcos de menor relevância (Torneio das Missões para arrecadar fundos pro Nordeste em seca de 53, do time da Taça mais querido do Brasil em 1955, por aí vai).

Cláudio não só estava no time da sequência invicta internacional do Corinthians (32 partidas) como também estava no jogo do 4x1 sobre o Uruguai, campeão da Copa do Mundo de 51 em pleno estádio Centenário, que vingou o Maracanazzo.

Também estava no time do Paulista de 1951, o primeiro time da era profissional a marcar 100 gols (no caso foram 103) e o primeiro time da história do Brasil a marcar +100 gols.

Campeão dos Paulistas de 51, 52 e 54.
1950: Queda do jejum de 9 anos sem o título.
1951: Ataque dos 103 gols com ele marcando 18 gols.
1954: Campeão do IV Centenário.

E pra finalizar, das Rio-São Paulo de 1950, 1953 e 1954.
1950: Título importantíssimo que deu a condecoração de "Campeão Honorário do Brasil" pro Corinthians.
1953: Arrancada e Vasco vice, com 6x0 contra o Flamengo.
1954: Oswaldo Brandão estreia com vitória e título no Derbi.

Enfim, acho o Cássio Gigante na história do Corinthians.

Mas o Cláudio foi coisa de outro mundo.
O cara foi revelado pelo Santos, fez o primeiro gol do Palmeiras depois de morrer o Palestra, foi ídolo aqui e terminou a carreira no SPFC.
Sensacional!!!

Agora, Manuel Nunes, o Neco.

Neco pelo Corinthians tem 238 gols em 296 jogos.

Uma média absurda.

Neco também foi o primeiro ídolo do Corinthians.

Campeão do Paulista de 1914, primeiro título relevante do Corinthians, foi o artilheiro da competição com 12 gols.

Agora um dos acontecimentos mais marcantes da história do Corinthians.

O Corinthians em 1915 foi punido pela APEA por tentar inscrever um jogador negro em sua equipe, assim não podendo participar da competição.

Neco estava no Manckenzie.

Mas o Corinthians iria falir.
Então Neco organizou um assalto no meio da noite e "roubou" os bens do Corinthians (como taças, etc) para que fosse evitada sua penhora.

O episódio do "assalto", uma prova de extremo amor ao Corinthians.

Neco voltou pro Corinthians e tem mais um feito marcante.

Neco certa vez, por achar que um juiz estava prejudicando o Corinthians, tirou sua cinta e o ameaçou.

"Tira a cinta, tira a cinta"

Neco PAGAVA pra jogar no Corinthians.

Neco nunca recebeu um mísero salário pra jogar no clube que amava, ele PAGAVA pra jogar.

“Eu pagava 2.000 réis por mês para jogar no Corinthians. Quando não tinha, pegava com minha mãe. O Corinthians era pobre, como a sua gente, mas já era uma alegria. Depois dos jogos, a gente saía abraçado com os torcedores, íamos jantar na casa de um ou de outro, sempre de bonde.”

Neco recebia propostas altíssimas.
Mas pagava pra jogar aqui.

Mas nunca quis deixar o Corinthians, representava e amava esse clube mais do que tudo.

Neco foi quem comprou a primeira bola do clube, que na época usava bolas doadas.

Ele foi o responsável por nos dar nossa primeira bola de futebol.

Ele foi, juntamente de Amílcar Barbuy, o primeiro jogador da história do Corinthians a ir para a seleção brasileira.

E foi artilheiro do primeiro título da Amarelinha também, na Copa América de 1919.

Quando representou a seleção, Neco também participou do SEGUNDO título relevante da Amarelinha em 1922.

Ele fez gol na final contra o Paraguai inclusive.

ele e mais 3 jogadores do Corinthians convocados foram titulares da final.

Vamos falar de títulos?

Neco além de ser artilheiro do primeiro título do Corinthians em 1914, foi campeão dos Paulistas de 1916 em seu retorno ao Corinthians, do tri de 1922\23\24, dos de 1928\29\30, e claro, campeão da Taça Campeão dos Campeões de 1930.

Inclusive, coisas a se destacar em alguns desses títulos.
O de 1916 foi invicto.
O de 1922 foi considerado o título do Centenário da Independência.
O de 1923 foi após um W.O. do Palestra Itália.
O de 1924 foi o terceiro do nosso primeiro Tri.

O de 1928 foi o primeiro título da nossa querida Fazendinha.
O de 1929 foi em pleno Palestra Itália.
O de 1930 que nos classificou pra Taça APEA.
E a Taça APEA está no nosso hino, o título de Campeão dos Campeões.

Neco também foi técnico do Corinthians em 1937 e foi campeão do Paulista do mesmo ano.

Neco é o primeiro jogador da história do Corinthians a receber um busto no Parque São Jorge.

Durante muito tempo foi o único.

E com esse tanto de feitos, não tinha como não ter.
Representava o Corinthiano mais que todos, pois era Corinthiano e amava o clube mais que tudo.

Lembrando, isso é uma treend muito mais para contar a história de dois grandes ídolos do Corinthians e do FUTEBOL BRASILEIRO.

Considerar eles maiores que o Cássio não diminui os feitos do Gigante pelo Corinthians tá?

Obrigado por ler.

Vou marcar uns Corinthianos com mais influência que eu aqui.
Deu muito trabalho, fiz com muito carinho, peço apenas um RT humilde.
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242 gols*

Agora sim, desculpem o erro.

Correção.
1952, um bi Paulista emocionante.
1950 o Corinthians não foi campeão.