✨Qual caminho devo tomar?
A pergunta é de Alice para o Gato Cheshire, que responde que sem saber qual o destino, qualquer caminho serve
Essa ideia serve para a divulgação científica também?
Hoje eu resolvi falar um pouco sobre a importância do planejamento e estudo na DC!
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Ao contrário do que pode parecer, Gato Cheshire não está falando de chegar em algum lugar, mas sobre caminhar sem destino. Pode ser legal no início, se teu interesse é apreciar o caminho.
Mas numa trajetória profissional, em algum momento precisamos de algo + específico.
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Sempre sou surpreendida por esta pergunta de estudantes (de graduação e pós) da unicamp ou de outros espaços (gente que falo aqui no tt, p.ex.).
Isso sempre vem com falas de depreciação sobre si mesmo!
E resolvi escrever sobre isso
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Uma das grandes questões nas falas é:
em que momento da vida normalizamos o fato de alguém em início de carreira acadêmica sentir-se um fracasso por não ter a mesma compreensão (e experiência) de alguém que tem uma longa trajetória no campo de atuação?
Tem sentido isso?
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Tava escrevendo um texto sobre aprendizado e carreira acadêmica, fui atrás da referência do Iván Izquierdo.
Achei um texto dele e colo aqui a conclusão final.
E eu to chorando pq, sinceramente... Que privilégio ter tido aula com um neurocientista que nas palavras, tinha poesia.
sorry, to sensível pela clássica noção de que a pandemia nos roubou Izquierdo e to lendo artigos dele e me sentindo absolutamente um ser privilegiado de ter conhecido esse professor.
Ele tem vários livros MUITO legais sobre aprendizado, memória, esquecimento, acessíveis
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Ontem eu escutei que funcionários públicos têm benefícios e privilégios.
E desencadeou um debate que é realmente desgastante e, me parece, falacioso, sobre o que é benefício em relação a empregos e cargos…
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1º é importante destacar que, sim, tenho privilégios que são culturais (mulher, branca, cis, hetero, classe média, pais universitários etc). E isso tem obviamente impacto direto em eu ser professora universitária, por ter me dado condições pra isso.
Mas não é sobre isso o fio.
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A questão é que “estabilidade” e “condições de trabalho” não são benefícios.
Um dos grandes mitos sobre servidores públicos é que a estabilidade veio para não precisarmos fazer nada. RISOS.
A gente trabalha, e muito.
- ah, mas no serviço público tem quem não trabalhe.
Sobre as vacinas de covid, que agora abriram para vacinar a 4ª dose para pessoas acima de 40 anos, é pensarmos sobre a ideia de reforço e esquema vacinal.
O que vou falar são algumas ideias que tenho conversado com colegas da DC e pesquisadores, nada definitivo, portanto.
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Temos chamado de dose de reforço e seguimos chamando de “esquema vacinal completo” 2 doses ou, no caso da Jansen, de dose única.
A questão é que a covid não está sob controle, estamos com alta transmissão e com muita gente em atraso da 3ª dose.
Há quem esteja deixando de lado
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Considerando que é uma doença nova, com variantes muito transmissíveis, não dá mais pra falarmos em “esquema vacinal completo” nos referindo à duas doses apenas.
Pode ser que, por um tempo, o esquema vacinal seja + de uma dose ao ano, até que tenhamos controlado a transmissão.
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Pior que errar o formato de um conteúdo científico para um público não acadêmico, com palavras que podem gerar interpretação dúbia e soar (e serem) agressivas, é achar bom o engajamento gerado pelo ódio e violência.
A não ser, claro, que esse seja o objetivo.
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Nosso posicionamento, dentro da divulgação científica, não é, nem tem que ser, unânime e uniforme.
Mas é importante sempre termos responsabilidade e ética em nossos posicionamentos.
Na dúvida, alguns pontos são importantes em caso de pautas quentes:
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1. Não publique nada de cabeça quente. É bom pedir revisão de alguém não afetado pela notícia que será debatida.
Conteúdos organizados com pressa corre o risco de pesarmos a mão em palavras e tons q soam agressivos, minorizam pessoas que não são e não devem ser alvo da crítica
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