Lula no Egito: “O mundo tem pressa de ver o Brasil participando novamente das discussões sobre o futuro do planeta” #oglobo#COP27
No primeiro discurso internacional como presidente eleito, Lula usa a famosa gravata verde-amarela que ganhou em 2009, em Copenhague, quando o Brasil foi escolhido para sediar os Jogos Olímpicos #oglobo#COP27
Como previsto, Lula usa a tribuna da COP para falar de dois temas: emergência climática e combate à fome. “Não haverá futuro enquanto continuarmos cavando um poço sem fundo de desigualdade entre ricos e pobres” #oglobo#COP27
“O combate à mudança climática terá o mais alto perfil na estrutura do meu próximo governo”, diz Lula. Presidente eleito critica gestão Bolsonaro e promete “combate sem trégua” ao desmatamento e ao garimpo ilegal na Amazônia #oglobo#COP27
Lula oficializa o convite para que a COP30, em 2025, seja sediada no Brasil. E acrescenta que o evento precisa ocorrer num estado da Amazônia. Mais cedo, em encontro com governadores, ele citou duas possíveis sedes: Manaus e Belém #oglobo#cop27
Discurso no Egito mostra que Lula volta determinado a retomar o protagonismo do Brasil. O presidente eleito usou a COP para fazer anúncios na área ambiental e formalizar uma guinada na política externa, como escrevi na coluna de domingo #oglobo#COP27oglobo.globo.com/blogs/bernardo…
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1. O AGROGOLPISMO E AS VIVANDEIRAS — Quando os bolsonaristas começaram a fechar rodovias, o procurador Mário Sarrubbo avisou que havia uma organização criminosa por trás dos protestos contra o resultado das urnas. Investigações da Polícia Federal mostram que ele tinha razão 🧶
2. A PF identificou dezenas de suspeitos de financiar os atos golpistas. Com base no relatório, o ministro Alexandre de Moraes mandou bloquear as contas bancárias de 43 pessoas físicas e jurídicas. A lista é dominada por empresários e empresas agrícolas e de transporte de cargas
3. Bolsonaro se aliou aos setores mais atrasados do ruralismo, que se recusam a adotar práticas sustentáveis e respeitar a legislação ambiental. Pra agradar a turma, seu governo desmantelou o Ibama, cancelou multas e encarregou um ministro de “passar a boiada”
1. Depois de chamar o golpe de 1964 de “movimento”, Dias Toffoli resolveu criticar a Argentina por julgar e punir os carrascos da ditadura militar. Na segunda-feira, o ministro disse que o país vizinho “ficou preso no passado, na vingança, no ódio e olhando para trás” 🧶
2. Para além da ofensa à Argentina, que já condenou 1.088 responsáveis por crimes contra a humanidade, as declarações revelam desconhecimento sobre a História e o papel da justiça de transição
3. “O passado não precisa ser ‘superado’. Precisa ser conhecido para que não se repita”, diz a procuradora Eugênia Gonzaga, ex-presidente da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos. Ela foi afastada no início do governo Bolsonaro, quando Toffoli tentava agradar o capitão
1. Jair Bolsonaro boicotou o combate ao aquecimento global, abraçou o negacionismo na pandemia e isolou o Brasil nos fóruns internacionais. É fácil entender por que o mundo respirou aliviado com sua derrota nas urnas 🧶
2. A torcida contra o capitão produziu um raro consenso entre EUA e China. Rússia e Ucrânia, em guerra desde o início do ano, também se uniram para saudar o presidente eleito. Na noite da vitória, Lula disse que “o Brasil está de volta”. O discurso será posto em prática na COP27
3. A viagem marcará uma guinada na política externa brasileira antes mesmo da posse. Bolsonaro se notabilizou como um inimigo da causa ambiental. Nunca foi às conferências da ONU sobre mudanças climáticas e ainda sabotou a edição de 2019, que deveria ter ocorrido em Salvador
A quarta-feira foi amarga para os patriotas que se aboletaram diante dos quartéis à espera de um novo golpe militar. Depois de meses de suspense, o Ministério da Defesa divulgou seu aguardado relatório sobre a urna eletrônica 🧵
O texto dizia o óbvio: a máquina funciona e não há indício de fraude na contagem dos votos. “Tomamos chuva à toa?”, questionou um bolsonarista no Twitter. O empresário que se pendurou no para-brisa de um caminhão, inconformado com a vitória de Lula, não foi localizado para opinar
O factoide da inspeção nas urnas expôs as Forças Armadas a mais um vexame. Para atender os interesses de Jair Bolsonaro, elas gastaram tempo e dinheiro público numa auditoria inútil. Agora são cobradas por saudosistas da ditadura que sonham com uma quartelada em pleno século XXI
1. Na última semana da campanha, Lula disse que, se eleito, faria um governo “além do PT”. A promessa parece ter orientado os primeiros passos da transição
2. A equipe escalada ontem é mais ampla que a frente montada para o segundo turno. A aliança eleitoral reunia 11 partidos, e agora MDB e PSD se juntaram ao time. Lula ainda negocia com o União Brasil, cujo presidente já avisou que não fará oposição “de jeito nenhum”
3. Lula busca novas alianças para garantir maioria no Congresso, mas não apenas para isso. O presidente eleito também quer amarrar setores da sociedade civil e do empresariado que não têm afinidade com o PT e só votaram nele para derrotar Bolsonaro
1. Antes de começar a leitura do discurso da vitória, Lula fez um breve comentário de improviso. Disse se considerar um homem que ressuscitou. “Tentaram me enterrar vivo e eu estou aqui”, desabafou
2. A eleição do petista para o terceiro mandato, feito inédito na história do Brasil, representa mais uma volta por cima numa trajetória marcada por dramas e superação
3. Lula deixou o Planalto com popularidade recorde. Emplacou a sucessora para mais dois mandatos. Seu lugar no olimpo parecia garantido — até que vieram a Lava-Jato, o impeachment de Dilma e a prisão do ex-presidente