EDITORIAL: Como destacou o economista José Roberto Afonso, a tarefa de gerenciar expectativas do mercado ainda não é de Lula ou de seu futuro ministro, mas de um governo prestes a se encerrar e de um BC que, pela primeira vez, permanecerá além dele bit.ly/3isg27Q
"As dúvidas sobre a política econômica que vai nortear as ações de Lula se refletem no dólar, nos juros e nas ações das empresas negociadas em bolsa, mas o período de transição entre um governo que ainda não se foi e outro que não assumiu conta com um importante ponto pacífico."
"É a primeira vez que o Banco Central não é uma fonte de incertezas, algo nada trivial considerando nosso histórico econômico e a bélica campanha presidencial. O BC obteve autonomia por meio de lei complementar sancionada em fevereiro/2021, debatida por dois anos no Congresso."
"A nova lei garantiu mandatos de quatro anos ao presidente do BC e a seus diretores, em ciclos não coincidentes com a gestão do presidente da República. Nesse sentido, foi bastante simbólico que o BC tenha iniciado a fase de aumento da Selic um mês após a sanção da lei."
"Também é digno de nota que a trajetória ascendente da Selic tenha sido mantida até os atuais 13,75% ao ano, expondo o descompasso entre a prudente política monetária do BC e a eleitoreira política fiscal de Jair Bolsonaro."
"A inflação permanece fora da meta e enseja cautela, mas é fato que desacelerou. O próprio presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que o comportamento dos preços em nível mundial parece ter atingido um pico e aparenta tendência de acomodação ou queda, embora num nível alto."
"Tal cenário abre espaço para que o BC possa fazer jus à autonomia que conquistou e cumprir todos os seus objetivos, entre eles o de zelar pela estabilidade e liquidez da economia, como reconhecem as leis de 1964 e de 2021."
"Ao #Estadão, o economista José R. Afonso disse que tensão do mercado quanto ao futuro governo pode e deve ser gerida pelo BC. Ele sugere que o BC use seu poder de comunicação para acalmar investidores, o que não se confunde com desafiá-los ou ignorar os riscos fiscais."
"Dado o debate que a entrevista de Afonso gerou entre economistas nos últimos dias, e diante do contexto de uma autonomia recém-conquistada, a atuação do BC ganha ainda mais atenção e relevância." Leia texto completo em: bit.ly/3isg27Q
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EDITORIAL: 'É bom para o País que o PT ceda espaço no governo. Para governar, precisará dividir poder com outros grupos políticos, pois não tem apoio no Congresso para implementar suas ideias e propostas sem negociação. Mas negociação não é fisiologismo.' bit.ly/3gWx5yl
“O ‘Estadão’ informa que a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 32/2022, a PEC da Transição, virou moeda de troca para barganhas entre o Congresso e a equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.” 🧶
“Lideranças parlamentares estariam condicionando a aprovação do texto, entre outros pontos, à ocupação de ministérios e vagas regionais e ao apoio à reeleição de Arthur Lira e Rodrigo Pacheco ao comando da Câmara e do Senado. A rigor, essa notícia não causa surpresa.” 🧶
EDITORIAL: É irônico que somente a derrota eleitoral tenha sido capaz de impor ao presidente um nível de responsabilidade que ele sempre se recusou a assumir. Seja por revanchismo, seja por um súbito senso de dever, Bolsonaro fez a coisa certa bit.ly/3ujHQOg
"A disputa presidencial mostrou que a maioria dos eleitores julgou Jair Bolsonaro pelos inúmeros erros que cometeu, sempre apontados e criticados por este jornal. Mas, ao final de seu melancólico mandato, Bolsonaro finalmente fez algo que merece elogio."
"Quando ninguém mais esperava, o presidente mandou suspender o pagamento do famigerado orçamento secreto, que garantiu estabilidade política a seu governo no Legislativo."
Referência mundial em vacinação, PNI chega aos 50 anos com desafios e cobertura vacinal em queda bit.ly/3XPks8P
Grupo de Transição da Saúde já identificou que todos os imunizantes estão abaixo da cobertura recomendada pelo Plano Nacional de Imunização, que é de 95%
“Isso coloca a população sob grave risco sanitário, inclusive da reemergência de doenças erradicadas, como a poliomielite e o sarampo", diz o ex-ministro da Saúde, Arthur Chioro, que faz parte do grupo
EDITORIAL: Parece óbvio, diante das restrições de recursos, que alguns programas devem ter prioridade sobre outros – eis a ingênua intenção dos formuladores do teto de gastos ao fixar o dispositivo na Constituição bit.ly/3GPaxKE
“Os derradeiros meses de um governo costumam ser pautados por um clima de fim de feira no Congresso. No vácuo de poder, propostas sem qualquer respaldo técnico florescem e são aprovadas sem resistência.”
“Neste ano, no entanto, os parlamentares estão se superando. Basta ver o projeto aprovado pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) nesta semana, uma verdadeira ode à contabilidade criativa com vistas a garantir o onipotente e onipresente orçamento secreto.”