EDITORIAL: É irônico que somente a derrota eleitoral tenha sido capaz de impor ao presidente um nível de responsabilidade que ele sempre se recusou a assumir. Seja por revanchismo, seja por um súbito senso de dever, Bolsonaro fez a coisa certa bit.ly/3ujHQOg
"A disputa presidencial mostrou que a maioria dos eleitores julgou Jair Bolsonaro pelos inúmeros erros que cometeu, sempre apontados e criticados por este jornal. Mas, ao final de seu melancólico mandato, Bolsonaro finalmente fez algo que merece elogio."
"Quando ninguém mais esperava, o presidente mandou suspender o pagamento do famigerado orçamento secreto, que garantiu estabilidade política a seu governo no Legislativo."
"Reportagem do #Estadão mostrou que Bolsonaro tomou a decisão possivelmente para se vingar de um Legislativo que começa a se aproximar do presidente eleito Lula da Silva. Se assim é, então Bolsonaro fez a coisa certa pelos motivos errados."
"Na prática, contudo, Bolsonaro, que jamais se envolveu a sério com questões orçamentárias, não tinha alternativa a não ser assinar os despachos, pois deles dependia o pagamento de despesas obrigatórias."
"Quando falta dinheiro, ou quando sobra e o teto de gastos se impõe, é preciso mexer na parcela das despesas discricionárias, que envolvem desde faturas de energia e contratos de limpeza de Ministérios a investimentos públicos, além das famosas emendas de relator."
"O País chega ao fim de 2022 em uma situação crítica generalizada. Nos casos mais anacrônicos, a PF teve de paralisar a emissão de passaportes, enquanto o Ibama sugeriu a suspensão do trabalho presencial por falta de recursos para manter suas operações."
"Esse cenário expõe algo óbvio: não há mais despesas discricionárias a serem cortadas nos Ministérios, razão pela qual a tesourada se deu nas controversas emendas de relator."
"Para o País, no entanto, pouco importam as razões por trás das decisões daqueles que detêm cargo público, mas sim as consequências de seus atos. E, neste caso, é inegável que essas resoluções foram extremamente positivas." Leia o texto completo em: bit.ly/3ujHQOg
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EDITORIAL: 'É bom para o País que o PT ceda espaço no governo. Para governar, precisará dividir poder com outros grupos políticos, pois não tem apoio no Congresso para implementar suas ideias e propostas sem negociação. Mas negociação não é fisiologismo.' bit.ly/3gWx5yl
“O ‘Estadão’ informa que a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 32/2022, a PEC da Transição, virou moeda de troca para barganhas entre o Congresso e a equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.” 🧶
“Lideranças parlamentares estariam condicionando a aprovação do texto, entre outros pontos, à ocupação de ministérios e vagas regionais e ao apoio à reeleição de Arthur Lira e Rodrigo Pacheco ao comando da Câmara e do Senado. A rigor, essa notícia não causa surpresa.” 🧶
EDITORIAL: Como destacou o economista José Roberto Afonso, a tarefa de gerenciar expectativas do mercado ainda não é de Lula ou de seu futuro ministro, mas de um governo prestes a se encerrar e de um BC que, pela primeira vez, permanecerá além dele bit.ly/3isg27Q
"As dúvidas sobre a política econômica que vai nortear as ações de Lula se refletem no dólar, nos juros e nas ações das empresas negociadas em bolsa, mas o período de transição entre um governo que ainda não se foi e outro que não assumiu conta com um importante ponto pacífico."
"É a primeira vez que o Banco Central não é uma fonte de incertezas, algo nada trivial considerando nosso histórico econômico e a bélica campanha presidencial. O BC obteve autonomia por meio de lei complementar sancionada em fevereiro/2021, debatida por dois anos no Congresso."
Referência mundial em vacinação, PNI chega aos 50 anos com desafios e cobertura vacinal em queda bit.ly/3XPks8P
Grupo de Transição da Saúde já identificou que todos os imunizantes estão abaixo da cobertura recomendada pelo Plano Nacional de Imunização, que é de 95%
“Isso coloca a população sob grave risco sanitário, inclusive da reemergência de doenças erradicadas, como a poliomielite e o sarampo", diz o ex-ministro da Saúde, Arthur Chioro, que faz parte do grupo
EDITORIAL: Parece óbvio, diante das restrições de recursos, que alguns programas devem ter prioridade sobre outros – eis a ingênua intenção dos formuladores do teto de gastos ao fixar o dispositivo na Constituição bit.ly/3GPaxKE
“Os derradeiros meses de um governo costumam ser pautados por um clima de fim de feira no Congresso. No vácuo de poder, propostas sem qualquer respaldo técnico florescem e são aprovadas sem resistência.”
“Neste ano, no entanto, os parlamentares estão se superando. Basta ver o projeto aprovado pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) nesta semana, uma verdadeira ode à contabilidade criativa com vistas a garantir o onipotente e onipresente orçamento secreto.”