Em um ano com um cenário político tão movimentado, nossa reportagem mostrou os bastidores da notícia de ponta a ponta. Vamos à retrospectiva política do TAB 👇
🧵 'Eu vivo o hoje': empréstimo do Auxílio Brasil é usado para pagar contas
No último dia 11, o governo federal liberou o empréstimo consignado do Auxílio Brasil. Fomos à fila da Caixa Econômica em Belo Horizonte (MG) para ouvir histórias dos tomadores de crédito do programa.
"Nunca me senti segura com esse tipo de benefício que o governo oferece. Na mesma hora que temos o direito, também não temos. Teve uma época em que eles tiraram o auxílio, né? A verdade é que, pela proximidade da eleição, eles abriram essa brecha", disse uma beneficiária.
"Vai trocar de governo, e aí não sabemos o que pode acontecer. Esse auxílio vai acabar e nós não vamos pagar o empréstimo. A conta vai ficar para o próximo presidente", disse outro beneficiário.
Apesar dos juros mensais, ele afirma que guardará o montante no banco.
Em um país dominado pelo crime, os principais responsáveis por tirar a vida dos policiais são eles mesmos.
O TAB ouviu familiares e ex-PMs que, em momentos de estresse e depressão tentaram se matar. Na Polícia, o assunto é tratado com certa indiferença.
No ano passado, 43 policiais foram assassinados em serviço no Brasil. Mais do que o dobro de policiais na ativa cometeu suicídio: foram 101. Os dados são do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em relatório divulgado em junho.
"Cobram demais dos policiais. Eles tinham de fornecer tratamento psicológico e psiquiátrico constante, obrigatório desde o primeiro dia. Faz três meses que meu pai virou estatística, é só mais um", diz a filha do PM Edvan dos Santos Silva, que tirou a própria vida em casa.
👶 PAIS DE REBORN: Adultos formam famílias com bonecas realistas
Você acha que boneca é coisa só de criança? Os bebês reborn, além de serem febre no YouTube, preenchem lacunas nas vidas e famílias de adultos. Segue o fio 👇
🧑🍼A rotina de trocar fralda de uma boneca, preparar a mamadeira e levar para passear não é mais uma fantasia só das crianças. Com os bebês reborn, adultos colecionadores se transformaram em mamães e papais, adotando também essas experiências em suas vidas reais.
As bonecas realistas são fabricadas artesanalmente por "cegonhas", artesãs que usam várias técnicas para simular traços de vida nos reborns. Para "adotar" uma, o investimento parte de R$ 1.500 e pode chegar a R$ 10.000 💸💸
"Eu me achava uma aberração. Vivia sem saber que existiam pessoas como eu", conta Sarah* adepta da regressão infantil.
Segue o fio e saiba mais sobre o assunto🧶⬇️
👀Freud explica (ou tenta explicar). A age regression (regressão de idade) é um mecanismo de defesa do ego que causa uma reversão temporária ou de longo prazo a um estágio anterior de desenvolvimento, fazendo com que a pessoa evite lidar com impulsos de maneira adulta.
Qual o sentimento após uma regressão?🤔
Para Sarah*, 27, que mora sozinha em Vitória (ES), o processo dá forças para se voltar à realidade. "Depois de sair do meu mundinho cor-de-rosa, fico recuperada", diz.
Jovens trans enfrentam preconceito no esporte e temem não poder competir. Siga o fio e entenda 👇
👉 Durante uma apresentação oficial de patinação artística na categoria feminina, os organizadores do evento se recusaram a usar o nome social da adolescente trans Maria Joaquina Reikdal. "Ela chorou um monte", contou Gustavo Cavalcanti, pai da atleta.
👉 Após ficar em segundo lugar na competição nacional, em 2019, o nome de Maria também não constava na lista de convocadas para o torneio sul-americano — normalmente, o vice garante vaga direta para o evento.
“Nenhum dicionário do mundo seria capaz de traduzir o tom negativo de ‘o que você está fazendo não é o bastante’ quando alguém diz ‘ganbatte’ em uma fábrica”
O relato "Diário de Dekassegui" é da jornalista @julianasayuri11, que passou 3 meses trabalhando em uma fábrica japonesa.
👉 A experiência, contada em forma de diário, é de fins de 2019, mas retrata condições que marcam o fenômeno dekassegui até hoje. Juliana narra o choque dos primeiros dias de treinamento, a rotina desgastante de operar em uma linha de montagem e as tensas reuniões com a chefia.
“A jornada vai das 8h às 17h (o teiji, horário padrão) e 'às vezes' se estende até as 20h. Logo no primeiro dia, descobri que o 'às vezes' é sempre”, conta Juliana.