💣 EXCLUSIVO. A Pública conseguiu acesso às atas de reuniões que revelam detalhes sobre o combate à pandemia da Covid-19 adotado pelo governo de Bolsonaro. São 806 páginas que estavam sob sigilo - até agora. Siga o fio para ver o que descobrimos. 🧵
As atas de 233 reuniões realizadas entre diversos ministérios e órgãos no coração do Palácio do Planalto, sob a coordenação da Casa Civil então chefiada pelo general da reserva Braga Netto, nunca foram analisadas pela CPI da Covid. agen.pub/atassecretas
Elas revelam diversos aspectos desconhecidos e bastidores sobre o combate à pandemia, além da participação do Ministério da Defesa na produção da cloroquina. O conteúdo dos papéis serão tratados numa série de reportagens que a Pública publicará a partir de hoje. Então acompanhe.
O Comitê de Crise da Covid-19 (CCOP) envolveu representantes de 26 órgãos da Esplanada, incluindo ministérios, agências reguladoras, bancos públicos, a PF e a Abin. Os papéis que tivemos acesso, então, são referentes às reuniões feitas pelo CCOP.
Outro detalhe a ser lembrado é que, para a CPI da Covid, o CCOP aceitou “medidas inadequadas e tardias” e sugeriu o indiciamento de Braga Netto, por suposto “crime de epidemia com resultado morte”.
Apesar da sugestão de indiciamento, Braga Netto foi poupado de uma investigação mais aprofundada e acabou citado apenas oito vezes no corpo do relatório final. Ele sequer foi chamado a depor na Comissão.
Mas o que já descobrimos? O primeiro texto da série revela como o Ministério da Defesa se empenhou na produção de cloroquina, chegando a apoiar a indústria que pretendia tornar a Bahia um "case" no uso da medicação. agen.pub/atas1
Um dos pontos que permaneceram em aberto ao longo de toda a CPI da Covid foi saber de quem partiu a ordem para que o Exército aumentasse a produção de cloroquina por meio do seu laboratório. Mais de 3,2 milhões de comprimidos foram produzidos em 2020 – contra zero em 2019.
Nas atas, o empenho da Defesa pela cloroquina começa a ser registrado no segundo mês da pandemia, quando o Brasil já contava 7,3 mil mortos pela doença: “Acordaram, juntamente com o MS [Ministério da Saúde], a produção de Cloroquina em laboratório”.
Mais detalhes você encontra lendo a matéria completa: agen.pub/atas1
Este ano, graças ao apoio de milhares de leitores, nosso projeto para abrir a #CaixaPretaDoBolsonaro foi viabilizado. Esta reportagem faz parte desta série. Quer ajudar a Pública a realizar mais investigações como essa? Seja Aliado também: agen.pub/aliadostt
O segundo texto da série mostra como o governo se omitiu em relação à crise sanitária em Manaus. Os papéis mostram que só foi dada prioridade ao Amazonas após provocação do STF. agen.pub/atas2
Em uma das reuniões, o órgão não só omitiu o crescimento de internados, como os dados apresentados sobre Manaus davam a impressão de que a situação estava sob controle, com a redução de contaminações no município.
Já nossa terceira reportagem evidencia o conflito de interesses entre fabricantes de vermífugos sem eficácia para Covid. A ivermectina e nitazoxanida, propagadas no Kit Covid, foram defendidas por Bolsonaro e aumentaram o lucro das empresas fabricantes.
Somente com a ivermectina, a Vitamedic, uma das empresas que produz o medicamento, faturou R$15,7 milhões em 2019, número que passou a R$470 milhões em 2020. Saiba mais lendo a reportagem completa. agen.pub/atas3
Outra revelação foi que governo chegou até mesmo a cogitar a criação de um dia para o tratamento precoce e tentou usar Manaus em plena crise sanitária para testar aplicativo TrateCov, que indicava o "Kit Covid". agen.pub/atas4
Já nossa quinta reportagem mostra o que registraram as atas enquanto a Covid-19 se espalhava entre indígenas e quilombolas. Governo criou planos de contingência após ser obrigado pelo STF. agen.pub/atas5
Após a publicação das reportagens, membros da CPI da Covid contaram à Pública que vão pedir reabertura de inquéritos com base nas atas reveladas. agen.pub/atas6
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NUBANK E BRASIL PARALELO | Tivemos acesso exclusivo ao comunicado interno do presidente do Nubank sobre o post de Cristina Junqueira que divulgava evento da produtora. Segue o 🧶e veja nossas matérias que investigam as relações da BP com o poder. agen.pub/notanubank
Revelamos que Konrad Scorciapino, um dos diretores da Brasil Paralelo — que também trabalhou no Nubank — criou o 55chan, fórum de discussões online que trazia conteúdo criminoso de pornografia infantil e antissemitismo. agen.pub/bpchan
OUTRAS LIGAÇÕES DA BP | Nossa repórter @amandafaudi se matriculou no curso de licenciatura em História coordenado pelo monarquista Rafael Nogueira e ligado à Brasil Paralelo. O MEC aprovou o curso no governo Bolsonaro. Saiba como são as aulas agen.pub/cursobp
🚨 DESASTRE NO RIO GRANDE DO SUL | Sem experiência, militares e políticos chefiam Defesa Civil em cidades do RS. E, na maior parte dos municípios, o seu orçamento não representa mais do que 0,01% do total e só sobe depois do desastre. 🧶 agen.pub/defesacivilrs
🦺 Por trás dos coletes laranjas prestigiados, está uma estrutura de Defesa Civil precária, com baixo orçamento, falta de quadros qualificados, com o comando de aliados políticos sem nenhuma experiência prévia ou nas mãos de militares, embora seja uma instituição civil.
PRECARIZAÇÃO | A situação não é isolada no RS: uma pesquisa em 2021 revelou que 59% dos órgãos municipais de Defesa Civil têm apenas 1 ou 2 servidores na equipe, 72% não têm orçamento próprio, 30% não têm computador e 67% não têm um veículo próprio.
🚨 NUNCA MAIS | O golpe militar completou 60 anos. Neste especial, a Pública investigou fatos e histórias que revelam como ainda há muito que apurar sobre os anos nos quais a aliança militar e civil nos tirou a democracia. Segue o fio. 🧶 apublica.org/tag/ditadura60/
☠️ DITADURAS E BUTANTAN | Documentos inéditos revelam a relação entre a ditadura brasileira e chilena com o renomado centro científico – Instituto Butantan. Investigação da Pública aponta que o instituto produziu toxinas para Pinochet envenenar opositores. agen.pub/veneno
🏹 MEMÓRIA INDÍGENA | Após 21 anos, a Comissão de Anistia julga o primeiro caso de reparação coletiva a povos indígenas. Serão analisados 2 casos: os Guarani-Kaiowá (MS) e os Krenak (MG). A Pública entrevistou o autor do requerimento de anistia. agen.pub/anistiakrenak
☠️ Instituto Butantan produziu veneno para ditadura chilena assassinar opositores. Investigação de 6 meses da Pública revelou que veneno produzido no Butantan pode ter relação com a morte de Pablo Neruda. Entenda essa história .🧶 agen.pub/veneno
🦷 A análise forense de um dente pode recontar a História. Em 2023, laboratórios anunciaram que vestígios de toxina botulínica foram encontrados no molar de Pablo Neruda, reforçando uma antiga tese de que o escritor e político chileno pode ter sido assassinado pela ditadura.
🗣️ Especialista que investiga morte do escritor diz que exportação desses produtos pelo Brasil pode ter relação com possível assassinato de Neruda. “É uma pista importante”, avalia. “Creio que as informações sobre o Brasil deveriam ser apresentadas pelos advogados de defesa.”
💬 ENTREVISTA. Educação é “voltada para o Exército” e “terrivelmente racista”, diz Nurit Peled-Elhanan, da Universidade Hebraica de Jerusalém. A professora israelense pesquisa como palestinos são retratados em livros didáticos. Segue o fio. 🧶 agen.pub/nurit
A professora universitária, pacifista e ativista dos direitos humanos Nurit Peled-Elhanan é uma das mais proeminentes vozes críticas de Israel. Ela é professora de educação, linguagem e semiótica social na Universidade Hebraica de Jerusalém e na David Yellin Academic College.
Nurit pesquisa o discurso da educação israelense, tendo publicado diversos livros sobre o assunto, entre eles, “Ideologia e Propaganda na Educação – A Palestina nos Livros Didáticos Israelenses”.
🚨 EXCLUSIVO. Documentos indicam que aliança da Folha com a ditadura foi mais forte do que jornal admite. Mais de 40 pessoas, entre jornalistas, militantes, ex-agentes e empresários, deram depoimentos sobre a Folha na repressão. 🧶 https://t.co/eDjBSf3IbBagen.pub/empresasditadu… twitter.com/i/web/status/1…
Os documentos e testemunhos foram obtidos pelo Caaf, grupo da Unifesp que realiza pesquisa sobre empresas ligadas à ditadura militar no Brasil, e analisados com exclusividade pela Agência Pública.
Segundo a pesquisa, o grupo Folha teria emprestado carros de distribuição de jornais para que agentes da repressão os usassem para disfarçar operações do regime nas ruas e que teriam resultado em prisões, assassinatos e desaparecimento de militantes da esquerda armada.