@hugoalbuquerque postou sobre o #DemocracyIndex do @TheEIU que põe o Brasil em torno dos 60% de democracia e os aliados dos EUA no topo.
É preciso dizer que ao ler a descrição da metodologia já vemos gritar as escolhas por valorar o liberalismo, não a democracia.
Ao abrir o relatório pra ler o questionário, vemos a base teórica: Robert Dahl. A confirmação do que veremos ao longo de 60 questões: pontuação máxima para laissez-faire econômico e mínima para atuação estatal e planejamento.
As questões se repetem em nuances de formalismo hipocrita: “eleições livres de pressão”- mas sem considerar pressão material, econômica, ou “financiamento transparente e aceito dos candidatos” aceitando com nota máxima doações privadas e candidaturas bilionárias.
Por fim, eu respondi o questionário enviesado. E mesmo assim o Brasil ficou entre 54 e 56 pontos (cada questão pode valer 0 ou 0,5 ou 1). Ou seja, no topo máximo do índex, com mais de 90% de democracia.
Mas, no relatório, dizem que é 60%.
Esses índices feitos por empresas privadas britânicas e americanas, com base teórica neoliberal, desconsiderando abertamente todas as questões econômicas e geopolíticas ainda são capazes de por seus próprios pesquisadores pra MENTIR nas respostas e fornecer um mapa distorcido.
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Entre os que apoiam “o lado ucraniano” nessa guerra, existem dois tipos. Entre os que apoiam “o lado russo” também.
Tem os defensores do atlantismo como representante da evolução civilizatória, advogados e juízes dos bons valores que devem ser universais.
Pra esses ser a OTAN de um lado, com EUA, Reino Unido, França e etc, já informa ser esse o lado certo.
Os casos específicos que se ajustem.
Mas tem também os críticos do imperialismo que são radicalmente contra a guerra - qualquer guerra.
Com um recorte bem ajustado podem ignorar o período de 2014 a 2022 e considerar o começo desta pela Rússia há um ano, resumido em: se a Rússia sair, a guerra acaba.
Um tal de Gil Costa, economista liberal, no Jornal da Band dizendo “Desde 2015 há déficit fiscal, POR ISSO o Estado TEM QUE cortar gastos pra equilibrar e ACABA FALTANDO dinheiro pra prevenção a desastres”
Vejam como é grave:
A conclusão tirada dessa fala é que o Estado deve gastar menos ainda pra, num futuro desconhecido, ter dinheiro pra salvar vidas.
Resumindo: Diante das mortes acusadas por corte de gastos, o liberal aconselha a cortar mais gastos ainda!
Esse é o tipo de absurdo desumano e fascistóide naturalizado numa concessão pública de comunicação.
A fala está errada nas premissas monetárias e fiscais, nas deduções macroeconômicas, e na proposição política.
Por isso o liberalismo é risco tão grave quanto o Bolsonarismo.
Brancos, sul dos EUA, em faculdades particulares e religiosas há 7 dias num culto sem fim dentro da universidade!
Um prato cheio pro evangelicalismo racista fundamentalista e americanófilo brasileiro.
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Um dia qualquer em centenas de igrejas em favelas e subúrbios latinoamericanos.
Por que os pastores tradicionais brasileiros se empolgam agora?
Ora, primeiro porque são brancos, loiros e do persistentemente racista sul dos EUA.
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Não serem latinos, de pele escura, bigodes e coques, ternos baratos e vestidos monocromáticos faz tudo parecer mais apropriado ao ascetismo memetizado dos anglo-saxões.
Não ter gritos de “alabanzas” e sim “praise the Lord” completa o cenário de assepsia cultural que desejam.