"Terry Donahue e Pat Henschel são duas senhoras, já batendo na casa dos noventa anos, que logo na primeira cena do documentário de Secreto e Proibido se tratam como primas.+
No entanto, como logo mais o filme de Chris Bolan virá a revelar, elas são muito mais do que isso. Muito, muito mais. Há quase 70 anos, na verdade, são um casal no meio dos Estados Unidos." esquinadacultura.com.br/post/critica-s…
Trailer oficial 'Secreto e Proibido'
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"A mercadoria que as mulheres produzem, ao contrário de todas as outras mercadorias, é única para o capitalismo: o ser humano vivo – "o próprio trabalhador".+
A força de trabalho reside apenas em um ser humano, cuja vida é consumida no processo de produção. Primeiro, deve ficar nove meses no útero, deve ser alimentado, vestido e treinado;+
então, quando trabalha, sua cama deve ser feita, seu chão varrido, sua marmita preparada, sua sexualidade não gratificada mas aquietada, seu jantar deve estar pronto quando chegar em casa mesmo que seja oito da manhã vindo do turno da noite.+
Esta pintura rupestre é conhecida como as "caçadoras de Tin Abenhar", Tassili-n-Ajjer, sudeste da Argélia. É muito antigo, 4000 aC. A primeira mulher empunha uma lâmina e uma lança, a segunda parece carregar um arco.
"...nada poderia estar mais longe do verdadeiro papel desempenhado pela mulher primitiva do que o estereótipo da embaçada figura de "companheira do caçador" encolhida ao lado do fogo na caverna." - Rosalind Miles, Quem Cozinhou a Última Ceia?
Mulheres não decidem, em algum momento da vida adulta, que elas gostariam que as outras pessoas entendessem-nas como sendo mulheres, porque ser mulher não é uma "identidade".+
A ideia de "identidade de gênero" desaparece com a biologia e todas as experiências daquelas com biologia feminina que tem sido criadas em um sistema de castas baseado no sexo.+
As ideias dos homens sobre o que são mulheres foram formadas a partir de sua casta dominante e atribuíram às mulheres características que mais beneficiavam seus "superiores", bem como justificassem o domínio dos homens sobre elas.+
"Não foram as bruxas que queimaram, foram mulheres.
Mulheres que eram vistas como:
Muito bonitas
Muito sinceras
Tinham muita água no poço (sim, sério)
Tinham uma marca de nascença
Mulheres que eram muito habilidosas com a fitoterapia
Muito altas
Muito quietas +
Tinham o cabelo muito vermelho
Mulheres que tinham uma forte conexão com a natureza
Mulheres que dançavam
Mulheres que cantavam,
ou qualquer outra desculpa...
QUALQUER MULHER ESTAVA EM RISCO DE QUEIMAR NA FOGUEIRA +
Irmãs testemunhavam e se voltavam umas contra as outras enquanto seus bebês eram mantidos sob o gelo.
Crianças foram torturadas dentro de fornos para confessar suas experiências com “bruxas”. +
Já ouviu falar de Maria Mies, autora do livro “Patriarcado e Acumulação Capital em Escala Mundial: mulheres na divisão internacional do trabalho”?
Se liga:
“Embora as mulheres também realizem esse trabalho gerador de mais-valia, sob o capitalismo o conceito de trabalho é geralmente usado com um viés macho- patriarcal, porque sob o capitalismo, as mulheres são tipicamente definidas como donas de casa, isto é, como não-trabalhadoras.+
Os instrumentos deste trabalho, ou os meios corporais de produção implicitamente referidos neste conceito, são as mãos e a cabeça, mas nunca o útero ou os seios de uma mulher.+
A linguagem realmente importa. Se você quer disfarçar o mal causado às mulheres e bebês a primeira coisa que você faz é alterar a linguagem. Então, ao invés de compra de bebês, mães e prostituição, você usa "barriga de aluguel", "gestante substituta" e "trabalho sexual".+
Essa linguagem é projetada para tornar mais difícil ver a exploração. É por isso que é extremamente importante que não comprometamos a linguagem. Ao nomear a verdade, mostramos a exploração.+
Da compra de bebes à prostituição, precisamos nos ater a linguagem que descreve a verdade do que está acontecendo. É precisamente porque estamos usando a linguagem correta e nomeando o que de fato acontece, que somos execradas e expostas.+