Três elementos que não podem faltar aos seus colaboradores:
Legenda: Coletetinho The North Face, conferindo ao seu usuário aquela vibe "Alpes Suíços"
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Legenda: Relógio Garmin, já que são atletas de alta performance que cuidam da saúde
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Legenda: Camisa social com monograma personalizado, pois muitos são descendentes de famílias tradicionais
Poderíamos também citar os tênis On ou Vert, o suéter da Patagônia, o copo Stanley e, para "alguns", o Venvanse.
Para terminar, muitos destes indivíduos costumam ter um ego / arrogância do tamanho de um bonde.
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Estamos falando do Banco BTG Pactual (B3: BPAC11).
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Vou ser sócio de quem?
Vou simplificar bem a resposta para não ficar muito chato, pois a estrutura societária é um pouco complexa.
Quem manda de fato no Banco precisa ter ações ordinárias (com direito a voto) do veículo controlador.
Estas ações estão nas mãos de:
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- 30.00%: André Santos Esteves. Oriundo da classe média carioca, foi um filho único criado apenas pela mãe, professora universitária. Formado em Matemática na UFRJ com especialização em Computação, ingressou no Banco em 1989, aos 21 anos, como estagiário de análise de sistemas
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Em 4 anos, já se tornou sócio. Desenvolveu sua carreira como Trader de Renda Fixa e chegou a ser o CEO do Banco. Atualmente é o Chairman. Seu antigo chefe no Banco chegou a dizer sobre Esteves: “Sempre tive consciência de que ele venderia a mãe para ter o poder”.
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- 26.22%: Roberto Balls Sallouti. Da classe média alta paulista, estou na Graded e se formou em Economia pela Wharton. Recém formado, ingressou no Banco em 1994 e 4 anos depois já se tornou sócio. Assim como Esteves, também desenvolveu sua carreira como Trader de Renda Fixa.
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Em 2008, se tornou o COO do Banco. Desde 2015 é o CEO. Habilidoso com pessoas, foi um dos principais responsáveis pela criação do segmento de Varejo Digital do Banco, área que mais cresce na instituição. Esse tem bolas.
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- 19.36%: Renato Monteiro dos Santos. Formado em Administração pela FGV e em Economia pela USP. Atualmente é o Diretor Vice-Presidente Sênior responsável pela Tesouraria LatAm, assim como Renda Fixa, Câmbio e Commodities. Ingressou no Banco em 1997 como Trader.
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- 12.71%: Antonio Carlos Canto Porto Filho (Totó). É o mais velho do grupo, com 79 anos. Estudou no Colégio Dante Alighieri em São Paulo e se formou em Administração de Empresas na FGV-SP. Trabalhou por 28 anos no Banco de Crédito Nacional (BCN), chegando a ser o responsável..
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... pelas áreas de Gestão Financeira, Leasing, Seguros, Imóveis, Jurídica e Marketing. Ingressou em seguida no Banco Pactual em 1997. Atualmente é o Diretor Vice-Presidente Sênior responsável pela Área Institucional. Diz ele: ...
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... "O segredo é contratar caras melhores do que eu, ir treinando e formando. Assim, o banco se perpetua”.
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- 11.71%: Guilherme da Costa Paes. Irmão do atual Prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo da Costa Paes. Formado em Administração pela Universidade Santa Úrsula (RJ), possui MBA com enfoque em finanças pelo IBMEC.
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- Ingressou no Banco em 1994. Atualmente é o Diretor Executivo responsável pela Área de Investment Banking. Anteriormente foi Diretor Sênior de análise de investimentos no Chase Manhattan Bank.
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O Banco tem muitos outros sócios, mas estes possuem apenas ações preferenciais, ou seja, eles têm apenas direitos econômicos (distribuição de lucros), mas não poder de decisão na holding controladora.
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Um pouco da história do Banco BTG Pactual:
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Tudo começou com a Pactual DTVM, fundada em 1983 por André Jakurski (ex-Unibanco), Paulo Guedes (até então acadêmico) e Luiz Cezar Fernandes (ex-Bradesco e ex-Garantia), focada em trading e já com uma cultura de partnership meritocrático, hard-working e empreendedorismo
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Em 1997, discordando do plano de Cezar de transformar o Pactual em um banco de varejo, Jakurski e Guedes vendem suas ações e deixam a instituição para criar a JGP, uma gestora da hedge funds.
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Em 1998, os sócios mais novos do banco, dentre eles André Esteves, compram a participação de Cezar, que estava descapitalizado devido a maus negócios que tinha feito. Assim, os sócios fundadores não têm mais participação no Banco.
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Em 2006, o maior banco da Suíça, UBS, compra o Banco Pactual, que passa a ser chamado de UBS Pactual.
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Em 2009, André Esteves e outros sócios importantes do Banco Pactual recompram o banco do UBS, então abalado pela crise do subprime americano, através do veículo BTG Investments, criando assim o BTG Pactual.
Em 2012, o BTG Pactual fez um IPO na B3.
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Desde então, o Banco vem crescendo a uma velocidade impressionante, tanto de forma orgânica como também através de aquisições estratégicas.
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O que faz o Banco BTG Pactual?
Como dito anteriormente, começou como uma DTVM de trading. Alguns anos depois, montaram a área de Wealth Management e depois de Asset Management. Cada vez mais o Banco vem diversificando suas fontes de receita.
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Atualmente, o BTG Pactual é o principal Banco de Investimento da América Latina, atuando nas seguintes áreas:
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- Sales and Trading (31% da Receita)
- Corporate & SME Lending (16% da Receita)
- Wealth Management & Consumer Banking (15% da Receita)
- Investment Banking (11% da Receita)
- Asset Management (9% da Receita)
- Participations (2% da Receita)
- Outros (16% da Receita)
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Mais alguns dados sobre o banco:
ROE: 21% (ótimo)
Baixa inadimplência no crédito
Basileia: 15% (saudável)
Índice de imobilização: 27.3% (bom)
Índice de eficiência: em linha com os melhores bancos
Crescimento de lucros, dividendos e patrimônio líquido de ~12% a.a.
Expectativa: multiplicar o capital investido por 10x. Realidade: perda de 85%
Hoje vou compartilhar a história do meu investimento mal sucedido em CASH3 (Meliuz).
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A Expectativa:
• Durante a pandemia, só se falava de ações tech, porque elas estavam crescendo de forma acelerada. Eram as ações da moda, tanto nos EUA quanto no Brasil. O futuro parecia ter chegado.
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• Várias com este perfil estavam fazendo IPO na B3. A maioria não gerava caixa e parecia bastante aquela situação de enfeitar a noiva para vender no IPO. E era uma noiva mais feia que a outra…
• Mas Meliuz parecia a noiva mais bonita do pedaço (ou talvez a menos feia?).