Matéria super interessante a respeito do surgimento de clubes ativos nos EUA.
E não é apenas lá. Aqui no Brasil encontrei alguns, sendo um dos mais atuantes (online e offline) o grupo extremista dos prints abaixo (não falarei o nome p/evitar publicizá-lo)
1⁰ identificação do grupo: Agosto de 2022.
Ideologias: Ultranacionalismo, hipermasculinismo, Tradicionalismo Evoliano, Quarta Teoria Política, nacionalismo branco, etnonacionalismo, nacional-revolucionário, nacional-bolchevismo, neofascismo, ecofascismo, neonazismo.
Símbolo:
Atuam online (Telegram e Instagram) e também offline na distribuição de panfletos e propaganda p/recrutamento; encontros presenciais; formação de clubes de luta e vigilantismo violento.
Se relacionam com clubes de airsoft e de tiro do interior do país; clubes de lutas marciais; com a editora nacional-bolchevique/neonazista Griffo Editora (antiga Episch Verlag que comercializava também o manifesto terrorista do supremacista branco do atentado em Christchurch);
Com clube de boxe do "centro de estudos nacionalistas" do RJ; com outros grupos extremistas separatistas neofascistas nacionais e grupos identitários de extrema direita transnacionais;
Conforme explicado na matéria, "uma vertente do movimento nacionalista branco, os chamados clubes ativos estão surgindo em todo o país. Eles enfatizam o treinamento de artes marciais mistas p/ se preparar p/a violência contra seus supostos inimigos, e +
e estão cada vez mais movendo suas atividades offline e à vista do público."
Esse grupo específico conta com aproximadamente 600 membros espalhados em várias cidades do Brasil mas com encontros mais frequentes marcados no Rio Grande do Sul.
+
Assim como bem observado por @ColborneMichael, "pegam um modelo de extremismo de extrema direita da Europa Oriental, especialmente relacionado ao hooliganismo no futebol e o tipo de estética em torno de algumas das cenas de extrema direita e
tentam da melhor maneira possível plantar isso no contexto local".
Não é diferente aqui no Brasil.
Outra semelhança é como evitam o uso de símbolos mais conhecidos relacionados ao nacionalismo branco e neonazismo. Evitam o uso de suásticas por exemplo.
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Eventualmente utilizam símbolos nórdicos (runas) e a cruz celta.
A identificação é melhor efetuada analisando os marcadores estéticos e os conteúdos ideológicos que disseminam.
Grande parte dos conteúdos são voltados para disseminação de pensadores neofascistas como Faye, +
Venner; Benoist; Evola; Francis Yockey Parker; Oswaldo Mosley; pensadores ligados à Revolução Conservadora de Weimar como o infame nazista Arthur Moeller van den Bruck; Aleksander Dugin e outros ideólogos extremistas.
#StopHateBrasil
Alvos principais:
Comunidade Judaica;
Comunidade LGBTQIA +;
Figuras públicas ligadas à política e imprensa;
População negra;
Imigrantes;
Alvos aleatórios considerados inimigos autopercebidos.
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Domingou, almoço hoje é em família e mainha pediu pra eu levar cervejas. ❤️
Mas antes, já que é domingo, vou deixar uma listinha de filmes super interessantes que abordam extremismo de extrema direita.
🎥🎬
🎬 1- Filme: Skin - À Flor da Pele. Telecine.
Este filme é espetacular e conta uma história verídica a respeito da desradicalização de um jovem supremacista branco americano.
O ativista (@DLamontJenkins) que o auxiliou nesse processo ainda é atuante no campo da prevenção,
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combate ao extremismo e desradicalização. Às vezes é sim possível resgatar essas pessoas para o campo democrático e de respeito à dignidade humana.
Difícil? Muito.
Impossível? Não.
Foi um grande erro não incluir no PL 2630 a indústria gamer.
Quando voltaram as discussões a respeito do PL, precisaremos debater a sério a indústria gamer ter ficado de fora do escopo. Explico meus pontos:
1/
Hoje de manhã estava estudando o novo relatório de transparência do Discord (que abrange o ordeiro trimestre de 2023 - ou seja, não cobriu ainda o período mais crítico que tivemos aqui no Brasil, o mês de Abril);
2/
Na nota do discord publicada ontem, eles informaram que 65 mil contas de brasileiros foram desativadas por violar os ToS (temros de serviço) da plataforma;
3/
Absolutamente fundamental esse espetacular artigo do @UR_Ninja para desfazer o mito de uma suposta incoerência na existência de neonazistas não-brancos
Importante ressaltar a categorização sólida das distinções, mesmo que tênues, entre supremacismo branco unicornriot.ninja/2023/nazis-of-…
O nacionalismo branco e o neonazismo.
Aqui no Brasil, tem sido recorrente pesquisadores do tema aglutinarem tudo numa mesma classificação (como neonazismo) e até mesmo grupos extremistas separatistas serem incluídos nessa categoria, o que pode inflacionar os números +
dos supostos 1120 grupos neonazistas existentes no Brasil que tem sido noticiados (um número que quando comparado a países com população 130 milhões de pessoas maior do que o Brasil, como os EUA, suscita dúvidas legítimas-o mapa do ódio dos EUA rastreou 1225 grupos de ódio);
Uma vez fui convidada a escrever 2 artigos sobre a Nova Resistência mas desisti por PÂNICO de voltar a ser alvo de uma pessoa que passou 2 anos mobilizando ondas de assédio online direcionado, cyberbulling, cyberstalking e difamação contra mim. Não escrevi mas ela continuou. 1/
Agora que o líder da NR escreveu coluna no Brasil 247, acho que devo enfrentar o pavor de ser alvo de novo daquela turma (de esquerda) e entregar os artigos pois 90% do circula a respeito da NR são informações anedóticas e sem compreensão do que é realmente esse grupo, 2/
Suas influências intelectuais, as ramificações e como certos discursos (como relativização da Democracia) que estão sendo normalizados no debate público, tangenciam, aglutinam e mobilizam os extremos.
3/
Pesquisa qualitativa do Laboratório de Estudos da Mídia e Esfera Pública (Lemep), do Iesp/Uerj revelou que os bolsonaristas convictos possuem "uma total adesão a narrativas alternativas do bolsonarismo, 1/ oglobo.globo.com/blogs/pulso/po…
o que denota o contato deles com meios de comunicação e fontes de informação que propalam essas narrativas. Ou seja, a esfera comunicacional do bolsonarismo está ainda ativa" (João Feres).
Há anos alerto a respeito do tamanho da RAI (rede alternativa de influência) da far-right
Submersos nas redes alternativas de influência da direita radical e extrema direita, essas pessoas não tem contato com opiniões e vozes dissonantes; a imensa quantidade de narrativas de conspiração que consomem potencializa o pensamento conspiratório e paranoico:
Terrorista não pode ter palanque.
A ideia de levar alguém que esteve na iminência de cometer um atentado terrorista de grandes proporções para a CPMI foi uma das mais estúpidas até agora.
O extremismo antigovernamental e conspiracionista de extrema direita é ainda ascendente.
O terrorista virará mártir e será idolatrado pelas pessoas que estão radicalizadas no extremismo antigovernamental e conspiracionista. O atentado felizmente foi impedido mas colocar o terrorista em rede nacional pode criar imitadores.
Não tem 2 semanas que no aeroporto de Belém uma bomba (aparentemente de bomba de tubo) foi encontrada em mala e desativada pelo esquadrão anti-bombas.