Encerrada a primeira perna da Era Krakoa, lida no formato Evangelho Segundo Hickman (HoX/PoX - Dawn of X – X of Swords). Então, decidi fazer um fiozinho sobre como foi a experiência de voltar a ler X-Men depois de tantos anos.
Bora pro 🧵
Comecei ainda com Claremont na ativa e fui religiosamente até ali pelo Complexo de Messias. Depois disso, o único gibi dos mutantes que eu li foi X-Men Red do Tom Taylor por causa do tema. Portanto, X-Men nunca foram novidade, mas eu tinha encerrado essa etapa da minha vida.
O fim da Era Krakoa e as emoções envolvidas nisso por parte do público me despertam o desejo de lê-la na íntegra, mas fazer isso do modo mais imersivo. Tal qual um idoso membro de Clube dos Proprietários de Monza cometi a loucura de ler revista mix.
Começando por House of X/Powers of X! Só maluco pra não gostar desse gibi. Hickman resgata os X-Men como épico Sci-Fi. Tudo é muito inteligente e muito emocional. Maior concentração de frase de efeito por página. Depois de anos, terminei um gibi dos X-Men genuinamente feliz.
E "A Fabulosa Vida de Moira X" entrou forte como uma das melhores histórias dos X-Men. É um tour de force que parece ter muito mais páginas que realmente tem, tamanha a grandiosidade. Me senti com 13 anos de novo, descobrindo onde as histórias mutantes poderiam chegar.
Passada a euforia, vieram os mixes de Dawn of X. Aqui serei bem sincero. Por mais que os primeiros seis meses das revistas sejam bons, nem tudo é essencial. Mas vamos ao excelente.
A revista solo dos X-Men do Hickman é ótima. Tudo funciona e você sente o grande plano do autor para os anos vindouros. Destaque total para a edição em que os X-Men vão a Davos – o exemplo máximo de como Hickman escreve um ótimo Apocalipse e como ele é fantástico na Era Krakoa.
Outra essencial é Carrascos. A premissa de tudo se resolver na base do barco é ridícula, mas ser ridículo é a condição primordial do gibi sabor gibi. A série bate uma bola importante com a revista principal (assim como X-Force).
Novos Mutantes tem o problema de ser quebrada. Quando é o Hickman no espaço sideral: lindo. Excalibur é uma grande bobajada que vai servir lá na frente, mas infelizmente faleci de tédio.
Anjos Caídos não me darei o trabalho de comentar porque o responsável por dar uma série solo para Psylocke, Kid Cable e X23 deveria estar preso.
Então se você quiser ler o filé até X de Espadas, pode seguir na fé nos encadernados de X-Men e Carrascos (X-Force se você tiver muito na animação). E leia um resumo de Excalibur. (especial pra vc, @ericoassis)
Depois de estabelecida, a Era Krakoa começa a ganhar ramificações. X-Men segue muito bem nas discussões dos Protocolos de Ressurreição, rinha de moribundo pra morrer logo e ressuscitar, Arakko transando de ladinho com Krakoa.
E também momentos de vida comum. Uma coisa que eu acho legal é que os mutantes passam o tempo todo enchendo a cara e transando na ilha. E isso é um elemento perfeito na ideia de que agora eles têm um pouco de paz.
Novos títulos solos pintam como Wolverine (legal, mas é quase um outro universo) e Satânicos (muito pouco para se julgar, mas tem boas sacadas do nosso Clodovil Hernandes de Krakoa, o Sr. Sinistro).
A revista do Kid Cable só Deus pode me julgar, mas eu gostei. Tem as tramoias de viagem do tempo, tem o Deadpool roubando o cadáver do velho Cable tal qual o Tio Paulo, tem poliamor de Cable com as Cucos.
Primeiro ano encerrado, começam os problemas. O mix fica chato porque a série principal e Carrascos somem, dando lugar às Giant-Size que não agregam ao grande plano e, pior, tem volume sem Hickman, o que é golpe. E muito Excalibur que, infelizmente, é importante pras Espadas.
O mix se arrasta melancolicamente até os dois últimos volumes, quando X-Men e Carrascos voltam pra organizar a casa. Dois volumes muito bons que amarram os planos do Apocalipse, encerram um arco da Tempestade e entregam bem para X de Espadas.
Já X de Espadas, as Olimpíadas do Facão, é a bobagem mais maravilhosa até aqui. O pano de fundo de épico de fantasia logo dá lugar a uma sequência de provas do líder de BBB, com um monte de espada importante pra cacete, mas que apareceu ontem. 22 capítulos de pura bobajada. 10/10
Se você quer um guia de leitura mais completo de toda a Era Krakoa, pode seguir nossos consagrados do @utopiaxpodcast que debulharam todas as fases pra gente.
Agradecer aos responsáveis pela minha volta aos X-Men: o Conselho (não tão) Silencioso do tuiter @utopiaxpodcast @henriqueento @lipepyro @Magnetoheroi @bruno_mael @GibiComCuscuz @passaronegro150 e todos os Cavalinhos do Fantástico de Krakoa que não param de falar de X-Mem aqui.
Fio enorme, erro a palavra X-Men no último tuite 🤡
E pra quem perdeu tem a resenha Collector's Edition de X de Espadas nesse fio aqui:
Gosta de Han Solo e Indiana Jones? Jogos, trapaças e dois blasters fumegantes? C-3PO e R2-D2 do mal? Então, vai amar a Doutora Aphra, a MELHOR personagem da Era Marvel de Star Wars e das melhores de todo o cânone.
Quero trazer mais gente pro lado pilantra da força nesse fio.🧵
Quando eu falo que Aphra é um sucesso, não estou inventando. São mais de 80 edições do gibi solo (mais de 100 com crossovers). E isso para uma personagem criada para os gibis e sem toda a bagagem e memória afetiva dos filmes.
A arqueóloga espacial foi criada pelo Kieron Gillen, ao lado do desenhista Salvador Larroca e dos editores Jordan D. White e Heather Antos, no gibi do Darth Vader. Mesmo com o peso pesado na capa, a doutora acabou virando favorita dos fãs e ganhando seu longevo gibi solo.