Todo mundo se lembra da homenagem que Bolsonaro fez a Ustra, em 2016, no Congresso, durante o golpe contra a Dilma, mas ninguém se lembra do que ele fez com Genoíno, também no Congresso, em 2005. Vou contar a historinha aqui. (+)
Foto: Lula Marques
Durante o depoimento de José Genoíno à CPI do Correios, Bolsonaro entrou no auditório com o coronel Lício Augusto Ribeiro Maciel, TORTURADOR de Genoíno, durante a ditadura, e sentaram-se bem na frente do petista, aos risos. +
O coronel foi retirado da sala pelo senador Amir Lando (MDB). A mídia, incluindo a Globo, chegou a fazer reportagens repudiando o fato, que causou repulsa até na direita. Bolsonaro era um mero desconhecido na época. +
Era pra ele ter sido cassado ali. Mas se tornou presidente do Brasil, em 2018, apesar de todas as atrocidades e apologias à ditadura e homenagens a torturadores. O Brasil chegou ao ponto que chegou por não agiu com rigor contra os apoiadores do regime ditatorial. +
Concedemos anistia aos golpistas de 64, aos torturadores, aos militares. Nenhum foi a julgamento pelos crimes que cometeu naquele período. Enterramos o passado por décadas. Perdemos a memória. +
Agora, ousam falar em anistiar os terroristas de 8 de janeiro de 2023. O Supremo foi certeiro ontem: não há mais que se mencionar anistia pra essa gente. Não podemos mais tolerar ameaças à nossa democracia.
• • •
Missing some Tweet in this thread? You can try to
force a refresh