Desde 2022, povos Tukano, Kotiria (Wanano), Desano, Tariano, Piratapuia e outros têm convivido com drones voando em cima das comunidades, das áreas de pesca e da floresta.
O objetivo: impedir a abertura de roças com fogo – prática milenar para a subsistência das comunidades.
Quatro associações indígenas brasileiras dos rios Uaupés e Papuri relataram ao Instituto Socioambiental (ISA) a insegurança que estão enfrentando desde que os “parentes colombianos” fecharam acordo de créditos de carbono na fronteira na região da Cabeça do Cachorro, no Amazonas.
🗣️ “Os parentes colombianos nos falaram que agora são vigias da floresta. Não podem mais fazer roças e recebem dinheiro para comprar seus alimentos de fora”, comentou um dos líderes Kotiria, da Associação das Comunidades Indígenas do Rio Waupés Acima (Acirwa).
O contrato de venda de créditos de carbono foi realizado entre a empresa suíça South Pole e comunidades indígenas colombianas – algumas arrependidas. Lideranças brasileiras contaram que a negociação ocorreu sem transparência e nunca houve comunicação oficial dos envolvidos.
Na última quarta-feira (20/11), a Câmara dos Deputados aprovou o PL que cria e regulamenta o Mercado de Carbono no Brasil. Entenda como ficam os direitos dos povos e comunidades tradicionais: socioambiental.org/noticias-socio…
No ano passado, o sócio fundador e presidente do ISA Márcio Santilli analisou e alertou sobre os riscos do crescimento do mercado de carbono para as populações indígenas e tradicionais.
Ainda sobre o tema, conheça a série "Carbono: o que você precisa saber", com informações de apoio para comunidades indígenas, ribeirinhas, extrativistas e quilombolas começarem a se organizar para participar desta conversa.
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Nota técnica “Queimadas em Terras Indígenas”, lançada pelo ISA, mostra que as rodovias impulsionam desmatamento e aumento das queimadas na Amazônia.
🧵 Saiba mais no fio:
Estudo analisa a incidência de queimadas em Terras Indígenas de janeiro a setembro deste ano. No período, foram identificados quase 60 mil focos de calor ao redor de rodovias federais, com mais de 30% desse total apenas nas BRs 163, 230 e 319.
⚠️ Até setembro de 2024, foram registrados mais de 8 mil focos na BR-163, um aumento de 180% em relação a 2023. No total, já foram devastados 1 milhão de hectares no entorno da via.
Pavimentação da rodovia que liga Manaus e Porto Velho divide o governo, apesar da iminente ameaça à preservação da Amazônia e às comunidades impactadas pela obra.
A pressão pelo asfaltamento do “trecho do meio”, uma faixa de 405 km de rodovia, tem aumentado por parte do Executivo e dos ministérios do Transporte e Agricultura. O trecho corta uma das áreas mais sensíveis de toda a Amazônia.
📸 Alberto César Araújo/Amazônia Real
Por outro lado, ambientalistas defendem a proteção dos arredores da BR-319. Em julho, a Justiça suspendeu a licença prévia que permitia a reconstrução e asfaltamento do “trecho do meio”, emitida durante a gestão Bolsonaro.
🚨 Organizações indígenas deixam câmara de “conciliação” do STF!
Ontem (28/8), a @ApibOficial anunciou que não participará mais das audiências para discutir a Lei do Marco Temporal para demarcações de Terras Indígenas.
@ApibOficial Em carta, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (@ApibOficial) comunicou que a decisão se deu pelas “condições inaceitáveis, e até humilhantes, impostas aos povos indígenas” durante as audiências na câmara de “conciliação” – formato criado pelo ministro Gilmar Mendes.
@ApibOficial Na carta, a entidade sinaliza os motivos que levaram à saída da mesa de conciliação: não há garantias de proteção suficiente, são muitos retrocessos e há falta de respeito com a vontade dos povos indígenas.
#DitaduraNuncaMais! Amanhã (2/4), os pedidos de anistia política do povo Guarani Kaiowá, em Mato Grosso do Sul, e do povo Krenak, em Minas Gerais, vão a julgamento na Comissão de Anistia.
🧶 Entenda no fio.
#MarcoTemporalNão
A Comissão Nacional da Verdade, que investigou os crimes da Ditadura Militar, estima que 8.350 indígenas foram mortos por ação do Estado ou por sua omissão. Mas esse número pode ser ainda maior.
📸 Guarda Rural Indígena: treinados para realizar repressão nas aldeias | Funai
Foram vitimados pelo menos 1.180 Tapayuna, 118 Parakanã, 72 Araweté, mais de 14 Arara, 176 Panará, 2.650 Waimiri Atroari, 3.500 Cinta Larga, 192 Xetá, mais de 354 Yanomami, 85 Xavante de Marãiwatsédé.
Os maracás dos xamãs Yanomami inspiraram o @Salgueirooficial!
🧵 Vem de fio! O enredo “Hutukara” homenageou a beleza e a luta dos Yanomami.
Imagens: Thomas Mendel e Felipe Hutter/Hutukara/ISA
Edição: Cama Leão
“A luta é para proteger a alma da floresta amazônica, junto com o povo negro e indígena. Isso é muito importante para o Brasil e para o mundo, para continuarmos vivendo em paz”, disse o xamã e liderança Davi Kopenawa, grande homenageado da noite.
📸 Lucas Landau/Hutukara/ISA
🏹 Os cantos e a “yãkõana” embalaram a preparação das 13 lideranças da Terra Indígena Yanomami, que se pintaram com urucum e jenipapo e se enfeitaram com adereços feitos de sementes, penas e lascas de flechas.
Pesquisa da CNT mostrou que a pauta mais popular do governo Lula é a demarcação de terras indígenas: 65% aprovam a medida! Vote #PL2903NAO @davialcolumbre @eduardobraga_am @renancalheiros @jader_barbalho @wevertonrocha @omarazizsenador @angelocoronel_ @sen_oriovisto @efraimfilho