Déficit não é prejuízo. O Globo erra novamente ao imputar tal equivalência em seu editorial de 15/12. Na verdade, grande parcela do déficit das estatais representa alta do investimento e a expressiva maioria das empresas com déficit apresentou lucro.
O déficit das estatais não representa prejuízo à sociedade. As estatais utilizadas na conta do O Globo são independentes do Tesouro. Ou seja, ainda que houvesse prejuízo, a conta não seria do contribuinte.
Para entender a diferença entre déficit e prejuízo, recomendo o artigo que escrevi, com a secretária Elisa Leonel, publicado no próprio O Globo, em que explicamos esses conceitos.
Das empresas que são utilizadas pelo BC para calcular o resultado primário das estatais federais, 13 registram déficit em 2024, sendo que 9 delas apresentam lucro líquido.
No período em que o editorial cita que as empresas foram superavitárias, ele deixa de mencionar que o superávit decorreu dos aportes que elas receberam do Tesouro. Elas não eram mais eficientes. Elas estavam sendo preparadas para a privatização com recursos públicos.
Há estatais dependentes do Tesouro, mas elas não entram na estatística de déficit do BC. Entre as que precisam de recursos do orçamento, há hospitais universitários (SUS) e a Embrapa, que receberam 72% do total de recursos repassados pelo Tesouro para as estatais em 2023.
As estatais possuem um papel fundamental no desenvolvimento inclusivo e sustentável do Brasil e as medidas anunciadas pelo governo federal em 9/12 buscam melhorar sua capacidade de gerar resultado para a sociedade brasileira.
Saiba mais em: gov.br/gestao/pt-br/a…
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Parabéns à Tarciana e à equipe do @BancodoBrasil! O trabalho de vocês torna esse patrimônio de todas e todos ainda mais valioso e reforça o papel do BB como uma referência em sustentabilidade e governança. Segue o fio para conferir os reconhecimentos de 2024: 🧶
Pela quinta vez consecutiva, o ranking da Corporate Knights considerou o @BancodoBrasil o “banco mais sustentável do mundo”; Na lista das 1.000 melhores empresas do mundo, a revista norte-americana Time deu ao banco a posição de número 63;
No Brasil, o @BancodoBrasil ganhou o 1º lugar no ranking do Anuário Integridade ESG, que avalia aspectos sociais, ambientais e de governança.
O editorial da Folha hoje desconhece o papel estratégico das estatais para a economia brasileira, incluindo setor financeiro e energético.
Dois em cada três reais usados em crédito habitacional no Brasil, para todas as faixas de renda, vêm da Caixa Econômica Federal.
O Banco do Brasil é responsável por grande parte dos empréstimos que que movem o agronegócio e a agricultura familiar no Brasil. Ambos bancos apresentaram resultados sólidos em seus balanços recentes.
Quanto às inverdades sobre situação financeira das Estatais não-dependentes, é importante declarar que:
Não há rombo no caixa das estatais. As empresas estatais não dependentes vão utilizar recursos do caixa próprio, de receitas de anos anteriores, para investimento em 2023....
O dado de “déficit” citado nas notícias não contabiliza esses recursos que as empresas já tinham em seus caixas. Portanto, os projetos, investimentos e ações das estatais estão cobertos pelos caixas próprios não sendo verdade que o Tesouro deverá aportar recursos extras.
O Tesouro não precisará cobrir despesa das empresas citadas, como, equivocadamente, está dito. As matérias misturam conceitos econômicos, trazem inverdades sobre a situação contábil das estatais e confundem o público.