Os Estados Unidos, sua expansão colonial (genocídio indígena) e o seu regime de segregação inspiraram os principais ideólogos e líderes nazistas, incluindo o próprio Hitler, e até termos usados por eles.
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Com pretensões coloniais, Hitler considerava os Estados Unidos e o genocídio indígena na América do Norte como um exemplo perfeito de colonização.
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Não por acaso, o termo 'solução final', utilizado pelo nazismo para designar o genocídio perpetrado contra judeus, eslavos e outros grupos, havia sido empregado inicialmente nos Estados Unidos para designar os genocídios negro e indígena.
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Hitler também elogiava a América do Norte em relação à América do Sul e o "americanismo".
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O líder nazista elogiava ainda as políticas migratórias dos Estados Unidos e a exclusão de "certas raças do acesso à cidadania".
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As críticas de Hitler aos Estados Unidos vieram somente com o decorrer da 2ª Guerra Mundial.
Porém, outros ideólogos e lideranças do nazismo também se inspiravam nos Estados Unidos.
O termo 'untermensch', utilizado pelo nazismo, também teve origem na América do Norte.
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Hans F. K. Günther, considerado uma grande influência no pensamento racialista nazista, e o eugenista Fritz Lenz consideravam os Estados Unidos como uma referência.
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Alfred Rosenberg, principal teórico do nazismo, também tecia elogios ao regime de segregação então vigente nos Estados Unidos (Jim Crow).
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Oficiais nazistas, como Heinrich Himmler e Baldur von Schirach, tinham como referência o magnata estadunidense antissemita Henry Ford.
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O estadunidense Lothrop Stoddard, autor do termo 'under man', encampado pelos nazistas ('untermensch'), foi recebido com honrarias por lideranças nazistas.
O mesmo Stoddard chegou a ser elogiado por pelo menos dois presidentes estadunidenses.
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Nos Estados Unidos, a Ku Klux Klan, além do ódio aos negros, também pregava o ódio aos judeus, antes da chegada do nazismo ao poder.
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Paralelamente, o nazismo também obteve apoio nos Estados Unidos, como mostra o documentário 'A Night at the Garden', que resgata imagens de uma convenção nazi realizada em Nova York, em 1939:
🧵 Em março de 1916, Ota Benga, um congolês que foi 'exibido' de forma cruel e desumana, no Zoológico do Bronx, em Nova York, se suicidou. 🧵
Sequestrado no Congo, em 1904, ele foi levado à força para os Estados Unidos e 'exibido' em uma jaula, junto com macacos.
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Da etnia Mbuti, Ota tinha os dentes lascados, com pontas afiadas, o que fazia parte dos costumes do seu povo.
De baixa estatura como a maioria de sua etnia, ele tinha esposa e dois filhos.
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Em um período em que o Congo era dizimado pelo sangrento regime colonial belga, responsável pelo genocídio de cerca de 10 milhões de pessoas, Ota foi capturado por traficantes de pessoas escravizadas, feito refém e vendido para um homem chamado Samuel Verner.
"A maioria dos países são ricos. Existem muito poucos países pobres neste mundo. As Filipinas, o Brasil, o México, o Cilhe etc são ricos. Esses países não são subdesenvolvidos. Eles são superexplorados."
Michael Parenti, cientista político e historiador, em 1986.
"O capitalismo não pode nunca 'ficar em casa'. Ele vai para o exterior. Então, uma das leis do movimento e do desenvolvimento capitalista é essa expansão inexorável. E isso significa expansão para - e expropriação do - 'terceiro mundo'."
"É um processo que vem acontecendo há cerca de 400 anos, perpetrado pelos portugueses, espanhóis, holandeses, belgas, franceses, ingleses, e mais recentemente, com maior sucesso e de forma mais impressionante, pelos estadunidenses."
Relatório da Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA) afirma que seus funcionários foram torturados por autoridades israelenses e forçados a fazer declarações falsas de que a UNRWA teria ligações com o Hamas e que seus membros teriam participado dos ataques de 7/10.
"O documento afirma que vários funcionários palestinos da UNRWA foram detidos pelo exército israelense e acrescenta que os maus-tratos e abusos que eles disseram ter sofrido incluíram espancamentos físicos graves, simulação de afogamento e ameaças de agressões a familiares."
De acordo com o relatório, "os membros da equipe da Agência foram sujeitos a ameaças e coerção por parte das autoridades israelenses enquanto estavam detidos e pressionados a fazer declarações falsas contra a Agência".
🧵 EDSON LUIZ - A DITADURA ASSASSINAVA ESTUDANTES SECUNDARISTAS - MEMÓRIA, VERDADE E JUSTIÇA 🧵
Em 24 de fevereiro de 1950, nascia Edson Luiz Lima Souto, estudante secundarista assassinado pela ditadura empresarial-militar, em 1968, gerando protestos em todo o Brasil.
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De origem humilde, Edson nasceu em Belém do Pará e se mudou para o Rio de Janeiro em busca de melhores condições de vida.
Ele passou a trabalhar como faxineiro e a estudar no Instituto Cooperativo de Ensino, onde funcionava o restaurante estudantil conhecido como Calabouço.
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Sem moradia, Edson teve que dormir em praças públicas e em cadeiras de engraxate ao chegar ao Rio de Janeiro.
Vivendo na cidade há apenas dois meses, Edson morava e dormia no próprio restaurante Calabouço, de acordo com reportagem do jornal O Globo.
🧵 HÁ 50 ANOS, A DITADURA 'DESAPARECIA' COM DOIS AMIGOS DE INFÂNCIA, NO CARNAVAL - MEMÓRIA, VERDADE E JUSTIÇA 🧵
No Carnaval de 1974, Fernando Santa Cruz e Eduardo Collier eram sequestrados pela ditadura empresarial-militar, no Rio de Janeiro.
Eles jamais foram encontrados.
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Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira nasceu em 20/02/1948 e Eduardo Collier Filho em 5/12/1948.
Eles se conheceram ainda na infância, em Recife (PE), onde ambos nasceram.
Mais tarde, os dois passaram a militar juntos na Ação Popular Marxista-Leninista (APML).
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Líder estudantil secundarista, Fernando foi preso em uma passeata em Recife, em 1967.
Casado com Ana Lúcia Valença, foi morar no Rio de Janeiro, onde trabalhou em órgão subordinado ao Ministério do Interior (CHISAM) e estudou Direito na Universidade Federal Fluminense (UFF).
Em 6 de fevereiro de 1971, Aderval Alves Coqueiro foi covardemente assassinado pela ditadura empresarial-militar brasileira.
Operário da construção civil, Aderval foi o primeiro militante banido pela ditadura a regressar ao Brasil.
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Nascido em 18/06/1937, em Aracatu, na Bahia, Aderval trabalhou na construção de Brasília.
Conhecido na luta política como 'Baiano' ou 'Aroldo', ele militou no Partido Comunista (PCB) desde a juventude e depois passou por outras organizações que também combatiam a ditadura.
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A partir de 1961, Aderval passou a viver em São Paulo. Ele combinava o trabalho na construção civil com as tarefas de militância, inclusive em cidades do interior.
Casou-se com Isaura Silva Coqueiro, com quem teve duas filhas.