No do Rio, duas armas protegem cana e café. No de SP, soldados armados em volta das mesmas plantas. Isso não é coincidência. Diz muito sobre a origem e a função real dessas instituições.
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A PM nasce no Brasil em 1809, dois anos após uma revolta de escravizados haussás em Salvador e pouco depois da Revolução Haitiana. A classe senhorial temia que uma grande revolta ameaçasse seu poder econômico e político. Criaram, então, uma força armada para garantir “ordem".
A primeira foi a Guarda Real de Polícia, no RJ, para proteger a corte portuguesa recém-chegada. Mas no brasão já estava claro seu papel: armas cruzadas, cana, café e uma coroa. Ou seja, uma polícia para servir o rei e proteger as plantações.
São Paulo seguiu o mesmo modelo.
No brasão da e armas da PMESP, criado em 1958, dois homens armados — um urbano, outro rural — protegem as mesmas plantações. É a imagem da repressão a serviço da propriedade: contra o escravo ontem, contra o trabalhador pobre hoje.
Obs: esse da PM-SP é o brasão de armas.
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