Mal podia acreditar que sua filha ainda estava "viva".
Faltavam alguns quilômetros para que chegassem e havia apenas uma casa modesta por perto. Ele
Dirigia sem pressa e baixou o olhar para o console do carro.
Outro trovão tingiu o céu de cinza-azulado quando ele deu partida no motor.
- Eu sou
- Onde vocês vão ficar? - Perguntou.
Antes que ele pudesse continuar, se depararam com um tronco grosso bloqueando a estrada.
Theodoro
- Talvez fosse melhor a gente se abrigar na matriz. - Ponderou Orlando.
Ele
Jeremias esfregou as mãos nas vestes.
- Brie, ofereça água aos fiéis.
Theodoro
- Desconfia das bênçãos divinas? - Sorriu malicioso.
Luana tremia.
Luana encarou o pai.
Theodoro
Theodoro não ouvia. Já estava a meio caminho da porta quando o Padre gritou.
Luana tremia segurando a mão do pai. Orlando não parecia estar dentro.
Theodoro
- Então ela não sobreviveu. - A voz era reconhecível.
- Vamos, papai. - Luana suplicou.
"Tereza Carvalho". A data cravada precariamente na lápide era de hoje
Theodoro suspirou.
Luana dava sinais de irritação. Avançou pelo térreo até ouvir um som agudo, como de um arranhão. Vinha do 7.
Ele
- ...enquanto as tempestades continuam por todo o estado. - uma pausa.
Uma luz. Um grito. Um aperto no peito.
Theo
E Luana?
Nem sinal.
Então ela se recompôs. Encarava o braço ensanguentado com interesse
- O que aconteceu com a minha pequena?
Lana insistia
Ele engoliu seco.
- Theo? Me diz pelo amor de Deus que a Luana está bem! - Implorava.
Marcela instintivamente se colocou de pé. Theo estava paralisado.
Naquele instante ele teve a sensação de que Malerna seria a última vila que ele visitaria.