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Muitas LGBTs votaram no Bolsonaro. Além de ser LGBTfóbico, ele celebra o #GolpeDe64 e defende uma ditadura hétero-militar que perseguiu LGBTs. Sigam o fio baseado em minhas pesquisas pra ver como era ser LGBT na ditadura e pensarem melhor se é isso que queremos pra hoje 🌈
O #GolpeDe64 foi justificado ideologicamente em defesa da família tradicional, dos valores religiosos e de uma moral conservadora. Basta lembrar as Marchas da Família com Deus pela Liberdade entre março e junho de 64. O discurso anticonsumista se aliou ao sentimento reacionário 
Moral e política andaram juntas na repressão da ditadura. Ser LGBT significava romper com a imagem do “cidadão de bem”, minando a família patriarcal e as instituições. Documentamos essas violências no livro Ditadura e Homossexualidades e desenvolvo algumas delas a seguir
Há 55 anos as tropas do general Mourão saíam de Juiz de Fora rumo ao Rio de Janeiro. Objetivo: golpe de Estado. Destituir o presidente da República, João Goulart, e implantar novo governo. #1964NuncaMais #DitaduraNaoSeComemora #DitaduraNuncaMais
O golpe foi articulado pelas Forças Armadas com apoio de setores da soc.civil e de atores políticos como os governadores Ademar de Barros (SP), Carlos Lacerda (RJ) e Magalhães Pinto (MG). Acreditava-se que, após a tomada do poder, novas eleições ocorreriam em 1965. #1964NuncaMais
As alas que apoiaram o golpe foram logo traídas. Após assumir o poder, a cúpula militar não realizou as prometidas eleições de 1965 e tratou de cassar o mandato político de vários apoiadores do golpe, como Carlos Lacerda #1964NuncaMais #DitaduraNaoSeComemora #DitaduraNuncaMais
Mta gente está contribuindo para que o 31/03, dia do #Golpede64 , não se transforme num pretexto para um revisionismo histórico bocó. Como a minha área é a teoria do direito, vou tentar contribuir respondendo ao Eduardo Bolsonaro, que disse que não foi golpe.
Spoiler: foi sim.
Spoiler: foi sim.
O argumento (se podemos chamar assim) é que 64 não foi golpe porque (i) a população queria; (ii) houve eleições indiretas; (iii) tudo foi feito para evitar a implantação de uma ditadura comunista.
Embora haja elementos políticos no conceito de “golpe” (de modo que os argumentos i e iii pudessem ser relevantes) a literatura, em geral, utiliza um aspecto formal para defini-lo (que pode ou não ser complementado por considerações normativas.
