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Algo que sempre deixa as crianças do 6º Ano um pouco perdidas é no começo do ano letivo, quando nas primeiras aulas de História, eles descobrem que a ciência histórica não é sobre “estudar o passado”.

Mas qual é o objeto de estudo da História?

Uma mini #AulaFio

#Historia
Bom deixar claro que este fio foi pensado para quem tem curiosidade sobre o assunto mas não tem formação em História. Tomara que eu acerte o tom!
Parafraseando Marc Bloch no clássico “Apologia da História”, nós historiadores estudamos a ação humana, e de sociedades humanas, através do tempo. Nos interessa entender quais caminhos percorremos e o que fizemos entre o antes e o agora... Capa do livro “Apologia da História” de Marc Bloch.
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Você sabe o que quer dizer Didática? Já ouviu esta palavra mas não sabe exatamente o que significa, ou já ouviu e não pensou muito a respeito? Vamos falar um pouquinho sobre estratégias de aprendizagem?

Depois de um longo inverno, segue a #AulaFio !
Estes dias, ouvindo um podcast que analisava um texto, ouvi mais de uma vez que o texto era bem “didático”. O engraçado é que ao mesmo tempo que a intenção era dizer que o texto era claro em sua proposta, também queria dizer que era um texto raso.
Lembro também de uma professora do primeiro semestre do bacharelado de História que, ao criticar um seminário de colegas, disse que a apresentação “era muito didática”. Isto foi dito para deixar claro que não esperava um seminário de Ensino Médio, mas algo mais robusto.
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Pessoas falando sobre ressignificarmos a bandeira do Brasil, não deixando que fascista, opressores e afins a sequestrassem de vez. Mas será que esta bandeira alguma vez foi do povo brasileiro?

Uma #AulaFio misturada com desabafo...
Foi esta bandeira imperial que tremulava quando o exército assassinou os líderes da Confederação do Equador (Lembrem de Frei Caneca), que lutavam contra o autoritarismo de D. Pedro I.
Foi uma bandeira do Império que tremulou ao fuzilarem e açoitarem os líderes da Revolta dos Malês em 1835. Cada revolta escrava, cada açoite público nos pelourinhos do Brasil, tinha a bandeira verde e amarela como testemunha e legitimadora.
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Estava de bobeira aqui lendo um texto do Professor Umberto Eco sobre o Ur-Fascismo, que seria a manifestação do Fascismo nos dias de hoje. Vivemos chamando pessoas e grupos de fascistas. Mas o que define o Ur-Fascismo neste texto primoroso de Eco?

Segue a #AulaFio.
Em abril de 1995, Umberto Eco (1932 – 2016) proferiu um discurso para uma conferência na Universidade Columbia, numa celebração da liberação da Europa. Depois, a transcrição foi publicado no livro Cinco Escritos Morais, publicado pela Editora Record em 2002.
Vou me concentrar na segunda parte do texto, onde o professor Eco descreve as 14 características básicas do Fascismo. Mas antes, observe a tabela abaixo.
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E quando preferimos uma lorota conveniente ao invés de aceitar os fatos que nos incomodam? Vamos pensar um pouco sobre o conto de Hans Christian Andersen (1805-1875), publicado em 1837 e uma epistemologia de lealdade aos fatos?

Segue a #AulaFio !
O crítico literário, que debruçou-se sobre a obra de Andersen, Elias Bredsdorff classifica-o na categoria de “contos realistas que acontecem em um mundo imaginário”, pois não contém elementos mágicos ou sobrenaturais. Está localizado no mundo humano, embora não identificável.
Vamos a um resumo precário do conto! Mas recomendo a leitura do texto integral publicado pela editora Martins Fontes. É um ótimo meio de ensinar as crianças sobre um compromisso com a verdade.
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Ontem eu li a coluna da @_pinheira e de novo me peguei pensando no meu pai e nos meus dois avôs.
Não vai ser uma #AulaFio, mas espero que seja instrutivo.

Desculpe, mas este fio não tem GIFs!

interc.pt/358w9M6
Sou neto de lavradores por parte de mãe e meu avô paterno era auxiliar de obras na prefeitura de Leandro Ferreira (a esposa, minha única avó ainda viva, fazia bolos, doces e costura para complementar a renda). Nenhum deles foi além da antiga 4ª Série (atual 5º ano).
Meu pai já fez de tudo um pouco. Lavrador, comerciante, porteiro, segurança, dono de restaurante, e hoje aposentado, por vontade própria, voltou para a lavoura. Enquanto escrevo isto, se não estiver chovendo, ele está na roça.
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Por sugestão do @naopodtocar , vou falar um pouquinho sobre minha experiência com patrimônio histórico. Não pretendo que seja uma #AulaFio, mas só um relato.

Vamos lá...
Eu nasci em Pitangui/MG, sétima vila do ouro, fundado em 1715. Meus pais são de Leandro Ferreira, município vizinho que já foi distrito de Pitangui, e onde me criei.
Quando eu era bem molequinho, meu pai e meu avô trabalhava na abertura de uma estrada que a prefeitura estava realizando para facilitar o acesso à zona rural. Ia todos os dias levar as marmitas deles em uma caminhada de uma meia hora.
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Segue o Fio-índice das #AulaFio sobre Erico Verissimo...

Sempre que eu publicar uma nova Aula, coloco o link aqui...
A #AulaFio introdutória sobre Erico Verissimo, contando a sua vida desde seu nascimento até a publicação de seu primeiro livro.

O fio sobre a primeira fase de Erico Veríssimo, o Ciclo de Porto Alegre...

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Na #AulaFio de hoje vou falar sobre a obra-prima de Erico Verissimo, O Tempo e o Vento, o grande romance épico rio-grandense. Já ouviu a sinfonia da História?

Segue a Aula Fio...
Para começar, tenho de ser honesto. O Tempo e o Vento não é uma leitura corriqueira, e confesso que não a recomendaria para iniciar a leitura da obra de Erico. É um projeto que vai lhe tomar algum tempo, dar-lhe tesouros e dissabores além de exigir algo em troca.
Também não pretendo fazer nem uma resenha e nem um resumo. Pense nestes fios (farei um para cada parte do épico), como um panorama aperitivo de leitura. Leia. E se interessar-se, busque a obra original...
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Na #AulaFio de hoje, vamos falar sobre apenas um livro e as reações apaixonas que ele causou. Uma história que envolve suicídio, autoritarismo e uma visão retrógrada de religião....

Segue a Aula-fio...
Assim que voltou da viagem aos EUA em Maio de 1941, Érico estava com o irmão Ênio na praça da Alfândega de Porto Alegre, matando as saudades do irmão, que ainda vivia em Cruz Alta e veio visitá-lo na capital do estado, quando viu uma cena que jamais esqueceria...
Ele do que conversava com o irmão quando viu “precipitar-se do alto de um dos edifícios vizinhos um vulto humano, um corpo de mulher, que ao bater nas pedras do calçamento da rua, produziu um som horrendo.”
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Vou começar hoje uma série de #AulasFio sobre Érico Veríssimo. Desde o 2º ano da faculdade, me debrucei sobre sua obra e acredito que Érico deveria ser mais lido e conhecido hoje, por tratar-se de um autor que sempre se colocou contra o autoritarismo,que presenciou desde criança.
Na primeira #AulaFio não irei fazer uma biografia de Érico, mas explicar porque me interesso por sua obra. Minha relação com sua obra começou em 1990, quando eu tinha ainda 8 anos!
Na casa dos meus avós, em um sítio de Leandro Ferreira, Minas, havia basicamente 5 livros: Uma Bíblia, dois livros de História do Brasil em quadrinhos, desenhados pelo Julierme de Abreu, um livro de Educação Moral e Cívica, e Ana Terra, autoria de Érico Veríssimo.
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Já fui uma das pessoas que tiraram sarro de músicos e atores que em decadência aceitaram fazer trabalhos que foram considerados piada. Muitos lembram do Mattar fazendo comercial da Batata Show... O problema é que hoje, eu sou o Maurício Mattar neste comercial...
Dou aulas desde os 16 anos. Quando ainda era garçom, fiz aquele curso básico do bato-te office e ao final, fui chamado para integrar o corpo docente da mesma escola. Fui professor de informática por quatro anos...
Quando entrei na graduação de História, logo comecei a dar aula de enventual na rede estadual e consegui 4 aulas na escola onde fiz o cursinho... é continuava trabalhando no restaurante do meu velho...
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Hoje vamos falar de assunto sério na #AulaFio! Vamos falar de rebelião e cachaça! Já ouviu falar da Revolta da Cachaça de 1719?

Segue a Aula-Fio...
A base para esta aula fio são as pesquisas que fiz no arquivo do Instituto Histórico de Pitangui, onde trabalhei em 2018. Existem livros abordam o assunto, porém são mais genealogias que trabalhos acadêmicos. O destaque fica para “O pays de Pitanguy” escrito por Raimundo Rabelo.
A Revolta da Cachaça aconteceu entre os últimos meses de 1719 e os primeiros de 1720. Aconteceu na minha cidade natal, Pitangui. A elevação à categoria de vila aconteceu em 9 de Junho de 1715, mas a presença de bandeirantes e portugueses data dos anos finais do século XVII.
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Segue o #FioIndice da série de #AulaFio sobre a desinformação e as contra-medidas possíveis contra este problema contemporâneo.
A primeira aula, trata do prefácio e introdução do manual, onde é definido o que é a desinformação.
A autoria do prefácio é de Guy Berger (@guyberger) e a Introdução é assinada por Cherilyn Ireton (@CherilynIreton) e Julie Posetti (@julieposetti).

A segunda #AulaFio, tratou do Módulo 1: “Verdade, confiança e jornalismo: por que é importante”, também assinado por Cherilyn Ireton (@CherilynIreton).

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Hoje vou fazer uma #AulaFio extra sobre como verificar contas no Twitter. A base para a aula é o guia do @AfricaCheck a primeira organização independente de checagem de fatos do continente africano, referência mundial no combate à desinformação.

africacheck.org/factsheets/gui…
O Twitter pode ser um ambiente propício para a criação de contas falsas ou mesmo automatizadas (bots), pois requerem e divulgam poucas informações sobre o usuário do perfil, é mesmo estas podem ser fabricadas.
O Guia do AfricaCheck é um bom protocolo de como identificar contas falsas e bots e diminuir a nossa fragilidade diante desta arma de desinformação. Vamos ao guia...
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Na terceira #AulaFio sobre a desinformação, trataremos do Módulo 2 do Manual para Educação e Treinamento em Jornalismo, “Reflexão sobre a “desordem da informação: formatos da informação incorreta, desinformação e má informação” assinado por Claire Wardle e Hossein Derakhshan.
Neste módulo, é explicado por que o uso do termo “FakeNews” é inadequado para explicar a escala de poluição de informação e por que o termo tornou-se tão problemático que devemos evitar usá-lo. Por isto o termo está riscado na capa do livro.
Grande parte do discurso sobre fake news combina duas noções: informação incorreta e desinformação. Pode ser útil, no entanto, propor as seguintes definições:

Informação incorreta - informação falsa que a pessoa que está divulgando acredita ser verdadeira;
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Hoje vou começar uma nova série de #AulaFio. Será baseado na leitura do livro “Jornalismo, FakeNews e Desinformação: Manual para Educação e Treinamento em Jornalismo, que compõe a série UNESCO sobre Educação em Jornalismo.
O livro inteiro está disponível no seguinte endereço:

unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0…

Recomendo a leitura completa do texto, pois as Aulas-fio, não pretendem ser uma análise acurada ou uma resenha, e sim apenas um catalizador de leituras e discussões sobre o tema.
Cada Aula-fio se debruçará sobre um dos sete módulos do livro, seu prefácio e introdução, em um total de 8 fios. Espero que aproveitem...
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Qual é a relação entre formigas e trolls nas redes sociais? Como lidar com pessoas que só estão em busca de um clic, um view, um a interação, por mais negativa que seja?

Segue a #AulaFio ...
Quando eu era garoto, lá pelos 5 anos, estava ajudando minha avó a cuidar do jardinzinho que ela mantinha atrás da casa. Tinha várias plantas e eu gostava de ficar lá. Neste dia eu vi que tinha um monte de formigas atacando uma das plantas.
Resolvi matar as formigas, e fui fazendo isto. Matava uma por uma, na tentativa inútil de livrar a planta delas. Obviamente, tudo o que eu consegui foi ser picado algumas vezes e falhei na minha missão. Derrotado fui pedir ajuda para a vovó.
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Vamos falar sobre dragões em garagens? Como lidar com a irracionalidade de maneira irracional?

Segue a #AulaFio
“O dragão na minha garagem” é o 10º capitulo de “O Mundo Assombrado pelos Demônios: A Ciência Vista Como Uma Vela No Escuro” de 1996 (ano de sua morte).
Lembro de ter comprado o livro influenciadopelo impacto que Contato me causou. Tinha gostado muito do filme, tinha lido o livro e busquei mais informações sobre o autor (sou jovem demais para ter visto a série Cosmos original).
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