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Most recents (16)

Uma correção: o avô desse deputado federal não estava lutando pela liberdade, e sim pela Waffen SS Galizien, uma divisão da organização paramilitar do partido nazista formada por voluntários ucranianos.

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A SS foi a grande executora do Holocausto, sendo diretamente responsável pelo assassinato de milhões de pessoas.
Unidades da Waffen-SS Galizien estiveram particularmente envolvidas na repressão aos partisans soviéticos e em massacres contra a população civil polonesa.

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Ao mesmo tempo em que um neto não pode ser considerado responsável pelas ações de seu avô, é inadmissível que a participação deste em uma divisão da SS nazista seja motivo de orgulho.

#portodaavidavamoslembrar
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Impressiona a desfaçatez e a quantidade de informações falsas, argumentos deturpados e fatos históricos corrompidos nessa thread.
Sempre com honestidade e responsabilidade, cabe ao Museu elucidar e alertar quanto às desonestidades que nos dizem respeito.
Segue o fio!🧶
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O primeiro argumento insinua que Hitler teria sido preso e solto por "juízes nazistas" por razões ideológicas, na contramão das provas.
Hitler, no entanto, não foi preso e simplesmente solto. Ele foi considerado culpado por liderar o Putsch da Cervejaria e condenado em 1924.
+ Bundesarchiv_Bild_119-1486
Os pressupostos ideológicos dos juízes influenciaram na determinação da pena - bem mais curta do que em atos de violência política cometidos por setores da esquerda – e na sua soltura antecipada, menos de um ano depois.
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Em 2020, em nome de um "antitabu", o apresentador de podcast Bruno Aiub, conhecido como Monark, disse que conversaria "sem problemas" com Hitler.
Ontem (07), foi além: se disse favorável a legalizar o partido nazista e que pessoas deveriam ter o direito de serem "antijudeus".
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Respeitosamente, o convidamos a visitar o Museu do Holocausto de Curitiba. Será um prazer recebê-lo, @monark! Venha!
Aqui, você perceberá que o nazismo foi muito além de pessoas exercendo, em suas palavras, o “direito de serem idiotas”.
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Aqui, aprenderá que o partido nazista refletia uma pequena minoria e que, por ter suas ideias de supremacia e extermínio consentidas, pôde crescer e perpetrar o Holocausto.
Ser “antijudeu” não é ser contra um conjunto de ideias, mas contra a existência de um grupo de pessoas.
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Mesmo com um pé em 2022, o nazismo, assim como o genocídio cometido pelo regime e seus colaboradores, continuam usados em falsas analogias e com distorções de fatos históricos.
Agora, é a vez dos direitos e deveres da população frente à vacinação e a imunização. Segue o fio!

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Precisamos desmistificar a suposta relação entre nazismo e a vacinação compulsória.
No início dos anos 30, ideias "anti-vax" misturavam-se com antissemitismo e teorias da conspiração. Com isso, houve uma flexibilização das vacinações.

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Segundo o historiador alemão Malte Thiessen, "o Terceiro Reich anunciou a transição da coerção para a ação voluntária". Em 1936, por exemplo, os alemães não precisavam mais comprovar que haviam tomado vacina contra a varíola para frequentar a escola secundária.

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Henry Orenstein nasceu em 13 de outubro de 1923, em Hrubieszów, Polônia.
Em 1944, após ser preso em Budzyn, um campo de trabalho nazista, os oficiais ordenaram que todos os cientistas e matemáticos se registrassem na administração do local.

+ Descrição da imagem: arte gráfica. Ao fundo, sob um filtr
“Naquela época, ouvimos dizer que, dias antes, haviam matado todos os 17 mil prisioneiros judeus em Majdanek. Pensei que nossa vez estava chegando”, disse Henry.
Então, para ganhar tempo, inscreveu-se junto com seus três irmãos, embora não fossem cientistas ou matemáticos.

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Esses prisioneiros, poupados, foram enviados a uma unidade especial, responsável por desenvolver uma arma.
Contudo, os problemas matemáticos que Henry precisava resolver eram simples e ele, junto com dois irmãos, sobreviveram. Seus pais, uma irmã e um irmão foram assassinados.

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Às quintas-feiras, o Museu relembra ações e iniciativas que ajudam na construção da memória do Holocausto no Brasil.

O #tbt de hoje é o evento online "Negacionismos e Revisionismos: debates em torno dos 'assassinos da memória'", realizado em maio de 2020.

+ Descrição da imagem: arte gráfica com a predominância da
A política nazista em muito contribuiu para promover a negação do Holocausto ainda durante a Guerra.
Mas, e hoje, quais os interesses por trás deste fenômeno? O que diferencia o negacionismo do revisionismo? Como definir o revisionismo ideológico, tão discutido na atualidade?

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O evento online contou com a participação de Michel Ehrlich, mestre em História e coordenador de História do Museu do Holocausto de Curitiba; e Makchwell Coimbra Narcizo, doutor em História pela UFG e autor de "A negação da Shoah e a História" - Casaletras (2019).

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Gertrud Kauders nasceu em Praga, no então Império Austro-Húngaro, em 1883.
Após a ascensão do nazismo, já como porção da antiga Tchecoslováquia, a maior parte de sua família fugiu do país e pediu que ela fizesse o mesmo - mas Gertrud decidiu ficar.

+ Descrição da imagem 1: foto...
À medida que o horror dos planos para os judeus foi descoberto, a artista recorreu a uma amiga íntima, Natalie Jahudkova, para esconder sua arte.

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Elas eram estudantes na Academia de Belas Artes de Praga, e ficaram próximas enquanto faziam viagens com seu professor, o artista Otakar Nejedly, para pintar paisagens e cidades da França e da Itália.

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A "primeira aventura literária" da professora Iara Feldman, graduada em História e mestre em Psicologia, só poderia estar relacionada a uma história de superação e de resiliência.

+ Descrição da imagem: fotogr...
Sua obra "Sobrevidas", lançada em 2021, tem como inspiração a saga do senhor Naftali Stern, sobrevivente do Holocausto, que vive em Israel.

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Iara o encontrou lúcido e saudável, apesar dos 94 anos de vida, e ainda ativo: dava aulas de reforço escolar para crianças e jovens com dificuldades de aprendizagem.

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Mesmo estarrecidos, o Museu havia decidido por não comentar o episódio lamentável do comentarista da TV Jovem Pan.
Em primeiro lugar, para evitar visibilidade e adeptos ao seu discurso. Segundo, porque medidas práticas foram tomadas por instituições judaicas.
No entanto...
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... a dificuldade de interpretação de sua narrativa jocosa e supostamente irônica, aliada à tentativa de inserir o Holocausto no debate político-partidário, obrigou o Museu se posicionar - mesmo tardiamente.
Contribuímos com conteúdo sério para o debate em torno da Shoá.
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Sugerir que ele recomendou o confisco de bens de judeus para alavancar a economia brasileira denota uma interpretação desonesta de sua fala.
Isso não significa, no entanto, que erros históricos crassos e a reprodução de mitos antissemitas não tenham sido reproduzidos. Vejamos.
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O Holocausto perpetrado pela Alemanha nazista só foi possível porque o terreno foi sendo preparado em diversas frentes. Umas delas é a CULTURA.

A vergonhosa ideia de um "museu da vergonha" não tem como não nos remeter ao início do processo que culminou na Shoá. Sigam o fio!
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Sabendo do potencial crítico, os nazistas proibiram manifestações artísticas contrárias ao regime. A arte, na ótica nazista, teria como função não abrir-se ao livre-pensamento e a críticas sociais,mas exaltar a pátria, a superioridade da raça ariana e o protagonismo do partido.
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Como dizia o ministro nazista da propaganda Joseph Goebbels e, mais recentemente, o então secretário especial da cultura Roberto Alvim, a arte deveria ser "heroica", "nacional" e "imperativa", "ou não será nada".
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A Alternative für Deutschland (Alternativa para a Alemanha) é um partido político alemão de extrema-direita, fundado em 2013, com tendências racistas, sexistas, islamofóbicas, antissemitas, xenófobas e forte discurso anti-imigração.
Querem duas histórias breves? Sigam o fio!
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Esta é a senhora Charlotte Knobloch, sobrevivente do Holocausto, vice-presidente do Congresso Judaico Europeu e do Congresso Judaico Mundial.
Ela costuma se apresentar como “mãe, avó, bisavó, muniquense, bávara, alemã, europeia, judia, ser humano”.
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Em janeiro de 2021, no Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto, a senhora Charlotte Knobloch discursou no Deutscher Bundestag, o Parlamento alemão.
Ali, por quase 30 minutos, falou diretamente aos deputados do partido de extrema-direita Alternativa pela Alemanha.
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Pais de uma escola particular em São Paulo veem erotização de Anne Frank.
Provavelmente, eles não possuem a maturidade e a sensatez da adolescente que, mesmo em meio a um contexto absolutamente anormal, continuou narrando sobre sua vida.
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Anne Frank escreveu sobre sua própria sexualidade em seu diário: um relato genuíno e um olhar absolutamente humano. Os jovens que leem o diário reconhecem a voz dela, reconhecem seus pensamentos, seus desejos, suas angústias.
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É por isso que é tão fácil se identificar com Anne Frank. O livro é real, empático, atemporal e apaixonado. O Diário é um espelho para a sociedade, para qualquer geração de jovens, de qualquer época.
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Onde o nazismo se localiza no espectro esquerda-direita?
Uma thread básica e óbvia. Novamente.

Apesar de, para alguns autores, o nazismo não se encaixar no espectro político, a historiografia considera o nazismo um movimento de extrema-direita. É praticamente um consenso.
Os nazistas não se afirmavam de direita ou de esquerda, pois desprezavam a política como debate entre diferenças.

No entanto, ainda que possua o nome nacional-socialista, caracterizá-lo como movimento de esquerda não encontra corroboração na vasta historiografia sobre o tema.
+ "Morte ao marxismo"
Essa autorrepresentação não significa que o nazismo estivesse à parte da política.

Enquanto as esquerdas enxergam as desigualdades como problema causado pela sociedade e que deve ser minimizado/anulado, o nazismo não as vê assim e as naturaliza em termos raciais e nacionais.
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É estarrecedor que não haja uma semana que o Museu do Holocausto de Curitiba não tenha que denunciar, reprovar ou repudiar um discurso antissemita, um símbolo nazista ou ato supremacista. No Brasil, em pleno 2021. São atos que ultrapassam qualquer limite de liberdade de expressão
Estupefatos, tomamos notícia do gesto do assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República durante sessão no Senado Federal. Semelhante ao sinal conhecido como OK, mas com 3 dedos retos em forma de "W", o gesto transformou-se em um símbolo de ódio.
Recentemente, o gesto foi classificado pela @ADL como um sinal utilizado por supremacistas brancos para se identificarem. A ADL diz que o símbolo se tornou uma "tática popular de trolagem" por indivíduos da extrema-direita, que postam fotos nas redes de si mesmos fazendo o gesto
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A acusação de crime ritual contra judeus surgiu durante o período medieval. Conhecida como libelo de sangue, é uma das expressões mais terríveis de crueldade e fé cega de toda a história da humanidade. O mito foi utilizado como motivação para o assassinato de milhares de judeus.+
A ideia de sequestros de crianças cristãs para torturá-las com fins rituais está ligada a uma maldade que seria intrínseca ao Judaísmo. Esta alegação, junto à acusação de Deicídio, faz parte da essência do Antijudaísmo, que se desenvolve nas raízes do Antissemitismo racial. +
Um dos casos mais emblemáticos é o de Simon de Trent, de 2 anos, que desapareceu às vésperas da Páscoa de 1475. Seu pai alegou que ele havia sido sequestrado e assassinado pela comunidade judaica. 18 judeus e cinco judias foram presos acusados de ritual de assassinato. +
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Esta não é uma nota de repúdio. É um pedido de ajuda às autoridades e aos nossos seguidores: por um lado, para que a advogada Dóris Denise Neumann responda criminalmente por seus atos.

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Por outro, para que suas palavras, ditas a céu aberto, sejam de conhecimento público, assim como a vergonha e a repulsa causadas por este vídeo - compartilhado em nossa página com intuito evidentemente pedagógico e pautado pela lema do "Nunca Mais".

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Com a desculpa de se manifestar contra as medidas de restrição do governo gaúcho no combate à pandemia de Covid-19, ela evoca a mais profunda apologia ao nazismo.

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