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Jan 6, 2020, 20 tweets

Iiiiiih, gente! Dá licença, olha a thread chegaaaaaaando... Sambas antológicos não se fazem sozinhos, por trás deles existem grandes vozes. Alguns desses intérpretes ficam só na bolha, outros explodem fora, então pegue o microfone e prepare o grito de guerra que lá vem fio... 🧵

Arrepiiiia... O grito de guerra inconfundível de MelquisedeQUEM(?) é um dos mais famosos do carnaval. Quinho do Salgueiro, como é conhecido, começou no bloco Boi da Freguesia e oi a União da Ilha a primeira escola do intérprete, apadrinhado pelo imortal Aroldo Melodia.

Foi no Salgueiro, porém, que Quinho fez história, emprestando sua voz por 20 carnavais, incluindo 12 ininterruptos. Campeão em 2009, Quinho retornou à escola em 2019 e continua para 2020.

Eliana de Lima é figura de respeito no mundo do samba. Detentora de grandes sucessos no pagode romântico e de uma das primeiras e mais marcantes vozes femininas à frente de uma escola de samba. Eliana estreou na Cabeções da Vila Prudente em 1979.

Defendeu a Príncipe Negro em 1980 e deslanchou por escolas como Mocidade Alegre, Unidos do Peruche, Rosas de Ouro e Barroca Zona Sul. Pela Leandro de Itaquera, gravou seu timbre na história: interpretou Babalotim, um dos mais belos sambas do carnaval paulistano.

Ao lado de outras mulheres, como a amiga Bernadete, brilhou e quebrou estereótipos, além de ter tido a honra de cantar ao lado de Jamelão, considerado o maior intérprete de todos os tempos. Hoje, Eliana, a Rainha do Pagode, segue cantando e sendo relembrada pela sua trajetória.

Grandes intérpretes criam laços indissociáveis das escolas que defenderam. Aroldo Melodia e Ilha são um belo exemplo dessa tese e um dos maiores casamentos da história. Chegando em 1958, apenas dois após a fundação, permaneceu até 1983, cantando clássicos do repertório insulano.

Em 1984 foi p/ Padre Miguel. A parceria não rendeu e Aroldo seguiu para a Santa Cruz por dois anos, antes de voltar pra a Ilha. Passou ainda por Unidos da Ponte e Caprichosos de Pilares. Encerrou a carreira em 1996, quando sofreu um derrame, mas deixou de herança seu filho Ito.

Outra peça fundamental de nossa thread, Thobias da Vai-Vai, entregava contas da SABESP quando despertou o interesse da Gaviões da Fiel. Iniciou sua passagem em 1983 e logo em 1986 despertou o interesse da escola do Bixiga, assumindo o comando do carro de voz três anos depois.

Assim como Aroldo e Ilha, Vai-Vai e Thobias têm histórias ligadas diretamente. Foram 14 carnavais, sendo 8 campeonatos defendo o Bixiga. Conhecido pela tranquilidade, profissionalismo, sorriso aberto e voz potente, o “alô, nação alvinegra” marcou uma era e a historia do Vai-Vai.

C/ o grito de guerra utilizado no primeiro tweet desse thread, Dominguinhos do Estácio não poderia ficar de fora. Seu apelido surgiu quando a escola mesmo ainda era Unidos de São Carlos. Além da Estácio, passou também por Santa Cruz, Imperatriz, Grande Rio e Viradouro.

Domingos foi campeão entoando o clássico “Liberdade, Liberdade” em 1989 pela Imperatriz e defendeu a Estácio no histórico título da escola em 1992. Por fim, foi p/ Niterói conquistar o último título da Viradouro no Especial em 1997 p/ marcar de vez seu nome na história da folia.

Royce do Cavaco é uma figura cristalizada do carnaval paulista. Embora tenha começado sua história na Águia de Ouro, logo cedo seu caminho cruzou com a Rosas de Ouro, onde fez seu nome e escreveu sua história. Já são 14 desfiles defendendo a Roseira e 5 títulos.

Ouvir o 'Sabiá da Roseira' puxar o seu grito de guerra é ter a certeza de que ali se iniciará mais uma belíssima performance de um dos grandes intérpretes da história do carnaval do Brasil. "Alô nação azul e rosa! Canta, canta, caaaanta Roseira...".

Dono do grito de guerra mais marcante da Sapucaí, Neguinho da Beija-flor é figura indispensável desse fio! Começando como compositor, ex-neguinho da vala comanda o microfone nilopolitano desde 1976, botando 14 canecos no bolso.

Neguinho garante que nunca recebeu salário. Segundo ele, empresta seu talento à escola que lhe deu tudo. A própria voz da BF é a voz rouca de Neguinho, e vice-versa. O cantor e a instituição se confundem devido à profundidade e entrega do vínculo. São mais de 40 anos de relação!

Tapete vermelho estendido, chegou a vez do maior de todos os tempos: José Bispo Clementino dos Santos, Jamelão! Genuinamente apaixonado pela verde e rosa, foram 57 carnavais à frente da Estação Primeira. Recorde absoluto! Foram 13 títulos e diversos momentos marcantes.

Dos elásticos na mão ao seu conhecido mau humor, Jamelão foi gigante do início ao fim. Seu timbre potente e o grave tom desfilaram pela última vez em 2006. O intérprete - e não puxador - deixou um legado gigantesco não só p/ o torcedores de suuuuua Mangueira, mas p/ todos nós.

A lista lembrou alguns dos intérpretes mais marcantes a passar pela Sapucaí e Anhembi, mas sempre há outros nomes que merecem e devem ser lembrados por suas incríveis atuações e personalidades próprias. Desde os nomes que já não está (...)

(...) mais em atividade, como Carlinhos de Pilares, Ney Viana ou Jackson Martins, até os nomes mais recentes e que continuam como Wantuir, Wander Pires, Nêgo, Gera e Preto Joia. Todos deixaram seus vozeirões eternizados na Avenida. #carnavalize

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