Hoje, 25 de julho, é Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha! Por isso, o @Carnavalize preparou um fio recheado de figuras femininas potentes, que foram homenageadas pelas escolas de samba em seus enredos! Bora conhecer? Segue o fio! 🧶 #25deJulho
O 1º título do Salgueiro, o 1º enredo sobre uma mulher negra, o 1º desfile na Presidente Vargas. Em 1963, o histórico Xica da Silva exaltou a ex-escrava que se casou c/ o responsável pela exploração de diamantes na região do Arraial do Tijuco, atualmente localizada em Diamantina.
Em 1994, Joãosinho 30 trouxe pra Viradouro Tereza de Benguela, ícone do movimento libertário da época escravocrata do país. Tomou frente do Quilombo de Quariterê, demonstrando-se um exemplo de liderança ao assumir o papel de coordenação política, administrativa e social do grupo.
Axé, Tereza! Divina alteza, meu tambor foi te chamar... Benguela também foi homenageada no desfile de 2020 da Barroca da Zona Sul, no retorno da escola ao Grupo Especial de São Paulo, em um pedido de tolerância e igualdade.
Em 2001, a Beija-Flor ficou com o gosto do vice ao contar a saga de Agotime. A monarca da região de Daomé foi trazida como escrava ao Brasil. Após comprar sua liberdade, passou a se chamar Maria Mineira Naê e fundou a Casa das Minas, tradicional casa de tambor tombada pelo Iphan.
Cultuada no Brasil como santa e heroína, Anastácia, é símbolo da resistência negra e foi enredo na Infantes de Piedade em 2010. A escola contou a história da mulher escravizada que recebeu a sentença de viver c/ a máscara de flandres por toda vida, retirando-a apenas para comer.
Símbolo da potência das criações afrodiaspóricas, Tia Ciata foi enredo da UPM em 2011. Mais do que simplesmente abrir sua casa para as reuniões que precederam o "Pelo Telefone", ela foi protagonista da história e fundamental no florescer da maior manifestação cultural brasileira.
O dom de compor é coisa de mulher! Dona Ivone Lara tornou-se integrante da ala de poetas do Império Serrano, uma das primeiras figuras femininas a ocupar esse espaço. Em 2012, recebeu ainda em vida a justa homenagem da escola de samba a qual dedicou sua vida artística.
Um Brasil de Lecis! Mangueirense, compositora, cantora, deputada estadual de São Paulo pelo Partido Comunista do Brasil, importante defensora da causa LGBTQIA+ e do povo preto. Leci Brandão foi enredo no Anhembi em 2012! A Tatuapé voltou ao Especial ao homenagear sua madrinha.
Joaquina Lapinha foi a grande homenageada do enredo da Inocentes de Belford Roxo em 2014. A cantora lírica e atriz mineira teve destaque no final século XVIII, em pleno período colonial. Como soprano, foi uma das primeiras artistas pretas do país com renome internacional.
Muito prazer, eu sou Zezé! Uma das atrizes negras mais produtivas do país, a eterna Xica da Silva já foi homenageada na Sapucaí duas vezes. A primeira vez em 1989 pela Arrastão de Cascadura e recentemente em 2017 pela Acadêmicos do Sossego, ambas no Grupo de Acesso.
A dona da inconfundível voz do samba, Alcione, tem raízes verde-e-rosa, com a Mangueira, marcando presença nos desfiles e na história da agremiação. Na terra da Garoa, pela Mocidade Alegre, ela recebeu uma linda homenagem em 2018, nos seus 70 anos de vida. Viva a nossa Marrom!
O samba a reverenciar... A trajetória da atriz negra pioneira a pisar no palco do Teatro Municipal, premiada internacionalmente c/ um Leão de Ouro, foi o enredo da Santa Cruz em 2019. Ao som de um sambaço, recebeu a homenagem em vida e desfilou aos 97 anos, emocionando a Sapucaí.
Salve a princesa! Em 2019, a Mancha Verde conquistou o primeiro título de sua história com uma homenagem a Aqualtune de Palmares, princesa do Congo e trazida como escrava para o Brasil. Aqui, refugiou-se no Quilombo dos Palmares, foi a mãe de Ganga Zumba e avó materna de Zumbi.
Elza. Sim, nós vimos Deus! E é mulher! A estrela da música mundial teve sua bibliografia aclamada pela Mocidade Independente de Padre Miguel em 2020, conquistando o 3º lugar. A Mulher do Fim do mundo, a voz do milênio, a garota do Planeta Fome, a ativista: essa preta tem poder!
Para o carnaval que vem, várias escolas já anunciaram enredos que trarão a negritude à Avenida! Em São Paulo, a cantora Clementina de Jesus será a grande destaque da Mocidade Alegre, enquanto a escritora Carolina de Jesus protagonizará o tema da Colorado de Brás.
Lembrada no enredo da Mangueira em 2019, Dandara dos Palmares foi líder quilombola e desempenhou papel fundamental na luta pela liberdade dos escravizados. Suicidou-se quando capturada para não retornar à condição de cativa e é enredo da Amizade Zona Leste p/ o próximo carnaval.
Em terras cariocas, com um tema em reverência a Exu, a Grande Rio evocará Estamira, mulher que viveu no Aterro Sanitário de Jardim Gramacho. Na Série A, a Porto da Pedra já divulgou a sinopse para brindar uma das principais lideranças religiosas do país: Mãe Stella de Oxóssi.
É muita história! E aí, que outra mulher negra latino-americana ou caribenha já cruzou as avenidas? Quem ainda tem que ser enredo? Fale pra gente e carnavalize conosco! #25deJulho
📸 Créditos:
Salgueiro 1963 - Acervo/O Globo
Viradouro 1994 - Reprodução Carnaval Nº1
Barroca 2020 - Newton Menezes/Futura Press
Beija-Flor 2001 - Wigder Frota
Infantes 2010 - Autor Desconhecido
UPM 2011 - Ricardo Almeida
Império Serrano 2012 - Wigder Frota
Continua...
Tatuapé 2012 - Raul Zito/G1
Inocentes 2014 - Tata Barreto/Riotur
Sossego 2018 - Roberto Filho/Brazil News
Mocidade Alegre 2018 - Bruno Viterbo
Santa Cruz 2019 - Marcos Serra Lima/G1
Mancha Verde 2019 - Reprodução G1
Mocidade 2020 - Vítor Melo/Carnavalize
#CarnavalizeConosco
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