Hoje, comemora-se o nascimento de uma das figuras mais importantes da cultura brasileira: Fernando Pamplona. Responsável por uma série de transformações nas escolas de samba e pela glorificada "Revolução Salgueirense", o Mestre completaria 94 anos de vida. Segue o 🧶!
Além do papel embrionário de carnavalesco, revolucionário e professor genial, a forte personalidade impulsionou e garantiu o cargo de comentarista na TV Manchete. As opiniões e o amor pela folia renderam cenas imortais que o @Carnavalize traz para celebrar a vida do grande mestre
Em 1989, um de seus pupilos mais promissores, João Trinta, apresentou à frente da Beija-Flor um desfile revolucionário. Entretanto, a escultura do Cristo Redentor proposta para o abre-alas gerou muita polêmica, sendo vetada pela Arquidiocese do RJ. O fato revoltou o mestre:
"Esse é um momento glorioso!". Ainda no desfile da Beija-Flor de 1989, Pamplona, que já se mostrava emocionado com o que via, foi ao delírio quando os integrantes da escola começam a despir o Cristo censurado.
O carnaval de 1989 foi realmente iluminado. Enquanto as escolas encantavam na pista, Fernando Pamplona dava um show com seus comentários na transmissão. Na União da Ilha, não agradou muito por levar à Avenida "essa marchinha descarada e sem vergonha"!
"Baiana não é não! Baiana que não tem nem mão? (...) vai inventar no raio que a parta", o artista ficou bem contrariado com a Ala das Baianas do Império Serrano no ano de 1995. A fantasia "Rainhas do Tempo" descaracterizou a ala, na sua opinião.
A "grossa porcaria" não teria como ficar de fora, né?! O desfile de 1995 da Mocidade Independente não agradou em nada o nosso querido mestre. Com ressalvas para bateria e samba-enredo, o resto estava tudo reprovado.
"Protesto contra essa multidão (...) que vem assistir de dentro da pista o desfile." Nem mesmo a sua escola de coração, o Salgueiro, foi poupada! O desfile de 1996 recebeu criticas por conta dos encamisados que atrapalharam a evolução da escola.
"Eu não vou comentar mais porra nenhuma não, merda, não deu!". Como não lembrar a icônica previsão de que o desfile da Mangueira "Deu a Louca no Barroco", de 1990, iria estourar o tempo de desfile?
"Um beijo para vocês e até sempre!". Foi após o desfile da Vila Isabel "Não deixa o samba morrer", em 1997, que Fernando Pamplona anunciou seu desligamento do cargo de comentarista de carnaval na televisão.
Pamplona é considerado o primeiro carnavalesco a fazer um enredo explicitamente "Afro", retratando personagens ocultados pela história oficial, em 1960, no Salgueiro, com "Quilombo dos Palmares". Ele esteve à frente do torrão amado por 12 carnavais sendo campeão em 4 deles.
"É o Mestre que segue o astro rei lá no infinito". Em 2013, Fernando Pamplona partiu, deixando um legado sem precedente para cultura, sobretudo para o carnaval. No ano de 2015, voltou a passar pela Sapucaí em uma homenagem de sua aluna, Rosa Magalhães. Ao mestre com carinho!
Errata: no desfile indicado como da Mocidade em 1995, deu branco e misturamos os verdes em um minuto de desatenção. O desfile é, na verdade, do Império Serrano.
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