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Apr 1, 2021, 20 tweets

Morreu ao cair da cama ou foi assassinado pela mãe e pelo padrasto? O caso do pequeno Henry, que foi encontrado com diversas fraturas.

Henry Borel Medeiros (4) era filho do engenheiro Leniel Borel e da professora Monique Medeiros. Em 2020, o casal se separou e, em novembro daquele ano, o menino foi morar com a mãe e seu novo namorado, vereador Dr. Jairinho (Solidariedade – RJ), num apartamento na Barra da Tijuca

Na noite de 7 março, Leniel levou o filho à casa de Monique após ter passado o fim de semana com a criança. Uma conversa entre o ex-casal foi divulgada, na qual a mãe admite que o filho não gosta de ficar com ela na casa da Barra, e que chora no caminho até lá.

Leniel, por sua vez, revela que Henry reclama por passar pouco tempo com o pai. A situação era tão alarmante que, em fevereiro deste ano, o menino iniciou tratamento terapêutico. Segundo a psicóloga que o acompanhava, sua mãe relatava que Henry “não queria ficar” na sua casa.

A profissional, que prestou depoimento à 16a Delegacia de Polícia (DP; Barra da Tijuca), informou que, nas cinco consultas, Henry demonstrava afeto pelos avós maternos, em cuja casa gostava de ficar. Ele também informou morar com o “Tio Jairinho”, a quem não esboçou receio.

A mãe, que alegou ter iniciado o tratamento para que a família fosse guiada no pós-divórcio, também reclamou da recusa do garoto a atender o colégio no qual havia iniciado a pré-escola; entretanto, uma professora de Henry contou não ter notado anormalidade em seu comportamento.

De volta à casa da mãe, imagens de câmeras de segurança mostraram os últimos momentos nos quais Henry foi visto com vida: no elevador, ele mantinha a cabeça baixa enquanto se abraçava à mãe e Jairinho afagava sua cabeça e costas. Depois disso, se dirigiram ao apartamento.

Segundo Monique, o casal assistia televisão na sala, enquanto o menino teria sido posto para dormir na cama da mãe. Mais tarde, se deslocaram para o quarto de hóspedes para evitar acordar a criança. Dormiram ali mesmo; contudo, Monique levantou às 3h30 e acordou Jairinho.

O vereador foi ao banheiro, enquanto Monique foi checar Henry. No quarto, a mãe encontrou o filho “gelado e com os olhos virados”. O casal logo se dirigiu ao hospital. No trajeto, a professora fazia respiração boca-a-boca com a criança; Dr. Jairinho, entretanto, não a auxiliou.

Questionado sobre sua omissão, Jairo alegou não ser qualificado, pois a última vez que havia feito massagem cardíaca tinha sido em um boneco durante a graduação. Ainda assim, o vereador afirmou ter feito tudo o que podia para salvar Henry, que, embora socorrido, não resistiu.

“Eu tenho certeza absoluta, diante de Deus, que assassinato não foi”, afirmou Jairo. A versão oferecida pelo casal foi de que o garoto poderia ter ficado em pé em cima da cama, se desequilibrado/tropeçado no encosto de uma poltrona, fazendo com que ele tombasse — e morresse.

O laudo da necrópsia, contudo, sugere que a causa foi mais complexa: múltiplos hematomas no abdômen e nos membros superiores; infiltração hemorrágica em diversas partes do crânio; edemas no encéfalo; grande quantidade de sangue no abdômen; ...

contusão no rim à direita; trauma com contusão pulmonar; laceração hepática (no fígado); e hemorragia retroperitoneal. A investigação policial também indicou uma “ação contundente”, com sinais de violência. Nelson Massini, especialista em Medicina Legal, concorda com a perícia:

"Essa criança foi espancada de maneira violenta, pelo laudo médico legal a criança tem sinais de violência física severa que atingiu a cabeça, pulmão, abdômen, rompimento de fígado, rim e várias equimoses. É um negócio de uma gravidade muito grande”, elucidou Massini.

Entre os depoimentos mais relevantes, a faxineira Rosangela de Jairo e Monique disse que havia uma relação carinhosa entre o casal e o menino. Ademais, ela afirmou ter sido avisada da morte de Henry e chamada para trabalhar, contradizendo a mãe, que disse não a ter contado.

A limpeza feita prejudicou a perícia. A ex-namorada do vereador também prestou depoimento, alegando que teria passado “os piores dias da minha vida com ele. Hoje não consigo olhar no olho da minha filha por tudo que ele fez e eu não vi. Eu me culpo todos os dias da minha vida”.

Ela e sua filha (13) afirmaram ter sofrido agressões enquanto envolvidas com Dr. Jairinho. A dentista explicou não ter registrado ocorrência pelo receio que tinha do parceiro. Ana Carolina Ferreira, que já foi casada com Jairo, registrou uma ocorrência contra o ex-marido este ano

Em janeiro, ela narrou à 16a DP uma ocasião em que fora agredida pelo parlamentar durante um “ataque de fúria”; contudo, retornou dias depois para expressar desinteresse em perseguir ação penal. Por fim, uma vizinha declarou ter ouvido um grito de criança no dia da morte de Henry

Atualmente, o inquérito policial continua aberto e a polícia continua a colher depoimentos e a realizar buscas em localizações relevantes, como no apartamento do casal e na casa do pai da criança. A Crimes Reais atualizará o caso conforme forem liberadas mais informações.

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