Morreu ontem aos 14 o bode Hennes VIII, mascote do Colônia da Alemanha.
Diferentemente de outros clubes, o Colônia usa um animal vivo como mascote, e não uma pessoa fantasiada.
É uma tradição que começou na década de 50, com o primeiro Hennes chegando ao clube como um presente.
A remetente era Carola Williams, acrobata circense que, em uma viagem, encontrou uma cabra à beira da estrada.
Essa cabra pariu um filhote, que ela resolveu doar ao Colônia, como amuleto.
Foi batizado Hennes, em homenagem a Hennes Weisweiler, que era técnico e jogador do clube.
O primeiro Hennes viajou com o Colônia em todos os jogos da temporada, até mesmo fora de casa, sempre se encaixando no ônibus como dava.
Mas, eventualmente, pela logística de viagem e dificuldade de acomodar o bode em todos os estádios, passou a ficar apenas na cidade do clube.
E até que Hennes deu bastante sorte: com ele, o Colônia ganhou os campeonatos alemães de 62 e 64, sendo que este último foi a primeira edição da Bundesliga.
Quando ele morreu (a expectativa de vida de um bode é entre 15 e 18 anos), o clube resolveu continuar com a brincadeira.
Em 77/78, o clube foi campeão alemão com dois Hennes: o bode e o velho treinador de volta.
Todo jogo do Colônia em casa tem um Hennes ao lado do campo, e ele já fez até parte de comemoração de gol.
Hennes VIII morreu já aposentado dos gramados. Desde 2019, temos o Hennes IX.
Não deixa de ser um momento triste para a torcida de um clube que trata o animal como realmente parte da equipe.
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