DESIGUALDADE DE GÊNERO COMPROMETE DESENVOLVIMENTO DA AMÉRICA LATINA
É o que diz relatório da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe sobre divisão do trabalho e direitos das mulheres 👩🏽🏫👩🎓
Quando se fala em política, o problema se exacerba. Segue o fio👇🧶
No Brasil, as mulheres representam mais da metade do eleitorado. Ainda assim, menos de 19% da composição das casas legislativas municipais, estaduais e federais é preenchida por parlamentares mulheres.
Em Fortaleza, por exemplo, as mulheres são a 56,3% do eleitorado. Ainda assim, das 47 cadeiras ocupadas na Câmara Municipal da Capital cearense, é literalmente possível contar nos dedos das mãos aquelas preenchidas por mulheres: apenas 9.
Nas eleições municipais de 2020, o então Partido da Mulher Brasileira (PMB) chegou a emplacar dois nomes para a Câmara de Fortaleza: ambos homens.
Neste ano, o partido anunciou a mudança de nome para Brasil 35.
Além da pequena representação, as mulheres na política ainda precisam enfrentar outro problema - a violência de gênero, que se manifesta em situações de assédio e ataques virulentos, por exemplo, que podem desestimular outras mulheres a entrarem na política.
O problema é nacional.
Basta relembrar o assédio sexual sofrido pela deputada estadual Isa Penna (PSOL-SP), quando o deputado estadual Fernando Cury (Cidadania-SP) apalpou os seios dela na frente da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
"Não aturarei o cidadão que veio aqui e não sabe ouvir a posição de uma mulher eleita", disse a vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), na Câmara Municipal do Rio.
Seu assassinato a tiros, há três anos, é um dos casos mais extremos de violência do País.
Pelas dificuldades e pela pequena representação, as demandas femininas - como direitos reprodutivos, entrada no mercado de trabalho e remuneração justacabam - acabam sub ou mal representadas em todas as esferas do poder.
Em contrapartida, a ocupação de mulheres em cargos políticos nem sempre é sinônimo de avanço nas pautas femininas. Um exemplo é o caso da deputada federal Caroline De Toni (PSL-SC), que propôs o Projeto de Lei nº 4.213/2020, para retirar a cota de 30% das candidaturas femininas.
Em reportagem especial no O POVO+, explicamos como esta sub-representação feminina na política ameaça a democracia e compromete o desenvolvimento dos países da região.
Confira: mais.opovo.com.br/reportagens-es…
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