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May 14, 2021, 26 tweets

Mulher mutilada caminha na rua gritando de dor e vídeo viraliza como “A Zumbi".

Na última sexta-feira (07), vídeos compartilhados no aplicativo TikTok mostraram uma figura peculiar caminhando pelas ruas de Seattle, no estado de Washington, nos Estados Unidos. A pessoa, por conta de seus trejeitos ao caminhar e sua aparência, foi apelidada de “mulher zumbi”.

Ela usava apenas um calçado e andava com dificuldade, cambaleando, de forma a lembrar o andar dos mortos-vivos da ficção. Seu rosto estava coberto por pó branco ou algo similar; ao redor dos olhos, manchas pretas; pelo corpo, machucados; na cabeça, possuía alguns tufos de cabelo.

Além disso, carregava uma sacola que continha alguma substância vermelha e exalava gritos excruciantes. Eventualmente, a polícia foi convocada para prestar auxílio à moça. Outros vídeos mostraram o momento em que ela foi abordada, e algumas de suas palavras foram identificadas.

“Não pegue meu dinheiro!” e “não toque no meu bebê!” foram duas das frases proferidas. A última suscitou a especulação de que ela estaria grávida. Quando ela foi detida e estava sendo posta numa maca, insistiu que ela não desejava ser levada ao hospital.

A mulher foi levada ao hospital e, desde então, não foram divulgadas atualizações sobre a sua saúde física e mental. As autoridades de Seattle ainda não se pronunciaram sobre o evento. O mistério acerca do caso ensejou a criação de diversas teorias que poderiam o elucidar.

De início, alguns internautas foram astutos ao observar que o estado físico da mulher lembrava o de Marilyn Stanley, que, além de ser gravemente espancada pelo seu companheiro por horas a fio, foi atacada por seu cachorro violento por ordem de seu dono.

O caso ocorreu em 2015, no dia 14 de setembro, após Marilyn (26) e seu namorado, Zachary Gross (30), retornarem para casa dele após irem a um McDonald’s local. Chegaram por volta das 15h e, enquanto ela comia seu lanche na cozinha, ele deu início à agressão.

Ele a abordou e começou a socar o seu rosto repetidamente, ao ponto que seus olhos ficaram inchados “como bolas de beisebol”. Ela tentou escapar, mas Gross a impediu e a arrastou para seu quarto, onde ele prosseguiu o abuso, montando em cima dela para impedir que se defendesse.

Ele usou o posicionamento para continuar socando-a na cabeça e rosto, eventualmente quebrando seu nariz. Após ser agredida por quase uma hora, Marylin conseguiu pegar uma faca que trouxe em seu bolso por receio do namorado, mas não conseguiu usá-la.

Gross ordenou que ela largasse o objeto, mas Marylin se recusou. Enfurecido, o rapaz mandou que seu cachorro, um pitbull, a atacasse. Primeiramente, ele mordeu sua orelha direita, removendo metade da cartilagem. Nesse momento, ela desmaiou, acordando alguns minutos depois.

O agressor a olhava com um sorriso pretensioso, e disse: “Olhe pra você, você está careca. Agora ninguém vai querer você”, e prosseguiu com malícia: “Vá se olhar no espelho”. Ela não chegou a ver seu reflexo, mas já sentia que se cabelo estava “molhado e sangrento”.

Então, ele mandou que ela se deitasse de lado para que ele pudesse quebrar suas costelas. Sem opções, ela seguiu e comando e teve seu tronco chutado e pisoteado até escutar o som de algo rachando. Depois de mais de duas horas de agressão, Gross se deu por satisfeito.

Àquele ponto, Marylin já não sentia mais dor. Gross se recusou a chamar a ambulância, alegando que tomariam Capone, seu cachorro, de sua posse, e disse que a levaria dali. Ela pensou que iria para o hospital, mas foi deixada ao jardim de entrada da casa de sua mãe.

Gross, que teve a audácia de pedir um beijo antes de partir, também a deixou com uma sacola contendo a maior parte de seu couro cabeludo. A mãe de Marylin chamou a ambulância e ela foi levada ao hospital, onde teve de ser submetida a uma cirurgia de emergência.

Marylin pensava que apenas seu cabelo havia sido cortado; entretanto, após a cirurgia, recebeu a notícia de que 80% couro cabeludo havia sido removido até seu crânio. O ato sádico foi perpetrado por Gross enquanto ela estava inconsciente, e ele o fez usando a faca de Marylin.

Pelo menos, foi a versão dada pela vítima. Outras reportagens afirmam que foi o cão que retirou o couro cabeludo a mordidas, embora a ferida sugerisse que o relato de Marylin é o correto. Ela passou por diversas cirurgias, mas Marylin não é mais capaz de crescer cabelo na área.

Em entrevistas subsequentes, Marylin explicou que o relacionamento dos dois ficou gradativamente mais abusivo. Inicialmente, Gross era “um pouco possessivo e ciumento”, e demandava saber os locais em que ela estava e com quem falava, pois “ele a amava muito”.

Obviamente, ele possuía uma noção deturpada de amor, comum em sujeitos com tais traços de personalidade. Logo, as “demonstrações amorosas” constituíam ataques contra Marylin, como jogá-la no chão, a espancar e até estrangular, incluindo, ainda, ameaças de morte.

Ela tentou se afastar, mas Gross insistia em mandá-la mensagens pedindo perdão e declarando seu “amor”. Como não era correspondido, conseguiu um emprego no mesmo estabelecimento em que Marylin trabalhava. Ele mantinha o discurso de que “só queria conversar”.

O encontro dos dois em setembro foi o que Marylin chamou de “última chance” de Gross. Após as primeiras pancadas, ele revelou a razão do ataque repentino: um post no Facebook, em que aparecia uma foto de Marylin, seu filho, uma amiga sua e um amigo dessa colega.

Ela foi marcada no post pelo amigo de Brittany, sua amiga. As duas o encontraram por acaso e tiraram a foto, Marylin explicou. Obviamente, Gross não aceitou a justificativa e continuou o ataque, pelo qual responderia perante o Judiário do condado de Boone, em Kentucky.

Gross foi acusado de agressão em primeiro grau, adulteração de evidências físicas e abrigar um animal violento. Em 2017, foi condenado a 21 anos de prisão, e o pitbull “Capone” foi eutanizado. Desde o evento, Marylin tem apoiado mulheres vítimas de violência doméstica.

Ela descreve sua história como a aptidão de uma mulher de transformar a adversidade em advocacia pela conscientização desse tipo de crime e apoio às vítimas. “Você faz uma faísca e espera que outras pessoas peguem a chama”, declarou.

A história de Marylin pode ter um paralelo com a da mulher avistada em Seattle. Algumas teorias apontam que ela pode ser vítima de abusos domésticos, violência, usuária de drogas sintéticas ou sofrer de doenças mentais. Outras dizem que se trata de marketing do filme “KIMI”.

A autora do primeiro vídeo, que já foi removido do aplicativo, reprovou a reação popular, dizendo que a mulher “é uma pessoa real. Temos que ter compaixão em meio à nossa curiosidade”. E você, leitor, do que acha se trata a situação?

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