Você conhece a influência de artistas afro-brasileiros no carnaval?
Conheça alguns diálogos entre a visualidade das escolas de samba e arte afro-brasileira em alguns desfiles.
No carnaval, estampas geométricas são sinônimos de estética africana. Foi a Revolução Salgueirense a responsável por estabelecer esse imaginário. Baseados em tribos africanas e numa estética moderna, os figurinos de Pamplona e Arlindo estabeleceram um novo padrão a ser seguido.
A estética tribal africana difundida pelos desfiles do Salgueiro encontra influência em várias obras do movimento negro do período, como o Teatro Experimental do Negro, de Abdias Nascimento, e o Balé Folclórico Brasileiro, de Mercedes Baptista.
Além da estética de Rubem Valentim, um dos maiores artistas afro-brasileiros do país. Rubem Valentim nasceu na Bahia e em suas obras uniram a estética e iconografia das religiões afro-brasileira a uma estética concretista e abstrata, criando assim um vocabulário próprio.
Invés de optar pelas representações humanas das divindades africanas, Leandro Vieira fez uma homenagem ao artista plástico afro-brasileiro na última alegoria do carnaval de 2017, batizada de Luz dos Orixás.
Leandro Vieira também reinventa a chamada estética afro com uso de referências a objetos artísticos do continente africano. Principalmente as chamadas "máscaras geledés", que representavam antigos rituais iorubás, e são usadas para evocar o imaginário ancestral.
Quem também fez referências a obra de Rubem Valentim foi a carnavalesca Rosa Magalhães, em 2012, no seu desfile sobre Angola. A alegoria que encerrava o cortejo da Vila trazia outra representação da estética afro-brasileira do artista.
Em 2020, o carnavalesco Fábio Ricardo também materializou a iconografia do artista no enredo “Ginga”, sobre a história da Capoeira, evocando os totens afro-brasileiros do artista.
A segunda aula do curso "Arte+Carnaval: movimentos artísticos e escolas de samba" vai investigar melhor a construção visual de grandes narrativas afro-brasileiras no carnaval.
Tópicos abordados na aula:
Revolução Salgueirense e sua construção estética; Teatro Experimental do Negro; Enredos-Afros e suas variações; Visualidade Afro-Brasileira.
As aulas de Leonardo Antan vão mergulhar na estética das escolas de samba em diálogo com conceitos e obras da história da arte brasileira, mesclando desfiles e artistas de vários períodos, de Rosa Magalhães a Abdias Nascimento, passando por Fernando Pamplona e Rubem Valentim.
Serão oferecidas quatro aulas com duas horas de duração cada uma, entre os dias 16/08 a 25/08, às 19h30. Todas as aulas serão gravadas e ficarão disponíveis para serem assistidas depois. Saiba mais: sympla.com.br/curso-artecarn…
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