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Aug 7, 2021, 10 tweets

A maratona é uma das provas olímpicas mais tradicionais.

Em Tokyo, a masculina acontece daqui a pouco, enquanto a feminina foi ontem e teve dobradinha queniana.

Por muitos anos, não foi assim: não havia maratona para as mulheres.

Mas já em 1896 houve quem desafiasse a norma.

Como já contamos, o Barão de Coubertin, responsável por trazer os Jogos Olímpicos para a era moderna, era contra a participação feminina nos Jogos.

Por isso, nem sequer houve mulheres competindo em 1896.

Mas na maratona daqueles primeiros Jogos Olímpicos modernos, uma mulher chamada Stamata Revithi desafiou a regra.

No dia seguinte da prova, exclusiva para homens, ela fez o mesmo percurso, com testemunhas, para provar que também era capaz.

Os registros são escassos, mas dizem que Stamata era uma mulher pobre, de trinta anos de idade e dois filhos.

Nem sequer há informações sobre sua vida após a maratona.

Porém, não foi permitido que ela completasse o trajeto: O Estádio Panathinaiko, com a reta final, estava fechado. Ninguém abriu o portão para Stamata.

As testemunhas afirmam que o tempo para percorrer os 40 km foi cerca de quatro horas e meia, melhor que o de alguns homens.

Alguns jornais citam a presença de outra mulher naquela maratona solitária. Ela seria chamada de Melpômene, a musa da tragédia na Grécia Antiga.

Porém, historiadores acreditam que ela e Stamata são a mesma pessoa.

Mulheres participaram do programa olímpico pela primeira vez em 1900, mas a maratona feminina só entrou em Los Angeles 1984.

Por quase um século, elas não tiveram a oportunidade de competir nessa prova tão tradicional.

Quer conhecer mais sobre a história olímpica? Nós temos dois episódios especiais que relatam vários episódios inesquecíveis desses quase 130 anos!

Aqui você pode ouvir o primeiro, que fala sobre as edições de 1896 a 1960: anchor.fm/copa-alm-da-co…

E aqui o segundo, que conta histórias sobre as edições entre 1964 e 2016: anchor.fm/copa-alm-da-co…

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