PhD Larissa Brussa Reis #TodosPelasVacinas 💉 Profile picture
Doutora em genética, Analista IPD Grupo Fleury, divulgadora científica @analise_covid19 @upvacina @tdspelasvacinas, coordenadora @movbiotecbrasil

Aug 18, 2021, 13 tweets

Nos últimos dias, temos visto muitas pessoas comemorando sua primeira dose da vacina contra Covid. Porém, estamos enfrentando dificuldades reais para que as pessoas retornem para tomar a segunda dose e isso vem sendo encarado com muita preocupação. Entenda os principais motivos:

O Brasil chegou ontem ao registro de 55,58% da população vacinada com pelo menos uma dose de vacina, segundo dados do consórcio de veículos de imprensa. No entanto, apenas 24,36% dos brasileiros estão totalmente imunizados com o regime completo das duas doses

A disparidade entre primeira e segunda doses no BR é atribuída a diversos motivos, como a falta de campanhas de conscientização e busca ativa pelos governos, falta de vacinas e problemas no planejamento, atraso no registro dos dados e o ritmo da vacinação
g1.globo.com/bemestar/coron…

Parece inacreditável, mas nessa altura do campeonato ainda não temos uma campanha de comunicação organizada e eficaz por parte do Governo Federal, direcionada à vacinação em geral e principalmente, a importância da segunda dose. Alô @minsaude !!

Também não temos uma organização e busca ativa por parte dos municípios para localizar e convocar as pessoas para tomar a segunda dose e completar o esquema vacinal

Outra batalha acontece devido as interrupções no fornecimento das vacinas, a falta de previsão de estados e municípios do número de doses que serão recebidas e das datas de envio, o que dificulta prever e organizar o cronograma que o vacinado deve fazer para receber as 2 doses

A diferença nos intervalos adotados no BR para as vacinas AstraZeneca e Pfizer também causa confusão. A bula da AstraZeneca recomenda intervalo de 4 a 12 semanas. O MS adota 12, já que a vacina oferece proteção parcial de 76% já 21 dias após a primeira aplicação

Em UK, o intervalo adotado foi de 4 semanas. Alguns estados BR, no entanto, estão reduzindo este prazo para aumentar a proteção contra a variante Delta. No caso da Pfizer, o intervalo recomendando é de 21 dias. O Brasil, no entanto, preferiu estabelecer 12 semanas entre as doses

SP é estado que mais vacinou com pelo menos uma dose: 68%. Mas é também o que tem a maior disparidade em relação à segunda dose. Ao todo, 29% dos paulistas foram totalmente imunizados. Isso acende um alerta na questão da reabertura total que iniciou ontem g1.globo.com/sp/sao-paulo/n…

Intervalo entre doses nos estados brasileiros
Veja o percentual de vacinados com a primeira dose e totalmente imunizados:

Intervalo entre doses nos estados brasileiros
Veja o percentual de vacinados com a primeira dose e totalmente imunizados (continuação):
Fonte: g1.globo.com/bemestar/coron…

Completar o esquema vacinal de duas doses para o maior número de pessoas é imprescindível para diminuir a média de 1000 óbitos por dia que continua no país! Faça sua parte e volte para a sua segunda dose, além de continuar usando boas máscaras e manter o distanciamento social

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