Nos últimos dias, temos visto muitas pessoas comemorando sua primeira dose da vacina contra Covid. Porém, estamos enfrentando dificuldades reais para que as pessoas retornem para tomar a segunda dose e isso vem sendo encarado com muita preocupação. Entenda os principais motivos:
O Brasil chegou ontem ao registro de 55,58% da população vacinada com pelo menos uma dose de vacina, segundo dados do consórcio de veículos de imprensa. No entanto, apenas 24,36% dos brasileiros estão totalmente imunizados com o regime completo das duas doses
A disparidade entre primeira e segunda doses no BR é atribuída a diversos motivos, como a falta de campanhas de conscientização e busca ativa pelos governos, falta de vacinas e problemas no planejamento, atraso no registro dos dados e o ritmo da vacinação g1.globo.com/bemestar/coron…
Parece inacreditável, mas nessa altura do campeonato ainda não temos uma campanha de comunicação organizada e eficaz por parte do Governo Federal, direcionada à vacinação em geral e principalmente, a importância da segunda dose. Alô @minsaude !!
Também não temos uma organização e busca ativa por parte dos municípios para localizar e convocar as pessoas para tomar a segunda dose e completar o esquema vacinal
Outra batalha acontece devido as interrupções no fornecimento das vacinas, a falta de previsão de estados e municípios do número de doses que serão recebidas e das datas de envio, o que dificulta prever e organizar o cronograma que o vacinado deve fazer para receber as 2 doses
A diferença nos intervalos adotados no BR para as vacinas AstraZeneca e Pfizer também causa confusão. A bula da AstraZeneca recomenda intervalo de 4 a 12 semanas. O MS adota 12, já que a vacina oferece proteção parcial de 76% já 21 dias após a primeira aplicação
Em UK, o intervalo adotado foi de 4 semanas. Alguns estados BR, no entanto, estão reduzindo este prazo para aumentar a proteção contra a variante Delta. No caso da Pfizer, o intervalo recomendando é de 21 dias. O Brasil, no entanto, preferiu estabelecer 12 semanas entre as doses
SP é estado que mais vacinou com pelo menos uma dose: 68%. Mas é também o que tem a maior disparidade em relação à segunda dose. Ao todo, 29% dos paulistas foram totalmente imunizados. Isso acende um alerta na questão da reabertura total que iniciou ontem g1.globo.com/sp/sao-paulo/n…
Intervalo entre doses nos estados brasileiros
Veja o percentual de vacinados com a primeira dose e totalmente imunizados:
Intervalo entre doses nos estados brasileiros
Veja o percentual de vacinados com a primeira dose e totalmente imunizados (continuação):
Fonte: g1.globo.com/bemestar/coron…
Completar o esquema vacinal de duas doses para o maior número de pessoas é imprescindível para diminuir a média de 1000 óbitos por dia que continua no país! Faça sua parte e volte para a sua segunda dose, além de continuar usando boas máscaras e manter o distanciamento social
22 mal começou e após os finais de semana de festas, temos casos confirmados de co-infecçao por mais de um vírus, como algum tipo de influenza e covid-19 no RJ, SP e CE. Há relatos de infecção dessas duas, + vírus sistincial respiratório + rota vírus..
O fenomeno de co-infecçao está sendo chamado de flurona, uma junção do nome das duas doenças. Já temos casos registrados em crianças pequenas e um adolescente, escancarando, mais uma vez, a necessidade de aumentar a cobertura vacinal nessas faixas etárias google.com/url?sa=t&sourc…
Em Israel foi detectado um caso de fluorona em uma grávida não vacinada e as autoridades acreditam que existam mais pessoas sub diagnosticadas. Em 2021, não foi notificado esse tipo de infecção dupla
[1] Play na última semana do ano, e que tal alguns dados empolgantes e fresquinhos do CDC sobre a efetividade das vacinas da covid-19 pra começar bem? Fiozinho inspirado na @sailorrooscout (my scientific idol on twitter). Confere esses gráficos lindos nos próximos tweets ... 😍
[2] Resumo dos últimos dados coletados:
- Pessoas que não foram vacinadas apresentam um risco muito maior de testar positivo e vir a óbito por covid-19 do que pessoas vacinadas;
- Pessoas não vacinadas EM TODOS OS GRUPOS DE IDADE tem maior risco de contrair e morrer por covid;
[3] - Casos e óbitos em total vacinados com qq uma das vacinas (pfizer, moderna ou janssen) são muito menores do que entre não vacinados;
- Pessoas com reforço vacinal (3 dose) tiveram menor chance de contrair covid do que os que não vacinaram 3 dose +
Corrida de medicamentos e dessa vez, nada de remédio para piolho e kit covid! Bora conhecer os novos antivirais específicos contra covid-19 que estão sendo testados em ensaios clínicos? Segue as imagens!
Os medicamentos funcionam com o mesmo mecanismo, que é utilizar moléculas idênticas ao material genético do vírus. Durante a replicação, quando o vírus copia seu DNA para se dividir em 2, ele incorpora essa molécula de medicamento, que não permite a continuação dessa cópia
Ciência se faz com investimento! Enquanto diversos países investem pesado pesquisa e desenvolvimento, o BR retrocede a passos largos. O Governo anunciou cortes que chegam a 90% dos recursos destinados à ciência no país :(
Confere nesse fio sobre a importante nota divulgada pela Coordenação-Geral do Programa Nacional de Imunizações em 18/0/2021:
Há pouco mais de 25 anos, a OMS anunciava a erradicação da poliomielite no Brasil. Após quatro décadas de vacinação, o País enfim vencia a batalha contra uma doença que assustava pelas graves sequelas deixadas em parte dos acometidos, especialmente crianças de até 5 anos de idade
As imagens de jovens em cadeira de rodas ou com deformidades nos membros aparecem, hoje, em fotografias antigas, o que pode causar a impressão de que a chamada "paralisia infantil" seja um fantasma do passado
Fiozinho sobre os dados de efeitos adversos raros das vacinas em circulação, que são a trombose do seio venoso cerebral (CVST) e a trombose da veia esplâncnica, vamos às últimas atualizações para entender o quão raríssimos são esses eventos até agora (infos importantes no final):
Trombose venosa cerebral (TVC), ou seja, a trombose de veias e seios venosos cerebrais é uma condição rara, constituindo menos de 1% dos Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC). Um estudo de AVC em 164 pacientes jovens (15 a 49 anos), no Brasil, identificou TVC em 7 casos
A incidência nos adultos é maior na terceira década de vida. O acometimento de mulheres jovens é importante, fato que pode ser atribuído ao uso de anticoncepcionais orais, principal fator de risco associado
📢 ALTERAÇÃO DE BULA DA VACINA OXFORD/ASTRAZENECA/FIOCRUZ! Segue o fio com as principais informações...
Alguns casos de coágulos sanguíneos associados à trombocitopenia - diminuição do número de plaquetas (componente do sangue que ajuda na coagulação), podem estar associados à vacina Oxford/Astrazeneca/Fiocruz.
IMPORTANTE RESSALTAR QUE as ocorrências são extremamente RARAS. Nesse contexto de monitoramento contínuo, a Anvisa solicitou à fabricante alteração de bula para que essa informação seja incluída no item "Advertência e Precauções"