A publicação dos dados da PNAD contínua de 2020, recorte do TIC feito pela CETIC, traz dados muito importantes de como a pandemia afetou o acesso a internet e consumo de mídias sociais.
Embora tenhamos chegado a 152 milhões de usuários, a falta de renda e a impossibilidade de trabalhar afetou de maneira bem diferente as pessoas, dependendo do sexo, classe social e região do país.
cetic.br/pt/noticia/cre…
Em comparação entre 2020 x 2019 e 2019 x 2018, a pandemia inverteu a tendência de queda de posse de computadores pessoais entre as classes mais altas enquanto que nas classes D e E tivemos até queda em computadores portateis depois de uma alta expressiva.
Para #podcasters a principal alteração é a concorrência com outras mídias, simbolizada por aumentos em TV por assinatura 16,5%, Computadores de mesa 35,5% e portateis 30,2%, tablets 16,6%, e Videogames 6,7%
Essas despesas adicionais, seja nos serviços de assinatura ou da compra de eletrônicos indica uma menor disponibilidade de orçamento para apoiar projetos incluindo de #podcast, e além disso indicaram uma mudança significativa na rotina de parte relevante do público
A quantidade de lares com acesso a internet chegou a 61 milhões, crescimento de 21,9% em relação a 2019, com destaque para lares de classe A que ZERARAM a ausência de internet pela primeira vez desde que a pesquisa é feita. O crescimento só não foi maior pq uma fatia importante+
Perdeu Renda (1,9 milhão de lares) e acabaram tendo de cancelar seus acessos. Sendo 1,6 milhão de lares de área urbana
A Banda Larga cresceu muito para mais 11,6 milhões de lares (37,6% de aumento), além de 800 mil melhoraram a qualidade de banda e um aumento de 256 mil lares com conexão discada (80,4% de aumento)
A fibra ótica chegou a mais 12,4 milhões de lares (56,1% de aumento), indicando que este público tem possibilidades de explorar conteúdos que exijam mais banda, como streaming de vídeo e jogos, que podem consumir o tempo disponível para consumo de áudio apenas (podcast + música)
Por outro lado, ainda temos outros 12,4 milhões de lares sem internet, em 2019 eram 20,1 milhões, e ainda deveriam ser menores tivemos 1,9 milhão de lares que perderam seus acessos
E isso fecha a primeira análise de domicílios, agora vamos para os dados dos individuos
Para os indivíduos, vale a pena revistar os dados da #PodPesquisa de 2019. A pandemia, afetou com certeza dois momentos que mais se ouvia podcasts, os deslocamentos e a prática de atividades físicas. Além disso o próprio modo de trabalho foi afetado+
Isso afetou a disponibilidade de tempo para se ouvir podcasts. Serão necessários novas pesquisas para entender como está a situação atual dos ouvintes e sua disponibilidade de tempo
Na parte de acesso mais frequente temos mudanças bem significativas que iremos analisar a seguir:
Houve crescimento no acesso a internet de casa, quase 21 milhões de acessos a mais, e destes mais de 16 milhões foram pessoas identificadas como do sexo feminino, indicando que a pandemia afetou de maneira bem diferente esse público
Vale ressaltar que a pesquisa não traz recorte que permita a avaliação dos impactos no público LGBTQIA+, indicando a necessidade de pesquisas adicionais para essa parcela da sociedade
Houve um acréscimo de 17,8 milhões de pessoas que acessam de casa que estão fora do mercado de trabalho formal, indicando a necessidade de confirmar a correlação com a quantidade de pessoas do sexo feminino que passaram a acessar de suas residências ou se são pessoas que já+
tinham acesso e apenas perderam seus empregos. Outro recorte interessante é por acesso em ambientes públicos e escolas
Os acessos de escolas e centros públicos caíram muito e em vários recortes de público chegaram a zerar em comparação a 2019, no Nordeste o acesso de centros públicos cresceu 49% mas representando menos de 0,1% do total. O acesso de centros pagos disparou+
Nas áreas Rurais (+841,4%), no Sudeste (+543,1%) e Nordeste (+286,4%) e entre o público feminino (+1120,4%)
Incrivelmente os acessos em deslocamento cresceram 27,6% no total, mas houve um aumento da desigualdade com a redução na área Rural de 69,9%
O acesso na casa de amigos e parentes caiu no geral 15,2%, em quase todos os recortes, exceto na área rural onde cresceu 45,3%
No recorte por idade o maior crescimento nos acessos de casa foi entre os maiores de 60 anos (+78,2%) e a surpresa negativa, ficou por conta dos jovens adultos com queda de (-5,2%), uma pesquisa seria necessária para identificar o motivo dessa redução
O acesso a internet do trabalho caiu 4,6% no total, mas a desigualdade dessa queda se demonstra quando quebramos por Grau de Instrução, Classe Social e por participação na força de trabalho
Entre Analfabetos caiu 81% enquanto quem tem ensino superior ou acima cresceu 4,3%, por classe social A cresceu 15,4% enquanto C e DE caíram 7,5% e 20,6% respectivamente
Pessoas consideradas fora da força de trabalho, mas que acessam internet no Trabalho chegaram a quase 1,5 milhão, indicando a possibilidade de subempregos que precisaríamos de pesquisas específicas para comprovar
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