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Sep 27, 2021, 25 tweets

Este é Nikolas Cruz, que em 2018 fez um massacre em sua escola, matou 17 pessoas, deixou 15 hospitalizadas e muitas outras feridas. Após isso, ele fugiu do local e foi até o McDonalds, pediu um lanche tranquilamente e comeu como se nada tivesse acontecido.

Nikolas Jacob Cruz nasceu em 24 de setembro de 1998, em Margate, na Flórida. Com apenas 2 anos, ele e seu meio-irmão de 2 meses, Zachary, filhos da mesma mãe, foram adotados por Lynda e Roger Cruz. Quando ainda eram bem novos, entretanto, Roger faleceu.

A vida familiar era conturbada. Zachary atormentava seu irmão por ele ser o “favorito” da mãe adotiva. A relação dos dois melhorou gradativamente, mas ele diz se arrepender de como tratou o irmão e que o bullying sofrido por Nikolas em diversos locais foi um fator no tiroteio.

Desde novo, Nikolas demonstrava um comportamento agressivo e inconsequente. Aos 9 anos, matava esquilos com sua espingarda de chumbo. Depois, passou a assassinar galinhas dos vizinhos, aprisionar coelhos e perfurar animais presos com varetas pontudas.

Na vizinhança, sua conduta era semelhante: brigava com outras crianças, furtava correspondência, atirava pedras e coquinhos em carros e vandalizava casas. Vizinhos também relataram que furtava bicicletas e, às noites, espreitava quintais alheios e espiava mulheres em seus quartos

A parada de ônibus local também era aterrorizada por Nikolas. Brody Speno, que estudou com ele por diversos anos e esperava no mesmo ponto, ao dirigir pelo local, relatou que o colega atirou ovos em seu carro. Speno e um amigo, então, perseguiram Nikolas até sua casa.

Lá, sua mãe atendeu a porta e, após ouvir sobre o incidente, afirmou que seu filho nunca faria isso, e que estava dormindo no quarto. Tal situação não era incomum: uma vizinha alegou que, com o carro parado próximo ao ponto, Nikolas levantou e bateu com sua mochila no veículo.

Similarmente, ela vai confrontar a mãe de Nikolas sobre o evento, que, mais uma vez, negou que Cruz seria capaz de tal ato. A vizinha denunciou o incidente e um policial teve de ser designado para vigiar o jovem nas próximas manhãs e garantir que não vandalizaria nenhum carro.

Na escola, Nikolas não era diferente. Seu comportamento volátil e conduta temperamental dificultaram que fizesse amizades. No ensino médio, porém, suas ações ficaram mais problemáticas – e preocupantes. No Instagram, preenchia seu feed com fotos de armas e animais mortos.

Nikolas passou a se envolver em problemas com diversos colegas e, segundo alegações, funcionários, incluindo ameaças a alunos. Após ser suspenso diversas vezes, foi finalmente expulso no final de 2016, quando tinha 17 anos. Meses depois, todavia, ele foi readmitido.

Um colega que realizou um trabalho em grupo com Cruz disse que o futuro atirador contou ter sido expulso de duas escolas particulares e que fora detido o mesmo número de vezes. “Tinha interesse em entrar para o Exército e gostava da caça”, completou.

Desde o início de 2016, após ser diagnosticado com autismo e déficit de atenção, além de sofrer depressão, passou a tomar medicação controlada e receber tratamento psiquiátrico – ao qual ele deixou de comparecer no início do ano seguinte.

Em novembro de 2016, a mãe de Cruz faleceu (68, pneumonia). A família de um colega o acolheu e, em princípio, ele parecia estar mais controlado, embora depressivo. Passou a trabalhar numa loja local, respeitava sua nova família, não se metia em brigas e cumpria as regras impostas

Também não mostrava sinais de violência. Seu comportamento inspirou confiança, e foi permitido que ficasse em posse de um rifle de assalto, desde que guardado num cofre (ao qual ele tinha acesso). Sua nova família relatou, após o tiroteio, que nunca o viram atirar com a arma.

Embora sua conduta pessoal aparentasse estar estável, os pensamentos perturbadores de Nikolas permaneciam. Suas publicações sobre armas não preocupavam tanto quando comparadas a comentários feitos redes sociais e fóruns sobre seus impulsos assassinos.

Scott Israel, detetive do condado onde Cruz morava, relatou que encontraram comentários como: “Quero atirar em pessoas com minha AR-15”, “Quero morrer lutando, matando muitas pessoas” e “Vou matar agentes da lei um dia, eles vão atrás das pessoas boas”.

Além desses comentários, também demonstrava seu “patriotismo” online: num grupo privado do Instagram, apoiou o extermínio de mexicanos, negros e homossexuais. Também comentou que mulheres brancas em relacionamentos com homens negros eram “traidoras”.

Ademais, também expressou seu ódio por judeus, muçulmanos e imigrantes. Os colegas de classe de Cruz já suspeitavam que poderiam estar sob ameaça: “Acho que todo mundo tinha em mente que se alguém fizesse isso, seria ele”, declarou um ex-colega do atirador.

No dia dos namorados norte-americano, em 14/02/2018, Nikolas provaria que as preocupações sobre ele eram bem embasadas. Naquela manhã, disse à nova família que não ia ao colégio naquela data. Após todos saírem da casa, fez seus preparos e chamou um Uber.

Munido de uma mochila e uma bolsa grande, chegou na Marjory Stoneman Douglas High School às 14h19. Ele adentrou o edifício do 1º ano do ensino médio, um prédio de três andares, com 30 salas ocupadas por 900 estudantes e 30 professores. Então, ativou o alarme de incêndio.

Segundo investigadores, seu objetivo era fazer com que as pessoas saíssem das salas de aulas e ficassem mais vulneráveis. Então, pegou sua arma e iniciou o tiroteio contra alunos e professores, que durou 6 minutos. No total, matou 17, hospitalizou 15 e feriu muitos outros.

Após concluir o massacre, Cruz descartou a arma e saiu do local correndo juntamente ao corpo estudantil e de funcionários. Depois, foi ao Walmart, onde comprou um refrigerante, e seguiu para o McDonald's, onde fez uma refeição. Minutos depois, foi preso próximo a um viaduto.

Nikolas Cruz foi acusado de 17 homicídios premeditados e de 17 tentativas de homicídio. O homicida confessou o crime, que foi filmado pelas câmeras de segurança. Seu julgamento, atrasado em razão da pandemia, foi iniciado no meio deste ano. A promotoria busca a pena de morte.

Após a prisão de Nikolas, Zachary visitou o irmão mensalmente na cadeia. Embora ele reprove o que o irmão fez, disse que ainda o ama e o apoia, e que poderia ter feito mais para impedir que o massacre ocorresse. Atualmente, ele ambiciona começar uma campanha anti-bullying.

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