A National Women's Soccer League, principal liga de futebol feminino dos Estados Unidos, anunciou o adiamento de toda a sua rodada desse fim de semana.
A notícia vem um dia após o The Athletic publicar várias acusações contra Paul Riley, um dos técnicos mais famosos da liga.
De acordo com mais de uma dezena de atletas, Paul Riley praticava abuso verbal, assédio e coação sexual com frequência.
O North Carolina Courage, onde ele trabalhava, anunciou a sua demissão ainda ontem.
Paul Riley venceu duas vezes o prêmio de técnico do ano da NWSL, em 2017 e 2018.
Ele tinha o costume de prometer vagas no time titular e na seleção nacional em troca de sexo, ofender atletas homossexuais e praticar muitas outras atitudes escabrosas.
O caso de Riley não é o único.
Vários técnicos perderam o emprego recentemente por abusos e assédios. Atletas disseram ao The Athletic que o ambiente na NWSL é "muito tóxico".
Em julho, o Gotham FC demitiu a general manager Alyse LaHue por violações da conduta anti-abuso da liga. Mais tarde, o Washington Spirit demitiu Richie Burke por abuso verbal contra as atletas. O mesmo aconteceu com Christy Holly, do Racing Louisville.
Em nota, a Associação de Jogadoras da NWSL anunciou que "o abuso sistêmico que assola a NWSL não será mais ignorado".
"Para as jogadoras que sofrem em silêncio, saibam que a Associação é um espaço seguro para vocês":
A comissária da liga, Lisa Baird, disse que "essa temporada tem sido muito dolorida para as jogadoras, e eu tenho total responsabilidade por isso".
"A liga tem um grande trabalho de cura para fazer, e nossas jogadoras merecem muito mais do que estamos oferecendo", disse.
Segundo Baird, a decisão do adiamento da rodada foi tomada em conjunto com a Associação de Jogadoras.
A repercussão das denúncias é enorme, chegando a grandes nomes do futebol como Alex Morgan e Megan Rapinoe.
O que se espera é que os jogos da NWSL voltem a acontecer apenas após uma mudança radical nas estruturas da liga.
O caso de Paul Riley não é único e os problemas são sistêmicos. A Associação de Jogadoras já fez uma série de exigências para o futuro próximo.
É grande também a pressão pela demissão de Lisa Baird, acusada de conhecer as denúncias e ignorá-las.
Baird foi recentemente indicada ao prêmio Executiva de Esportes do Ano nos Estados Unidos.
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