1. Por que os bolsonaristas amam odiar o Paulo Freire nunca lido? Freud explica — literalmente.
2. O “mal-estar na civilização” é aqui o conceito-chave. No pequeno texto de 1932, “Por que a guerra?”, carta endereçada a Albert Einstein, Freud sintetiza em 4 páginas todo um livro.
3. Síntese inigualável da “teoria dos instintos” em 4 páginas magistrais. São dois: instintos eróticos e instintos de agressão/destruição. Não se trata de atribuir “valores” positivos ou negativos, mas de entender que a vida se articula na necessária relação dos dois instintos.
4. Conflito é o motor da psicanálise freudiana: o sujeito luta consigo mesmo para equilibrar as pulsões instintuais e a impossibilidade social de realizar plenamente todos os seus desejos. Por isso, em alguma medida, somos todos potencialmente neuróticos, isto é, reprimidos.
5. Civilização produz mal-estar em função do conflito, cuja resolução, embora tensa, implica que o sujeito mantém o instinto de agressão sob controle. Pelo contrário, bolsonarismo é a própria crise civilizatória, pois seu desejo mais forte é o de destruição, o que lhe dá prazer.
6. Já Paulo Freire via o ser humano como sujeito da História. O bolsonarismo reduz o mundo ao pálido papel de objeto. De um lado, amor à Vida; de outro, o culto à morte e o desprezo pelo luto alheio. Não tenho dúvida: a generosidade freiriana nos salvará do ódio bolsonarista.
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